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segunda-feira, 5 de abril de 2021

Butanvac e Versamune: como as novas vacinas mudam o cenário da Covid-19 no Brasil?

 

Os dois anúncios surpreenderam os brasileiros, mas as vacinas têm um longo caminho a percorrer




SÃO PAULO – Na última semana, foram anunciadas duas novas candidatas a vacinas contra a Covid-19: a ButanVac, do Instituto Butantan, e a Versamune, desenvolvida pela USP Ribeirão Preto e com apoio do governo federal. Ambas estão prontas para serem testadas em humanos e submeteram os protocolos à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com o objetivo de iniciarem tais testes em breve.

Os dois anúncios surpreenderam os brasileiros, e geraram expectativas sobre uma aceleração da vacinação no país. Mas as vacinas têm um longo caminho a percorrer.

Os testes em humanos são divididos em fase I, fase II e fase III. Essas pesquisas clínicas avaliam a segurança e a eficácia, ou capacidade de gerar anticorpos para combater a Covid-19 e a comparação desses resultados com eventos adversos.

Só então os imunizantes podem pedir autorização para uso emergencial ou registro definitivo. A Anvisa avalia tanto os dados clínicos apresentados, incluindo uma eficácia mínima de 50% da vacina e a constatação de que benefícios superam riscos, quanto o controle de qualidade e processo de fabricação dos imunizantes.

Os lotes de vacinas começam a serem distribuídos para a população apenas com a aprovação em todas essas checagens.

O InfoMoney conversou com médicos, especialistas e representantes das duas vacinas no país para entender se os dois imunizantes podem mudar o panorama de vacinação no país. Confira: 


Entenda a ButanVac

O governo do estado de São Paulo anunciou no dia 26 de março a ButanVac, vacina contra a Covid-19 com produção 100% nacional. O Instituto Butantan pediu autorização à Anvisa para iniciar já em abril os testes clínicos da vacina, fase I e II. A Anvisa informou ter recebido o pedido no mesmo dia.

O desenvolvimento da ButanVac começou em 27 de março de 2020, de acordo com comunicado do Instituto Butantan. A ButanVac será uma vacina desenvolvida e produzida integralmente no instituto, sem necessidade de importação do IFA (Insumo Farmacêutico Ativo), informou o Butantan em comunicado enviado ao InfoMoney.

A ButanVac se baseia na inoculação de vírus geneticamente modificado em ovos embrionários de galinhas. O vírus vem da Doença de Newcastle, que afeta aves, mas não humanos. “Por essa razão, o vírus se desenvolve bem em ovos embrionados, permitindo eficiência produtiva num processo similar ao utilizado na vacina de influenza“, escreve o Butantan no comunicado.

O vírus é cultivado no ovo de galinha, e inativado para ajudar a expressar a proteína spike do coronavírus. Assim, a vacina está produzida. “Isso é inédito. Não existe nenhuma vacina no mundo contra Covid-19 que é produzida em ovo. Por que é importante produzir em ovo? Porque existem muitas fábricas que usam essa tecnologia para produção da vacina da gripe e, portanto, essa é uma saída em uma situação epidêmica”, afirmou Dimas Covas, presidente do Instituto Butantan, no comunicado. Por ano, o Butantan produz 80 milhões de doses da vacina da gripe.

Depois da coletiva no dia 26 de março, o instituto confirmou ter firmado acordo de licenciamento com o Hospital Mount Sinai, de Nova York, para o uso da tecnologia desenvolvida pela instituição para fabricar a ButanVac. A vacina faz parte de um consórcio internacional, do qual o Instituto Butantan é responsável por 85% da capacidade total. Esse consórcio tem o compromisso de fornecer a vacina para o Brasil e para países de baixa e média renda.

Mesmo assim, o Butantan ressaltou que a vacina terá a produção 100% nacional. “O consórcio internacional tem um papel importantíssimo na concepção da tecnologia e no suporte técnico para o desenvolvimento do imunobiológico, algo imprescindível para uma vacina segura e eficaz. No Brasil, o desenvolvedor da vacina é o Instituto Butantan. A vacina, portanto, é brasileira e dos brasileiros”, escreveu o instituto no comunicado.

As fases I e II trarão resultados sobre se vacina é segura e se produz resposta imune capaz de prevenir a Covid-19, completou o Butantan. O estudo clínico também determinará se a vacina será aplicada em duas doses, como a CoronaVac, ou em uma dose, como a vacina da Janssen/Johnson & Johnson.
Entenda a Versamune

A outra candidata à vacina contra Covid-19 foi anunciada por Marcos Pontes, ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), na última sexta-feira (26). A Versamune-CoV-2FC é um imunizante desenvolvido pela USP Ribeirão Preto, em parceria com as empresas americanas Farmacore Biotecnologia e a PDS Biotechnology, e com apoio do governo federal.

No evento, o ministro explicou que o governo federal protocolou o pedido de autorização para testes em humanos à Anvisa. O governo federal já investiu cerca de R$ 4 milhões no desenvolvimento da vacina, incluindo os estudos em animais na fase pré-clinica. Serão liberados mais R$ 30 milhões para o início dos estudos com voluntários, as chamadas fases 1 e 2. Na última fase, a 3, deverão ser investidos mais R$ 300 milhões, conforme nota divulgada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia.

Segundo informações da Farmacore, a vacina une uma proteína recombinante do vírus SARS-CoV-2 a um carreador Versamune, da PDSBiotech.

Célio Lopes, professor do departamento de Bioquimíca e Imunologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP e um dos líderes do projeto da Versamune, explica que a proteína recombinante é retirada de um pedaço do vírus manipulado em laboratório. É por meio dela que o vírus entra no corpo. Mas, se inserida na quantidade certa, provoca apenas reações do sistema imunológico suficientes para gerar proteção futura contra o vírus. Saiba mais...



São Vicente, SP, acende alerta para casos de dengue e chikungunya, diz prefeitura

 

Neste ano, foram registrados 146 casos confirmados de dengue e 147 de chikungunya. Cidade teve primeira morte por dengue na Baixada Santista em 2021.



O Departamento de Controle de Doenças Vetoriais (Decodove), da Secretaria de Saúde de São Vicente, no litoral de São Paulo, divulgou que, até a última sexta-feira (5), foram registrados 146 casos confirmados de dengue e 147 de chikungunya neste ano. Ainda há 900 pessoas que aguardam resultados de exames no município.

Em 2020, o número de casos confirmados de dengue foi de 206, enquanto em 2019, foram 85, e em 2018, apenas 26 casos. Já de chikungunya, foram 25 casos em 2020, 23 em 2019 e 24 casos confirmados em 2018, segundo dados da prefeitura.

Conforme a prefeitura, esta pode ser a pior epidemia de dengue no município. Isso porque, segundo o chefe do Decodove, Fabio Lopes, o Índice de Bretreau (IB) está muito acima do recomendado. O índice é usado na avaliação da densidade larvária do Aedes aegypti, e tem classificação satisfatória quando for menor que um ponto.

Entre um e quatro pontos, a densidade de mosquitos já é suficiente para desencadear uma epidemia. Atualmente, conforme a prefeitura, a média no município está em 10,6 pontos, acendendo um sinal de alerta. Alguns bairros, como Jóquei Clube, Vila São Jorge, Vila Mello e Catiapoã, estão com o índice acima de 17 pontos.

A cada dez casas vistoriadas no município, a média é de 30 criadouros positivos para o Aedes aegypti. No bairro Japuí, por exemplo, em 800 casas vistoriadas, mais de 300 recipientes com criadouros do mosquito foram retiradas. No entanto, o número pode ser bem maior, já que outras 1,2 mil residências recusaram a visita do mutirão ou estavam fechadas.

No dia 25 de fevereiro, o município confirmou a primeira morte por dengue na região em 2021. Um homem de 41 anos, morador do bairro Vila Margarida, faleceu em uma unidade de saúde na cidade vizinha, Santos. Fonte: Saiba mais...

segunda-feira, 29 de março de 2021

Governo federal pede autorização à Anvisa para testar vacina nacional contra covid-19

 


O governo federal pediu na noite de quinta-feira (26/3) à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para fazer testes clínicos de fase 1 e 2 de uma nova vacina contra o coronavírus.



O ministro de Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, fez o anuncio nesta sexta-feira.

Segundo o ministério, os resultados dos testes em laboratório sobre a toxicidade da vacina e sua capacidade de gerar uma resposta do sistema imune foram promissores.

"A vacina demonstrou capacidade de ativar todo o sistema imunológico - imunidade humoral, celular e inata, induzir memória imunológica e proteção de longo prazo", disse a pasta em nota.

"Ter várias vacinas nacionais é importante"

A divulgação ocorreu algumas horas depois do Instituto Butantan dizer que pedirá à agência autorização para começar os estudos clínicos de um imunizante totalmente nacional, a Butanvac.

Pontes disse que "uma coisa não tinha nada a ver com a outra". "Deve ter sido uma coincidência", afirmou o ministro, emendando que isso é "bom para o país". "A gente precisa ter várias vacinas nacionais. É importante."

Ele explicou que o governo investiu em 15 pesquisas de vacinas contra covid-19 e três avançaram para testes em humanos — a nova vacina é uma delas.

O imunizante, chamado Versamune®️-CoV-2FC, está sendo desenvolvido pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto, em parceria com a empresa brasileira Farmacore Biotecnologia e a PDS Biotechnology Corporation, dos Estados Unidos.

Os testes estão a cargo de Célio Lopes Silva, professor do Departamento de Bioquímica e Imunologia da USP e pós-doutor pelo National Institute for Medical Research, em Londres.

Segundo os procedimentos da Anvisa, a análise considerará a proposta do estudo, o número de participantes e os dados de segurança obtidos até o momento nos estudos pré-clínicos que são realizados em laboratório e animais.

Vacinas brasileiras: o que o Brasil ganha tendo imunizantes nacionais contra a covid-19?

Enquanto o Brasil negocia a importação de vacinas estrangeiras contra covid-19, pesquisadores correm paralelamente atrás de recursos para produzir imunizantes 100% brasileiros.



Os projetos que parecem mais adiantados são o do Instituto Butantan, que anunciou na sexta-feira (26/3) que pretende começar testes em humanos em abril, se a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizar, e da vacina desenvolvida pela Universidade de São Paulo (USP) em parceria com empresas e apoio do governo federal, que também pediu à agência para fazer pesquisas com voluntários.

Segundo o presidente do Butantan, Dimas Covas, a expectativa é produzir 40 milhões de doses da ButanVac para serem disponibilizados em julho para a população em geral, num processo de testes que levaria três meses.

Outros projetos de vacinas com tecnologia nacional estão andamento, a maioria ainda na fase de testes em animais. Um deles é conduzido pela microbiologista Ana Paula Fernandes, do Centro de Tecnologia em Vacinas e Diagnóstico da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). 


Outro exemplo é a vacina via spray nasal de uma pesquisa liderada pelo professor da Universidade de São Paulo Jorge Kalil. Ele está fazendo testes em animais e tenta angariar recursos com empresas brasileiras para viabilizar a pesquisa em humanos.


O governo Bolsonaro também disse que dois outros projetos que receberam verbas federais avançaram e chegaram à fase de testes clínicos, além da vacina anunciada nesta sexta.


Mas o que o Brasil tem a ganhar com vacinas nacionais contra a covid-19? Não seria melhor importar?


Pesquisadores ouvidos pela BBC News Brasil citam 3 vantagens de curto e médio prazo:


- Menor dependência externa

- Rapidez na adaptação das vacinas a novas variantes

- Uso do conhecimento para criar vacinas contra outras doenças

- Menor dependência de importações


Pesquisadores apontam que um dos principais benefícios de fabricar vacinas no Brasil é reduzir a dependência do país em insumos importados. Atualmente, o Brasil importa mais de 90% dos insumos farmacêuticos usados em medicamentos e vacinas, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Insumos Farmacêuticos.


O problema de depender de outros países ficou mais evidente durante a pandemia. O calendário de vacinação contra a covid-19 sofreu diversos atrasos por dificuldades na entrega de produtos vindos da Ásia.


As duas vacinas usadas no país, a CoronaVac, distribuída pelo Butantan, e a Oxford-AstraZeneca, disponibilizada pela Fiocruz, hoje dependem de importações da China e da Índia.
Essa dependência externa também se aplica à fabricação de outras vacinas e medicamentos. Atualmente, só existem dois institutos capazes de produzir todas as etapas de uma vacina em território nacional: Butantan e Fiocruz.>> Saiba mais...

Vírus da covid-19 pode permanecer ativo por mais de 14 dias em alguns pacientes com sintomas leves


Estudos conduzidos no Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo (IMT-USP) têm mostrado que, em alguns pacientes com sintomas leves, o SARS-CoV-2 pode permanecer ativo no organismo por um período superior aos 14 dias de isolamento recomendados no Brasil.


Em artigo divulgado na plataforma medRxiv, em processo de revisão por pares, o grupo coordenado pela professora Maria Cassia Mendes-Correa descreve o caso de duas mulheres de aproximadamente 50 anos, moradoras de São Caetano do Sul, na Região Metropolitana de São Paulo.

Uma delas foi atendida pela primeira vez em meados de abril de 2020 e relatou que vinha há 20 dias vivenciando sintomas como tosse seca, dor de cabeça, fraqueza, dor no corpo e nas articulações. Um exame de RT-PCR feito 22 dias após o início do quadro confirmou a presença do vírus no organismo e, nos dias seguintes, a paciente apresentou náusea, vômito, perda de olfato e paladar. Um segundo teste molecular feito 37 dias após o início dos sintomas também teve resultado positivo. Em meados de maio, a maioria das queixas havia desaparecido, exceto dor de cabeça e fraqueza.

No segundo caso relatado, a paciente apresentou febre, dor de cabeça, tosse, fraqueza, coriza, náusea, dor no corpo e nas articulações em meados de maio. O primeiro teste de RT-PCR foi feito cinco dias após o início dos sintomas e deu positivo. Como o problema persistiu, um segundo teste foi feito no 24o dia e, novamente, a presença do RNA viral foi confirmada. Ao todo, a paciente permaneceu sintomática durante 35 dias, relatam os pesquisadores.

“Por se tratar de casos atípicos, as amostras de secreção nasofaríngea coletadas para diagnóstico foram levadas ao IMT-USP para uma análise aprofundada. O material foi inoculado em uma cultura de células epiteliais e, após diversos testes, confirmamos que o vírus ali presente ainda estava viável, ou seja, era capaz de se replicar e de infectar outras pessoas”, conta Mendes-Correa à Agência FAPESP.

Como explica a pesquisadora, as duas mulheres foram atendidas no âmbito do Programa Corona São Caetano, uma plataforma on-line criada para organizar o monitoramento remoto de moradores com sintomas por equipes de saúde e a coleta domiciliar de amostras para diagnóstico. A iniciativa envolve a prefeitura local, a Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), a startup MRS – Modular Research System e o IMT-USP (leia mais em: agencia.fapesp.br/33604/).

Com apoio da FAPESP, o grupo de Mendes-Correa acompanhou durante seis semanas outros 50 participantes atendidos no programa para estudar o tempo de persistência do vírus no organismo. Foram coletadas semanalmente amostras de saliva, urina, fezes (swab anal) , secreção nasofaríngea e sangue. Todo o material foi levado ao IMT-USP e inoculado em culturas celulares para verificar a presença de vírus ainda infectante.


“As análises indicam que o RNA viral permanece detectável por mais tempo na saliva e na secreção nasofaríngea. Em 18% dos voluntários, o teste de RT-PCR nesse tipo de amostra permaneceu positivo por até 50 dias. Entre estes, 6% mantiveram-se transmissores [com o vírus ainda se multiplicando] durante 14 dias”, conta Mendes-Correa.

Na avaliação da pesquisadora, portanto, os dez dias de isolamento recomendados atualmente pelo Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos para casos leves podem não ser suficientes para evitar novas contaminações. >>Saiba mais...

sábado, 27 de março de 2021

Brasil registra 10.824.095 milhões de pessoas recuperadas

Número é superior à quantidade de casos ativos, ou seja, pessoas que estão em acompanhamento médico. Informações foram atualizadas às 18h desta sexta-feira (26/03)





Brasil já registra 10.824.095 milhões de pessoas curadas da covid-19. O número de pessoas curadas no Brasil é superior à quantidade de casos ativos (1.273.207) que são os pacientes em acompanhamento médico. O registro de pessoas curadas (87,3%) já representa a grande maioria do total de casos acumulados. As informações foram atualizadas às 18h desta sexta-feira (26/03) e enviadas pelas secretarias estaduais e municipais de Saúde.

A doença está presente em 100% dos municípios brasileiros. Contudo, mais da metade das cidades (4.135) possuem entre 2 e 100 casos. Em relação aos óbitos, 2.545 municípios tiveram novos registros, sendo que 1.111 deles apresentaram apenas um óbito confirmado.

O Governo do Brasil mantém esforço contínuo para garantir o atendimento em saúde à população, em parceria com estados e municípios, desde o início da pandemia. O objetivo é cuidar da saúde de todos e salvar vidas, além de promover e prevenir a saúde da população.

Dessa forma, a pasta tem repassado verbas extras e fortalecido a rede de atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS), com envio de recursos humanos (médicos e profissionais de saúde), insumos, medicamentos, ventiladores pulmonares, testes de diagnóstico, habilitações de leitos de UTI para casos graves e gravíssimos e Equipamentos de Proteção Individual (EPIS) para os profissionais de saúde.

O Ministério da Saúde já destinou aos 26 estados e o Distrito Federal mais de R$ 134 bilhões, sendo que desse total foram R$ 101,2 bilhões para serviços de rotina do SUS, e outros R$ 33,2 bilhões para a Covid-19. Também já foram comprados e distribuídos 28,2 milhões de unidades de medicamentos para auxiliar no tratamento do coronavírus, 345,2 milhões de EPIs, mais de 23,5 milhões de testes de diagnóstico para Covid-19 e 79,9 milhões de doses da vacina contra a gripe, que ajuda a diminuir casos de influenza e demais síndromes respiratórias no meio dos casos de coronavírus.

O Ministério da Saúde, em apoio a estados e municípios, também tem ajudado os gestores locais do SUS na compra e distribuição de ventiladores pulmonares, sendo que já entregou 15.235 equipamentos para todos os estados brasileiros.

As iniciativas e ações estratégicas são desenhadas conforme a realidade e necessidade de cada região, junto com estados e municípios, e têm ajudado os gestores locais do SUS a ampliarem e qualificarem os atendimentos, trazendo respostas mais efetivas às demandas da sociedade. Neste momento, o Brasil registra 12.404.414 milhões de casos confirmados da doença, sendo 84.245 registrados nos sistemas nacionais nas últimas 24h.

Em relação aos óbitos, o Brasil tem 303.112 mortes por coronavírus. Nas últimas 24h, foram registrados 3.650 óbitos nos sistemas oficiais, sendo que 2.701 óbitos ocorreram nos últimos três dias. Outros 3.538 permanecem em investigação.

Brasil já ocupa o segundo lugar em vacinação entre grandes nações

 Na corrida contra a COVID-19, o brasil está investindo todos os esforços e recursos necessários para alavancar o processo de imunização da sua população, segundo uma estratégia de gestão que se mostrou muito eficiente mediante os dados apontados pelo portal Our Word in Data.


Segundo o portal Our Word in Data, o país só fica atrás dos EUA em imunização para cada 100 habitantes em ranking mundial

Segundo o portal Our Word in Data, o Brasil já ocupa o segundo lugar em vacinação para cada 100 habitantes no ranking mundial das grandes nações (acima dos 100 milhões de habitantes). Isso porque, desde o início da crise sanitária, o Governo Federal vem trabalhando com responsabilidade na busca por vacinas.

O Ministério da Saúde faz o monitoramento técnico e científico das vacinas contra a Covid-19 que estão em desenvolvimento no Brasil e em outros países desde abril de 2020. Ao todo, 17 imunizantes estão em aperfeiçoamento por instituições brasileiras e se encontram na fase pré-clínica de desenvolvimento, ou seja, em estudos experimentais em células in vitro e modelos vivos.

Desses, oito projetos de pesquisa foram contemplados com o investimento do Ministério da Saúde, em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, por meio de Chamada Pública para apoiar projetos de pesquisa que contribuam significativamente para o crescimento científico e tecnológico do país sobre a Covid-19 e outras síndromes respiratórias agudas. Essa Chamada Pública foi lançada em abril de 2020, com o valor de R$ 65 milhões e apoiou 116 projetos de pesquisa sobre a doença.

Além dos projetos financiados pela Chamada Pública, o Ministério da Saúde apoia o desenvolvimento de projeto de plataforma inovadora de vacina para SARS-Cov-2 por meio de RNA sintético, projeto submetido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Brasil é referência internacional

Uma vacina para uso humano, em circunstâncias normais, leva, em média, de 15 a 20 anos para ser desenvolvida. Devido ao conhecimento acumulado com epidemias anteriores e do próprio coronavírus (Sars-CoV-2), foi possível acelerar e diminuir o tempo de desenvolvimento no cenário atual.

O Brasil é referência internacional na produção e exportação de vacinas em larga escala. De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o país distribui 25 tipos de vacinas gratuitamente e se destaca por exportar imunizantes para mais de 70 países, com o respaldo e expertise de dois institutos públicos: o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e o Instituto Butantan. 

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quarta-feira, 18 de novembro de 2020

Vacinas contra a Covid-19 que estão em teste no Mundo


Veja quais são as vacinas contra a Covid-19 que estão em teste em humanos ao redor do mundo.

Depois da notícia
"A Pfizer anunciou que vai realizar um programa piloto para testar e melhorar a logística de distribuição da vacina contra a COVID-19. A infraestrutura é um dos obstáculos do imunizante da Pfizer, desenvolvido em parceria com o laboratório BioNTech. Para se manter viável, a vacina precisa ser mantida a uma temperatura de -70ºC, o que dificulta o transporte e armazenamento. O teste será realizado em 4 Estados norte-americanos: Rhode Island, Texas, Novo México e Tennessee, que foram escolhidos em função de suas diferenças de extensão, diversidade de populações, infraestrutura de imunização e necessidade de alcançar indivíduos em ambientes urbanos e rurais (12/11/2020)." Fonte: New York Times

Pesquisadores de todo o mundo buscam por uma candidata segura e eficaz para vacina contra o novo coronavírus. Até a última atualização desta reportagem, em 21 de outubro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) já havia registrado cerca de 179 pesquisas em desenvolvimento, com ao menos 44 delas sendo testadas em humanos – destas, 10 estão na terceira e última fase.


A China é o país com mais candidatas em Fase 3 na corrida por uma imunização, com quatro vacinas experimentais (leia mais sobre as etapas adiante); Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido e Rússia também têm pesquisas avançadas. Veja quais são as 10 vacinas nesta etapa:Vacinas em Fase 3 dos testes em humanos


Laboratório

Nome da vacina

Tipo de imunização

País

Janssen Pharmaceutical Companies

Ad26 SARS-CoV-2

Vetor Viral

EUA

Moderna/Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas

mRNA 1273

Genética

EUA

BioNTech/Fosun Pharma/Pfizer

BNT162

Genética

EUA, Alemanha

Universidade de Oxford/AstraZeneca

AZD1222

Vetor Viral

Reino Unido

Sinovac

CoronaVac

Inativado

China

Instituto de Produtos Biológicos de Wuhan/Sinopharm

?

Inativado

China

Instituto de Produtos Biológicos de Pequim/Sinopharm

?

Inativado

China

CanSino Biological Inc./Instituto de Biotecnologia de Pequim

AD5-nCov

Vetor Viral

China

Novavax

NVX-CoV2373

Subunidade de proteína

EUA

Instituto de Pesquisa Gamaleya

Sputinik V

Vetor Viral

Rússia



Sputnik V (Rússia)

A vacina russa Sputnik V, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya está, segundo a OMS, na terceira fase de testes em humanos. O estudo mais recente publicado na revista científica "The Lancet" em 4 de setembro indicou que a candidata russa não teve efeitos adversos e induziu resposta imune.

 

Os cientistas reconheceram, no entanto, a necessidade de mais testes para comprovar a eficácia da vacina. Ainda assim, o governo da Rússia já autorizou a produção deste imunizante em grande escala, medida que foi criticada pela comunidade internacional.

AZD1222 (Reino Unido)

Mais conhecida no Brasil como a vacina da Universidade de Oxford, a AZD1222 é a que está há mais tempo na Fase 3 dos testes em humanos. Ela usa um adenovírus que afeta chimpanzés para transportar o RNA do Sars-Cov-2 para dentro do corpo humano.
Ela começou seus testes em milhares de voluntários ainda em abril e foi a primeira a ser testada no Brasil, com 5 mil voluntários em 3 estados. Segundo o Ministério da Saúde, caso seja aprovada na terceira fase, 30 milhões de doses dessa vacina serão distribuídas no Brasil em janeiro de 2021.

mRNA1273 (EUA) 

A candidata da farmacêutica norte-americana Moderna, desenvolvida com apoio do governo dos Estados Unidos, é feita a partir do RNA mensageiro – por isso o nome mRNA – que introduz no corpo humano um pedaço do código genético da proteína S do vírus, ensinando-o como responder a uma futura infecção.A vacina recebeu uma autorização especial da agência de vigilância sanitária dos EUA (FDA da sigla em inglês) que autorizou a equipe de pesquisadores a avançar, de maneira mais rápida, para as fases finais do estudo.

CoronaVac (China)


A candidata da chinesa Sinovac é testada no Brasil com o apoio do Instituto Butantan (SP). Ela teve seus primeiros resultados anunciados em junho, sem efeitos adversos graves e produção de resposta imunológica em 743 voluntários iniciais.
Ela é uma vacina de vírus inativado, o que quer dizer que é feita a partir do vírus morto ou por partes dele – incapazes de se replicar. No final de agosto, o governo chinês autorizou o uso emergencial desta vacina no país para pacientes expostos ao risco, como trabalhadores da saúde e agentes de fronteira (veja o vídeo abaixo).

BNT162 (EUA e Alemanha)


A candidata da farmacêutica norte-americana Pfizer, desenvolvida em parceria com a empresa de biotecnologia alemã BioNTech, também usa o mRNA para codificar proteínas virais. Ela começou a ser testada na Fase 3 no final de julho.
A candidata é testada em voluntários brasileiros desde o começo de agosto e ela se mostrou promissora em sua fase inicial. Um artigo publicado no dia 20 de julho como prévia (pré-print), apontou que a substância é segura e capaz de induzir resposta imunológica.

Como funciona a pesquisa para uma vacina?




Ensaios clínicos



O processo de pesquisa e desenvolvimento (P&D) de uma nova vacina é constituído de diversas etapas tratando-se, portanto, de um processo demorado, de alto investimento e associado a riscos elevados, particularmente quando se tratam das doenças negligenciadas.
A primeira etapa: corresponde à pesquisa básica e é onde novas propostas de vacinas são identificadas. Segunda etapa: realização dos testes pré-clínicos (in vitro e/ou in vivo) que têm por objetivo demonstrar a segurança e o potencial imunogênico da vacina. Terceira etapa: ensaios clínicos, que é a mais longa e a mais cara do processo de P&D. Os estudos clínicos de uma nova vacina são classificados em estudos de Fase I, Fase II, Fase III e Fase IV.

Fases do ensaio/estudo clínico


Fase I: é o primeiro estudo a ser realizado em seres humanos e tem por objetivo principal demonstrar a segurança da vacina.

Fase II: tem por objetivo estabelecer a sua imunogenicidade.

Fase III: é a última fase de estudo antes da obtenção do registro sanitário e tem por objetivo demonstrar a sua eficácia. Somente após a finalização do estudo de fase III e obtenção do registro sanitário é que a nova vacina poderá ser disponibilizada para a população.

Fase IV: Vacina disponibilizada para a população.

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Space X - Viajando a 20.000 Km/h.

Você já imaginou fazer uma viagem numa nave espacial (isso mesmo, nave espacial terrestre!!) numa velocidade que pode chegar a 20.000 km/h?

Desde a história do Sputnik, nome do programa, desenvolvido pelos soviéticos, responsável por enviar o primeiro satélite artificial, nomeado Sputnik 1, para a órbita terrestre em 1957, acontecimento resultado de anos de estudos realizados por cientistas do país e um marco histórico, porque é considerado o evento que iniciou a corrida espacial, pouquíssimos países e empresas privadas se propuseram em colocar em risco um investimento da ordem de bilhões de dólares entre outros custos para entrar nessa empolgante corrida espacial.

O lançamento do Sputnik 1, o primeiro satélite artificial produzido pelo programa soviético, aconteceu em 4 de outubro de 1957 e deu início à corrida espacial. Esse acontecimento foi um dos capítulos que marcou a Guerra Fria, a disputa político-ideológica travada por norte-americanos e soviéticos a partir de 1947.

Durante essa guerra, norte-americanos e soviéticos disputaram a hegemonia mundial, e essa disputa resultou na polarização do mundo e no surgimento de grandes blocos de apoio para cada um desses países. O resultado dessa polarização e da busca pela hegemonia foi que norte-americanos e soviéticos disputaram o domínio em diferentes áreas.

A disputa pelo poder bélico foi uma dessas áreas e levou americanos e soviéticos a investirem no desenvolvimento de mísseis e de armamentos mais potentes, como bombas nucleares e termonucleares. A produção de novos mísseis e foguetes acabou também repercutindo no investimento tecnológico para a exploração espacial.

Os soviéticos, assim como os norte-americanos, tiveram contato com os detalhes de um programa alemão que resultou na produção do primeiro míssil balístico da história e usaram isso para desenvolver seus próprios programas. Isso levou a grandes avanços na área de produção de mísseis e foguetes após a Segunda Guerra Mundial

Saiba mais em https://brasilescola.uol.com.br/historia/sputnik.htm


História da SpaceX

Fundação 

A Space Exploration Technologies Corp., ou SpaceX, foi fundada em 2002, nos Estados Unidos, por Elon Musk. Hoje, a companhia é uma das principais empresas privadas de serviços de transporte espacial do mudo.

Nascida com a missão de revolucionar a tecnologia espacial, a SpaceX projeta, fabrica e lança foguetes que, atualmente, entregam cargas na órbita terrestre. Apesar disso, o foco principal da companhia é permitir que as pessoas possam habitar outros planetas.

Para alcançar seu principal objetivo, a empresa tem trabalhado para que o turismo espacial se torne realidade em breve, através da construção de foguetes reutilizáveis, como a família Falcon e a cápsula Dragon. 

A SpaceX ganhou destaque internacional depois de ter sido responsável pelo primeiro foguete de combustível líquido a chegar à órbita da Terra com financiamento privado, ser a primeira empresa privada a transportar mantimentos para a Estação Espacial Internacional e a primeira empresa a conseguir fazer a reutilização de um foguete orbital.