Automático

segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Cápsula Endeavour pousa e coloca EUA de volta à corrida espacial tripulada

O sucesso da missão demonstra que os Estados Unidos recuperaram a capacidade de enviar seus astronautas ao espaço e trazê-los de volta


Washington, Estados Unidos ; Dois astronautas americanos provenientes da Estação Espacial Internacional (ISS) pousaram, neste domingo (2/8), no Golfo do México a bordo de uma cápsula da SpaceX, encerrando com sucesso a primeira missão tripulada da empresa espacial em associação com a agência espacial americana (Nasa).

"Bem-vindos à Terra e obrigado por terem voado com a SpaceX", anunciou o diretor de voo aos astronautas, que responderam imediatamente. A cápsula Crew Dragon Endeavour pousou na água em frente à costa de Pensacola, na Flórida (sudeste), conforme previsto, às 14H48 locais (15H48 de Brasília) e aparentemente sem sofrer danos após reentrar na atmosfera terrestre, segundo imagens exibidas ao vivo.

O presidente americano, Donald Trump, comemorou o retorno da cápsula, dois meses depois de ter assistido seu lançamento. "É maravilhoso ter os astronautas da Nasa na Terra após uma missão muito bem sucedida de dois meses. Obrigado a todos", escreveu no Twitter após o pouso, que qualificou de "muito emocionante".

O sucesso da missão demonstra que os Estados Unidos recuperaram a capacidade de enviar seus astronautas ao espaço e trazê-los de volta. Os EUA tiveram que confiar esta atividade à Rússia desde que o último ônibus espacial decolou em 2011. Mais cedo, imagens da Nasa mostraram o barco de resgate "GO Navigator" chegando ao local do primeiro pouso na água de uma nave espacial americana desde a missão conjunta Apollo-Soyuz de 1975.

A tempestade tropical Isaías, que alterou o local de pouso original da Endeavour no Atlântico, se aproximava da costa leste da Flórida na manhã de domingo, a centenas de quilômetros de distância. A missão é também uma grande vitória para a SpaceX de Elon Musk, que fundou a empresa em 2002, mas já ultrapassou a Boeing, sua principal concorrente na corrida espacial comercial. Os EUA pagaram às duas empresas um total de US$ 7 bilhões por seus contratos de "táxi espacial", embora os esforços da gigante aeroespacial Boeing tenham fracassado.

Reentrada na atmosfera

Antes do pouso, a cápsula Crew Dragon executou vários procedimentos de precisão para voltar para casa com segurança. Às 13h51 (14h51 de Brasília), a nave lançou um compartimento que contém energia, calor e outros sistemas que se incendiará ao reentrar novamente na atmosfera da Terra.

A cápsula Endeavour, então, ativou seus propulsores para manobrar na órbita e na trajetória adequadas para o pouso, entrando novamente na atmosfera a uma velocidade de 28.000 km/h. Seu escudo térmico é preparado para suportar temperaturas de 1.900 graus Celsius e o intenso calor causou um apagão nas comunicações por alguns minutos.

A Endeavour, então, acionou dois conjuntos de paraquedas em sua descida, diminuindo sua velocidade para meros 24 km/h quando atingir a água. Os dois astronautas serão levados a bordo de um navio de resgate para um exame médico antes de pisarem em terra.

Pais astronautas

A sonda SpaceX Crew Dragon deixou a Estação Espacial Internacional no sábado à noite. Imagens mostraram a cápsula se afastando lentamente da ISS na escuridão do espaço, concluindo uma estadia de dois meses para os dois astronautas. "E eles estão fora", tuitou a Nasa, enquanto Doug Hurley e Bob Behnken se preparavam para pousar neste domingo.
Durante a cerimônia na ISS, Behnken disse que "a parte mais difícil foi nos lançar. Mas a parte mais importante é nos levar para casa". Dirigindo-se ao filho e ao filho de Hurley, ele levantou um dinossauro de brinquedo que as crianças escolheram enviar na missão e disse: "O Hipossauro está voltando para casa em breve e estará com seus pais".
Acredite se quiser, esses foguetes estão voltando para a terra.


O retorno de Behnken e Hurley marca apenas o começo do Crew Dragon, já que a SpaceX e a Nasa esperam futuras missões. A Endeavour será levada de volta ao SpaceX Dragon Lair, na Flórida, onde passará por um processo de inspeção de seis semanas, enquanto as equipes analisarão seus dados e desempenho para certificá-la como digna de futuras missões.
A próxima - chamada "Crew-1" - terá uma tripulação de quatro membros: o comandante Michael Hopkins, o piloto Victor Glover e o especialista de missões da Nasa Shannon Walker, junto com o especialista de missões da Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial (Jaxa), Soichi Noguchi. O lançamento está previsto para o final de setembro e a tripulação deve passar seis meses na estação orbital.
Fonte: https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/mundo/2020/08/02/interna_mundo,877822/capsula-endeavour-pousa-e-coloca-eua-de-volta-a-corrida-espacial-tripu.shtml

Rússia anuncia que 1º lote de vacina contra Covid-19 está previsto pra setembro




A vacina ganhou noticiários após ser a 1ª contra a Covid-19 aprovada e pela critica da comunidade cientifica sobre a falta de testes

Dando continuidade às discussões sobre a corrida para o desenvolvimento e produção da vacina contra a COVID 19, destacamos a notícia abaixo, da Infomeney.


SÃO PAULO – Nesta segunda-feira (31/08/2020), Mikhail Murashko, ministro da Saúde da Rússia, anunciou que o primeiro lote da vacina desenvolvida pelo país, chamada de “Sputnik V”, estará pronto no começo do mês de setembro. Segundo a autoridade russa, uma campanha de vacinação em massa começará no país em outubro deste ano.
“A vacina será primeiramente dada para trabalhadores da área da saúde e professores”, disse Murashko, afirmando também que a vacinação não será obrigatória.
O Ministério da Saúde russo ainda afirmou que mais de 20 países já encomendaram doses do medicamento. A expectativa é que a população civil do país comece a ser vacinada a partir do dia 1º de janeiro de 2021, segundo um registro no site do ministério da saúde russo.

Vacina foi aprovada, mas testes começam agora


Embora já tenha sido aprovada, a vacina russa deve iniciar sua terceira fase de testes, com 40 mil voluntários, nesta semana, segundo informações publicadas no Clinical Trials, site do governo americano que compila estudos clínicos privados e públicos conduzidos em todo o mundo.
Dos 40 mil voluntários, a expectativa é que 30 mil participantes recebam a vacina, e os outros 10 mil, um placebo (substância inativa), para servir de grupo de controle. Murashko declarou que já foram recrutadas cerca de 2,5 mil pessoas para os testes.
O ministro ainda disse que a produção da vacina caminha paralelamente ao monitoramento, pós-registro, da eficácia da imunização.
“Quanto à vacinação contra o coronavírus, neste momento, simultaneamente, o aumento da produção e a observação pós-registro estão em andamento. Em primeiro lugar, claro, as vacinas serão fornecidas para profissionais de saúde e professores, e isso [vacinação] será absolutamente voluntária”, declarou.

Vacina ainda levanta dúvidas

A “Sputnik V” ganhou os noticiários mundiais não apenas por ter sido a primeira vacina contra a Covid-19, mas também pelas críticas da comunidade cientifica internacional, que questiona a falta de estudos que comprovem a eficácia e segurança da vacina.
De acordo com o último relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), publicado em 28 de agosto, 33 vacinas contra o coronavírus estão em fase de testes e outras 176 estão em desenvolvimento. Das 26 em testes clínicos, 6 estão na última fase.
Segundo um recente estudo da Plos One, revista científica da Public Library of Science, projeto global sem fins lucrativos que tem o objetivo de criar uma biblioteca de revistas científicas dentro do modelo de licenciamento de conteúdo aberto, as chances de prováveis candidatas para uma vacina darem certo é de seis a cada 100.
O relatório ainda afirma que a média de tempo para produção de uma vacina e sua ampla disseminação global é de cerca de 10,7 anos. Para efeito de comparação, caso a vacina para o novo coronavírus saia ainda neste ano ou no próximo, esse já seria, de longe, o menor tempo hábil que o ser humano levou para desenvolver uma vacina.
A vacina mais rápida a ficar pronta foi a contra a caxumba, criada nos anos 1960, em um processo que levou quatro anos.
Portanto, para conter a crise do novo coronavírus, laboratórios e cientistas do mundo inteiro estão correndo contra o tempo e as estatísticas para encontrar a melhor solução no menor tempo possível.