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domingo, 16 de novembro de 2014

History - A Rede Cósmica que forma o Universo



Rede cósmica aumenta produtividade galáctica


Estudo mostra que as galáxias que habitam a rede cósmica/os grandes filamentos têm uma muito maior probabilidade de formar estrelas. Os resultados mostram também que isso se deve, muito provavelmente, à maior probabilidade de interação entre galáxias nestas estruturas.
25/11/2014

Uma equipa internacional, da qual faz parte David Sobral, cientista da Faculdade de Ciências da ULisboa e do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, investigou pela primeira vez o papel da estrutura em larga escala do Universo distante. Os cientistas identificaram a rede cósmica e os seus filamentos como tendo um papel importantíssimo na evolução de galáxias como a nossa.
O artigo “Cosmic Web and Star Formation Activity in Galaxies at z~1”, publicado no Astrophysical Journal em novembro, é da autoria de sete investigadores - Behnam Darvish, David Sobral, Bahram Mobasher, Nicholas Scoville, Philip Best, Laura Sales e Ian Smail -, que foram capazes de desvendar o papel dos filamentos/rede cósmica no Universo distante.
A equipa estudou uma mega estrutura identificada por David Sobral e dados dos melhores telescópios de todo o mundo, incluindo o United Kingdom Infrared Telescope, o Very Large Telescope, o Subaru Telescope e o Hubble Space Telescope. Os investigadores aplicaram um novo método de identificar e quantificar estruturas desenvolvido na Universidade da Califórnia, sendo finalmente capazes de quantificar o papel da misteriosa rede cósmica.

Fonte:Illustris simulation (Vogelsberger et al., MIT/Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics); Visualization by Ralf Kaehler, Oliver Hahn, Tom Abel KIPAC; Boylan-Kolchin et al. (2009)
 
Os resultados mostram que as galáxias que habitam a rede cósmica/os grandes filamentos têm uma muito maior probabilidade de formar estrelas. Isto é, a formação e evolução de galáxias parece ser acelerada nestas megaestruturas, e provavelmente pode até explicar o porquê das galáxias nos enxames serem tão pouco ativas: se a maioria das galáxias for pré-processada em filamentos, poderão acabar como galáxias mortas quando chegarem até ao centro dos enxames. Os resultados mostram também que isso se deve, muito provavelmente, à maior probabilidade de interação entre galáxias nestas estruturas.
“Os nossos resultados mostram que os filamentos têm um papel importantíssimo na formação e evolução de galáxias, acelerando o processo“, refere Behnam Darvish. "Um papel que, até hoje, tinha sido pouco ou nada investigado, sobretudo no passado do Universo, quando a maioria das estrelas que hoje existem se formaram", completa David Sobral.
"O grande objetivo agora é estender os nossos resultados a várias etapas da evolução do Universo, para sabermos como é que a rede cósmica influenciou a formação e evolução de galáxias ao longo dos vários milhares de milhões de anos de vida do Universo. Será mais uma importantíssima peça do puzzle na nossa busca pela compreensão de como é que galáxias se formam e evoluem", conclui David Sobral.

Assinatura
Ana Subtil Simões, Gabinete de Comunicação, Imagem e Cultura

Email de Contacto
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt

Cientistas tentam captar sinal de sonda espacial

Sonda europeia Rosetta chega ao encontro de cometa


Fotos enviadas pela sonda...





O chefe da missão da Agência Espacial Europeia que enviou uma sonda para o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, Paolo Ferri, disse que os cientistas estão observando sinais enviados pelo equipamento na manhã deste sábado, mas não acreditam que será possível estabelecer comunicação com a unidade em breve. Na sexta-feira, os controladores ordenaram que o módulo de exploração Philae realizasse uma manobra para tentar sair da cratera onde caiu e assim permitir que os painéis solares recarregassem as baterias.
"Nós não sabemos se a bateria será alta o bastante para operar a sonda de novo", afirmou Ferri. "É altamente improvável que nós consigamos estabelecer qualquer tipo de comunicação em breve, mas vamos continuar esperando por novos sinais", explicou.
O histórico pouso do Philae no cometa, na última quinta-feira, marcou o auge de um projeto de dez anos a bordo da sonda espacial Rosetta. Desde que pousou, no cometa, que está 500 milhões de quilômetros distante da Terra, o módulo de exploração realizou uma série de testes e enviou os dados para a base europeia, incluindo fotos.
Na sexta-feira, a unidade foi ordenada a girar e assim tentar captar mais luz solar, além de cavar um buraco no cometa. "Nós sabemos que todos os movimentos da operação foram realizados e todos os dados foram enviados de volta. Entretanto, a esta altura, ainda não sabemos se a broca de perfuração realmente tocou o solo", explicou Ferri.
O material no subsolo do cometa está intocado há quase 4,5 bilhões de ano, então as amostras seriam como uma cápsula do tempo, contendo informações valiosíssimas. Os cientistas esperam que o projeto, que custou US$ 1,6 bilhão, ajude a responder questões sobre a origem do Universo e a vida na Terra. Fonte: Associated Press.