Poluição da Baía de Guanabara assusta pesquisadores e atletas para a Rio 2016.
De longe é linda: cercada de formações espetaculares como o Pão de Açúcar e o Morro da Urca, de Mata Atlântica, ilhas e belas praias que deveriam fazer a alegria de banhistas. Essa é a Baía de Guanabara, no Estado do Rio de Janeiro. De perto, sobram muitas garrafas e sacos plásticos, esgoto e muita, muita poluição.
Isso porque deságuam na baía os resíduos domésticos sem qualquer tratamento prévio e toneladas de lixo, produzidos pelos oito milhões de habitantes de sua bacia hidrográfica. Centenas de indústrias e refinarias de petróleo também colaboram para reduzir drasticamente a qualidade do mar. O impacto pode ser notado, por exemplo, pela população de golfinhos. Em 1980, estima-se, eram cerca de 400 na baía, hoje restam apenas 40.
Ainda assim, é na Baía de Guanabara que se darão as competições aquáticas durante as Olimpíadas de 2016. Por isso, o Estado e a Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro investem cerca de R$1,3 bilhões em saneamento básico na região. Novas estações de tratamento foram instaladas e outras tiveram a capacidade aumentada. Até os jogos, a meta é que 80% do esgoto passe por tratamento.
Lixo na Baía
Lixo na Baía
Em um esforço para limpar as águas da Guanabara, o Estado do Rio de Janeiro possui ações complementares: 11 barreiras estão em rios e canais que deságuam na baía para tentar conter o lixo flutuante e três barcos trabalham para recolher parte dos resíduos que não foram evitados. Até dezembro de 2014, a meta é ter 19 barreiras e 10 barcos em operação.