Veja quais são as vacinas contra a Covid-19 que estão em teste em humanos ao redor do mundo.
Depois da notícia "A Pfizer anunciou que vai realizar um programa piloto para testar e melhorar a logística de distribuição da vacina contra a COVID-19. A infraestrutura é um dos obstáculos do imunizante da Pfizer, desenvolvido em parceria com o laboratório BioNTech. Para se manter viável, a vacina precisa ser mantida a uma temperatura de -70ºC, o que dificulta o transporte e armazenamento. O teste será realizado em 4 Estados norte-americanos: Rhode Island, Texas, Novo México e Tennessee, que foram escolhidos em função de suas diferenças de extensão, diversidade de populações, infraestrutura de imunização e necessidade de alcançar indivíduos em ambientes urbanos e rurais (12/11/2020)." Fonte: New York Times
Pesquisadores de todo o mundo buscam por uma candidata segura e eficaz para vacina contra o novo coronavírus. Até a última atualização desta reportagem, em 21 de outubro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) já havia registrado cerca de 179 pesquisas em desenvolvimento, com ao menos 44 delas sendo testadas em humanos – destas, 10 estão na terceira e última fase.
A China é o país com mais candidatas em Fase 3 na corrida por uma imunização, com quatro vacinas experimentais (leia mais sobre as etapas adiante); Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido e Rússia também têm pesquisas avançadas. Veja quais são as 10 vacinas nesta etapa:Vacinas em Fase 3 dos testes em humanos
A China é o país com mais candidatas em Fase 3 na corrida por uma imunização, com quatro vacinas experimentais (leia mais sobre as etapas adiante); Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido e Rússia também têm pesquisas avançadas. Veja quais são as 10 vacinas nesta etapa:Vacinas em Fase 3 dos testes em humanos
Laboratório |
Nome da vacina |
Tipo de imunização |
País |
Janssen Pharmaceutical Companies |
Ad26 SARS-CoV-2 |
Vetor Viral |
EUA |
Moderna/Instituto Nacional de Alergia e Doenças
Infecciosas |
mRNA 1273 |
Genética |
EUA |
BioNTech/Fosun Pharma/Pfizer |
BNT162 |
Genética |
EUA, Alemanha |
Universidade de Oxford/AstraZeneca |
AZD1222 |
Vetor Viral |
Reino Unido |
Sinovac |
CoronaVac |
Inativado |
China |
Instituto de Produtos Biológicos de
Wuhan/Sinopharm |
? |
Inativado |
China |
Instituto de Produtos Biológicos de
Pequim/Sinopharm |
? |
Inativado |
China |
CanSino Biological Inc./Instituto de
Biotecnologia de Pequim |
AD5-nCov |
Vetor Viral |
China |
Novavax |
NVX-CoV2373 |
Subunidade de proteína |
EUA |
Instituto de Pesquisa Gamaleya |
Sputinik V |
Vetor Viral |
Rússia |
A vacina russa Sputnik V, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya está, segundo a OMS, na terceira fase de testes em humanos. O estudo mais recente publicado na revista científica "The Lancet" em 4 de setembro indicou que a candidata russa não teve efeitos adversos e induziu resposta imune.
Os cientistas reconheceram, no entanto, a necessidade de mais testes para comprovar a eficácia da vacina. Ainda assim, o governo da Rússia já autorizou a produção deste imunizante em grande escala, medida que foi criticada pela comunidade internacional.
AZD1222 (Reino Unido)
Mais conhecida no Brasil como a vacina da Universidade de Oxford, a AZD1222 é a que está há mais tempo na Fase 3 dos testes em humanos. Ela usa um adenovírus que afeta chimpanzés para transportar o RNA do Sars-Cov-2 para dentro do corpo humano.
Ela começou seus testes em milhares de voluntários ainda em abril e foi a primeira a ser testada no Brasil, com 5 mil voluntários em 3 estados. Segundo o Ministério da Saúde, caso seja aprovada na terceira fase, 30 milhões de doses dessa vacina serão distribuídas no Brasil em janeiro de 2021.
mRNA1273 (EUA)
A candidata da farmacêutica norte-americana Moderna, desenvolvida com apoio do governo dos Estados Unidos, é feita a partir do RNA mensageiro – por isso o nome mRNA – que introduz no corpo humano um pedaço do código genético da proteína S do vírus, ensinando-o como responder a uma futura infecção.A vacina recebeu uma autorização especial da agência de vigilância sanitária dos EUA (FDA da sigla em inglês) que autorizou a equipe de pesquisadores a avançar, de maneira mais rápida, para as fases finais do estudo.
CoronaVac (China)
A candidata da chinesa Sinovac é testada no Brasil com o apoio do Instituto Butantan (SP). Ela teve seus primeiros resultados anunciados em junho, sem efeitos adversos graves e produção de resposta imunológica em 743 voluntários iniciais.
Ela é uma vacina de vírus inativado, o que quer dizer que é feita a partir do vírus morto ou por partes dele – incapazes de se replicar. No final de agosto, o governo chinês autorizou o uso emergencial desta vacina no país para pacientes expostos ao risco, como trabalhadores da saúde e agentes de fronteira (veja o vídeo abaixo).
Ela é uma vacina de vírus inativado, o que quer dizer que é feita a partir do vírus morto ou por partes dele – incapazes de se replicar. No final de agosto, o governo chinês autorizou o uso emergencial desta vacina no país para pacientes expostos ao risco, como trabalhadores da saúde e agentes de fronteira (veja o vídeo abaixo).
BNT162 (EUA e Alemanha)
A candidata da farmacêutica norte-americana Pfizer, desenvolvida em parceria com a empresa de biotecnologia alemã BioNTech, também usa o mRNA para codificar proteínas virais. Ela começou a ser testada na Fase 3 no final de julho.
A candidata é testada em voluntários brasileiros desde o começo de agosto e ela se mostrou promissora em sua fase inicial. Um artigo publicado no dia 20 de julho como prévia (pré-print), apontou que a substância é segura e capaz de induzir resposta imunológica.
Como funciona a pesquisa para uma vacina?
Ensaios clínicos
O processo de pesquisa e desenvolvimento (P&D) de uma nova vacina é constituído de diversas etapas tratando-se, portanto, de um processo demorado, de alto investimento e associado a riscos elevados, particularmente quando se tratam das doenças negligenciadas.
A primeira etapa: corresponde à pesquisa básica e é onde novas propostas de vacinas são identificadas. Segunda etapa: realização dos testes pré-clínicos (in vitro e/ou in vivo) que têm por objetivo demonstrar a segurança e o potencial imunogênico da vacina. Terceira etapa: ensaios clínicos, que é a mais longa e a mais cara do processo de P&D. Os estudos clínicos de uma nova vacina são classificados em estudos de Fase I, Fase II, Fase III e Fase IV.
Fases do ensaio/estudo clínico
Fase I: é o primeiro estudo a ser realizado em seres humanos e tem por objetivo principal demonstrar a segurança da vacina.
Fase II: tem por objetivo estabelecer a sua imunogenicidade.
Fase III: é a última fase de estudo antes da obtenção do registro sanitário e tem por objetivo demonstrar a sua eficácia. Somente após a finalização do estudo de fase III e obtenção do registro sanitário é que a nova vacina poderá ser disponibilizada para a população.
Fase IV: Vacina disponibilizada para a população.
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