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quinta-feira, 15 de junho de 2017

Surto de Chikungunya alerta autoridades no Norte e Nordeste do Brasil


Casos confirmados de chikungunya em RR crescem 2.325% em 2017, diz Sesau

Dados do Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa) foram divulgados nesta segunda (15). Saúde diz que aumento indica surto da doença no estado.

Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) divulgou nesta segunda-feira (15) dados do Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa) que apontam um crescimento de 2.325% nos casos confirmados de chikungunya de janeiro a 24 abril de 2017, comparado com o mesmo período do ano passado.
Conforme a Sesau, em 2016 foram confirmados quatro casos da doença transmitida pelo Aedes aegypti. Já neste ano foram 95. Por isso, o governo considera que os números já indicam um surto epidemiológico da doença.
Os dados do LIRAa também mostram um aumento significativo nos casos de Zika. Em Boa Vista houve um crescimento de 222% nos casos notificados e de 50% nos confirmados.
Com relação a dengue, houve um aumento nos casos notificados, mas uma diminuição de casos confirmados. De janeiro a abril de 2016 foram confirmados 81 casos de dengue em todo o estado. Em 2017, o número caiu para 21.

População deve colaborar

Os meses de abril a setembro são marcados por chuvas o que torna o período ideal para a proliferação do mosquito, conforme a Sesau. A atenção para a limpeza dos ambientes deve ser redobrada para que os focos não apareçam.
"A ação mais efetiva para combater o mosquito ainda é eliminando os focos", afirmou a diretora estadual da vigilância epidemiológica, Luciana Grisoto.
A recomendação da Sesau é que a população faça sempre uma vistoria detalhada para eliminar todos os recipientes que possam acumular água parada e servir como criadouro. O ciclo de reprodução do mosquito, do ovo à forma adulta, pode levar de 5 a 10 dias. Por isso é importante repetir este processo pelo menos uma vez por semana.

Com surto de Chikungunya, prefeitura de Fortaleza libera R$ 500 mil para pesquisas sobre a doença.

O prefeito Roberto Cláudio anunciou, na noite desta quarta-feira (10), a liberação de pelo menos R$ 500 mil para desenvolvimento de pesquisas sobre Chikungunya. O anúncio foi feito durante reunião com especialistas da área da saúde e membros da comunidade acadêmica para buscar soluções práticas no tocante ao aprofundamento dos conhecimentos sobre a patologia. As ações objetivam promover melhorias no manejo clínico diante das ocorrências. Os recursos serão liberados por meio de critérios previamente estabelecidos.
Com 6.349 casos confirmados da doença neste ano, de acordo com a Secretaria da Saúde do Estado, Fortaleza concentra mais da metade dos casos de chikungunya no Ceará. O estado tem 10.592 casos confirmados de febre neste ano.
De 2016 para 2017, o Ceará também passou por crescimento nos números de casos registrados, indo de 4.294 possíveis casos para 17.012 este ano. Uma pessoa morreu em consequência da doença.
Para o médico infectologista Anastácio Queiroz, a continuidade da manifestação das arboviroses – como a chikungunya e a dengue - tem causas complexas e difíceis de serem combatidas. De acordo com o especialista, questões como habitação, abastecimento de água e a própria educação das pessoas não melhoraram de forma suficiente a conseguir amenizar o problema.
"As pessoas, principalmente na periferia, habitam mal, moram mal e acumulam mal a água. Em determinados bairros, falta o abastecimento de água. Mas não existe um povo totalmente desordenado com um governo totalmente ordenado. Eles caminham juntos. Pelo conhecimento que temos, a maioria dos focos está nas casas das pessoas, mas o poder público tem o desafio de convencer a população de que tem que cuidar."

Reunião

Durante a reunião promovida pela Prefeitura de Fortaleza, médicos de diversas especialidades, ao lado de representantes da Vigilância Epidemiológica e Ambiental, foram divididos em grupos específicos que vão atuar em várias diretrizes, como a gestão de dados epidemiológicos, capacitação profissional, rede de assistência e busca por uma comunicação eficiente.
“Os maiores especialistas da nossa cidade na área da Infectologia estão comprometidos nesta iniciativa. Também neurologistas, reumatologistas, biólogos e pesquisadores. Uma equipe de altíssimo nível técnico que, a partir de agora, vai nos ajudar a dar um maior manejo a essa doença tão desafiadora”, pontuou a médica pediatra e secretária Municipal da Saúde, Joana Maciel.
Também foram mencionadas estratégias implantadas pelo Ministério da Saúde, oferecendo suporte às condutas que serão adotadas a nível municipal. “Nós precisamos adaptar um Manual de Conduta, já existente no âmbito Federal, à nossa realidade. Será estabelecido um fluxograma de como o paciente vai ser atendido no primeiro momento, como identificar o risco do paciente e a quem referir esse paciente”, disse o preito Roberto Cláudio.
Após a formalização e a padronização do Manual de Conduta, a Prefeitura publicará cartilhas e facilitará a promoção de cursos on-line para profissionais dos equipamentos de saúde públicos e privados.
Serão adotados protocolos especiais para oferecer atendimento adequado, principalmente, aos grupos considerados de maior risco, compostos por crianças, idosos, hipertensos, diabéticos e cardiopatas, além de outros pacientes crônicos. O objetivo das ações é atendê-los no tempo correto, promovendo atenção humanizada, estabelecendo ações cujos resultados se apresentem em curto prazo, tendo em vista a gravidade epidêmica da situação.
“A partir disso, o paciente vai poder saber, dependendo de qual sintoma ele esteja apresentando, qual local da Rede ele vai procurar, se é Posto de Saúde, se é UPA, se é hospital. Caso ele apresente complicações, como, por exemplo, neurológicas, será orientado sobre qual unidade o atenderá”, esclareceu a titular da Secretaria de Saúde. Fonte: http://g1.globo.com/ceara/noticia/com-surto-de-chikungunya-prefeitura-de-fortaleza-libera-r-500-mil-para-pesquisas-sobre-a-doenca.ghtml

sexta-feira, 5 de maio de 2017

Brasil lança primeiro foguete nacional movido a combustível líquido

Brasil lança com sucesso satélite que será usado para comunicações e defesa

Lançamento aconteceu nesta quinta-feira (4). Equipamento será utilizado para comunicações estratégicas do governo e para levar banda larga a regiões remotas no país.


O Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) foi lançado nesta quinta-feira (4) com sucesso, por volta das 19 h do horário de Brasília a partir do Centro Espacial de Kourou, na Guiana Francesa. Trata-se do primeiro satélite geoestacionário 100% brasileiro de uso civil e militar dedicado exclusivamente a transmissão de dados.

A decolagem foi considerada perfeita pelo centro de controles da Arianespace na Guiana Francesa.

Após o lançamento do foguete que leva o equipamento ao espaço, haverá um tempo de 28 minutos até a separação do satélite, que levará cerca de 10 dias para chegar à sua posição final. Depois disso, serão feitos testes por 30 dias. Em meados de junho, o controle operacional do satélite já poderá ser feito pelas Forças Armadas. A banda utilizada para comunicações poderá ser usada a partir de setembro. Além do satélite brasileiro, foi lançado para o espaço hoje um satélite da Coréia do Sul, também pela empresa lançadora de satélites Arianespace.


O projeto é uma parceria entre os ministérios da Defesa e da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, e envolve investimentos de R$ 2,7 bilhões. Adquirido pela Telebras, o equipamento será utilizado para comunicações estratégicas do governo e para ampliar a oferta de banda larga no país, especialmente em áreas remotas. O satélite também fornecerá um meio seguro para transferência de informações civis e militares que envolvam a segurança nacional. Até então, o governo alugava o sinal de satélites privados.
Com 5,8 toneladas e 5 metros de altura, o satélite ficará posicionado a uma distância de 36 mil quilômetros da superfície da Terra, cobrindo todo o território brasileiro e o Oceano Atlântico. Sua capacidade de operação é de 18 anos.
Inicialmente, o lançamento do Satélite Geoestacionário brasileiro estava previsto para o dia 21 de março, mas foi adiado por causa de uma greve geral na Guiana Francesa.
*Com informações da Agência Brasil


Há muitos anos, o Brasil prometeu lançar um satélite que levaria banda larga a áreas remotas. Na noite desta quinta-feira (4), após uma sucessão de atrasos, ele enfim chegou ao espaço.

O SGDC (Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas) custou R$ 2,784 bilhões e terá uso civil e militar. Ele vai operar em banda Ka, fornecendo banda larga a provedores em cidades remotas; e também em banda X, para comunicações militares.
O lançamento foi realizado pela Arianespace na base de Kourou, na Guiana Francesa. O satélite foi montado pela franco-italiana Thales Alenia Space sob a supervisão da Visiona (parceria entre Telebras e Embraer).
O acordo com a Thales Alenia também envolve transferência de tecnologia: 50 profissionais brasileiros foram enviados à França para acompanhar a fabricação do satélite, e para aprender a operá-lo. Eles vão trabalhar nas duas estações de controle, uma em Brasília e outra no Rio de Janeiro.
O SGDC ficará em órbita geoestacionária a 36 mil km da Terra, cobrindo todo o território brasileiro e transmitindo dados a até 54 gigabits por segundo. O uso militar começará em junho; a oferta de banda larga só deve começar em setembro. A vida útil prevista para o satélite é de 18 anos.


Atrasos
O projeto do SGDC foi inicialmente anunciado em 2012. O processo de licitação foi realizado em 2013, com previsão de lançamento do satélite para o ano seguinte — o que não aconteceu. Ele faria parte do Programa Nacional de Banda Larga.
No ano passado, a então presidente Dilma Rousseff prometeu que o satélite será lançado ainda em 2016, mas esse prazo também não foi cumprido. O lançamento ficou para março deste ano, e acabou atrasando de novo porque a Guiana Francesa estava em greve geral.



sexta-feira, 31 de março de 2017

Febre Amarela: o Brasil registrou até agora 2.104 casos suspeitos

Brasil registra 2.104 casos suspeitos de febre amarela

Entenda a doença, seus fatores de risco e tratamentos


Segundo o Ministério da Saúde, do total, 1.101 permanecem em investigação, 492 foram confirmados e 511 descartados. Até o momento, 162 mortes foram confirmadas, 95 permanecem em investigação e 20 foram descartadas.
Minas Gerais é o estado com o maior número de casos, com 375 já confirmados, seguido pelo Espírito Santo, com 109.

A doença
Em meio ao surto de febre amarela, o site Coração & Vida faz um alerta para a doença e dá dicas de prevenção.
A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus transmitido por vetores artrópodes, que possui dois ciclos epidemiológicos distintos de transmissão: silvestre e urbano. A vacina é a principal ferramenta de prevenção e controle da doença.
No entanto, é importante entender a diferença entre a febre amarela urbana e a terrestre. Do ponto de vista etiológico, clínico, imunológico e fisiopatológico, a doença é a mesma nos dois ciclos.
No ciclo silvestre da febre amarela, os primatas não humanos (macacos) são os principais hospedeiros e amplificadores do vírus, e os vetores são mosquitos com hábitos estritamente silvestres, sendo os gêneros Haemagogus e Sabethes os mais importantes na América Latina.

Nesse ciclo, o homem participa como um hospedeiro acidental ao adentrar áreas de mata.
No ciclo urbano, o homem é o único hospedeiro com importância epidemiológica e a transmissão ocorre a partir de vetores urbanos (Aedes aegypti) infectados. Por isso, a população não deve descuidar dos criadouros dos mosquitos. A dica é sempre adotar hábitos como armazenar lixo em sacos plásticos fechados, manter a caixa d’água vedada e não deixar água acumulada em calhas.
Também é importante encher com areia os pratinhos dos vasos de plantas e tratar a água de piscinas e espelhos d’água com cloro.

Fatores de risco
Pessoas que nunca entraram em contato com a febre amarela ou nunca se vacinaram correm o risco de contrair a doença ao viajarem a locais em que a doença é ativa, mesmo que não haja casos recentes reportados.
O risco é maior para as pessoas com mais de 60 anos de idade e qualquer pessoa com imunodeficiência grave. Muitas pessoas não apresentam sintomas e quando os apresentam, os mais comuns são:
– Febre
– Dores musculares no corpo, principalmente nas costas
– Dor de Cabeça
– Perda de apetite
– Náuseas e vômito
– Olhos, face ou língua avermelhada
– Fotofobia
– Fadiga e fraqueza
Os sintomas nesta fase da doença costumam durar entre três e quatro dias e passam sozinhos.
No entanto, algumas pessoas podem desenvolver sintomas mais graves cerca de 24 horas após a recuperação dos sintomas mais simples. Nesta fase, chamada de tóxica, o vírus pode atingir diversos órgãos e sistemas, mas principalmente o fígado e rins.
Os sintomas dessa fase são:
– Retorno da febre alta
– Icterícia, devido ao dano que o vírus causa no fígado
– Urina escura
– Dores abdominais
– Sangramentos na boca, nariz, olhos ou estômago
Em casos ainda ais graves, o paciente pode apresentar delírios, convulsões e até entrar em coma.

Tratamento
O tratamento é apenas sintomático, com cuidadosa assistência ao paciente que, sob hospitalização, deve permanecer em repouso, com reposição de líquidos e das perdas sanguíneas, quando indicado.
Nas formas graves, o paciente deve ser atendido em Unidade de Terapia Intensiva. Salicilatos devem ser evitados (AAS e Aspirina), já que seu uso pode favorecer o aparecimento de manifestações hemorrágicas.
Atualmente, o Ministério da Saúde recomenda que todas as pessoas que moram ou têm viagem planejada para áreas silvestres, rurais ou de mata verifiquem se estão vacinadas contra a febre amarela. Em geral, a vacina passa a fazer efeito após um período de dez dias.
O risco de que moradores de áreas endêmicas e até ecoturistas contraiam o vírus e o levem para cidades maiores é a principal preocupação dos especialistas.

Confira abaixo algumas dúvidas sobre a doença:

Qual é a diferença entre a febre amarela silvestre (FAS) e a febre amarela urbana (FAU)?
A diferença entre elas é o vetor: na cidade a doença é transmitida pelo Aedes aegypti, o mesmo mosquito que transmite a dengue. Na mata, os mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes transmitem o vírus. Apesar disso, o vírus transmitido é o mesmo, assim como a doença resultante da infecção. Desde 1942, o Brasil não registra casos de febre amarela urbana.

O que é a febre amarela silvestre (FAS)?
É uma doença infecciosa febril aguda, causada por um arbovírus (vírus transmitido por artrópodes), que pode levar à morte em cerca de uma semana, se não for tratada rapidamente. A doença é comum em macacos, que são os principais hospedeiros do vírus.

Como a doença é transmitida?
A febre amarela silvestre é transmitida através da picada de mosquitos Haemagogus e Sabethes, que vivem em matas e vegetações à beira dos rios. Quando o mosquito pica um macaco doente, torna-se capaz de transmitir o vírus a outros macacos e ao homem.

Como a doença pode ser evitada?
A única forma de evitar FAS é através da vacinação. A vacina está disponível durante todo o ano nas unidades de cuidados de saúde de forma gratuita e deve ser administrada pelo menos 10 dias antes do deslocamento para áreas de risco. A vacina pode ser administrada após seis meses de idade e é válida por dez anos.

Quem não pode se vacinar?
Por causar reações, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não recomenda a vacina para pessoas com doenças como lúpus, câncer e HIV, devido à baixa imunidade, nem para quem tem mais de 60 anos, grávidas e alérgicos a gelatina e ovo.

Que lugares constituem áreas de risco?
Locais que têm matas e rios onde o vírus e seus hospedeiros e vetores ocorrem naturalmente são identificadas como áreas de risco.

Que época do ano a doença é mais comumente registrada?
Estudos têm demonstrado que a doença ocorre com maior frequência nos meses de dezembro a maio. Esta é a estação das chuvas, quando há um aumento das populações de mosquitos, favorecendo a circulação do vírus.

Qualquer pessoa está em risco de contrair febre amarela silvestre?
Sim. Qualquer pessoa, independentemente da idade ou sexo, que vive nas áreas endêmicas ou que visitam áreas endêmicas sem ter sido vacinada, pode ter a doença.

Quanto tempo leva para que a doença se tornar aparente?
De três a seis dias após ter sido infectada, a pessoa apresenta os sintomas iniciais.

Quais os sintomas da doença?
Os sintomas iniciais da febre amarela incluem o início súbito de febre, calafrios, dor de cabeça intensa, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. A maioria das pessoas melhora após estes sintomas iniciais. No entanto, cerca de 15% apresentam um breve período de horas a um dia sem sintomas e, então, desenvolvem uma forma mais grave da doença. Em casos graves, a pessoa pode desenvolver febre alta, icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos), hemorragia (especialmente a partir do trato gastrointestinal) e, eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos. Cerca de 20% a 50% das pessoas que desenvolvem doença grave podem morrer.



O que você deve fazer se apresentar os sintomas?
Depois de identificar alguns desses sintomas, procure um médico na unidade de saúde mais próxima e informe sobre qualquer viagem para áreas de risco nos 15 dias anteriores ao início dos sintomas, e se você observou a morte de macacos próxima aos lugares que você visitou. Informe, ainda, se você tomou a vacina contra a febre amarela, e a data.

Como a febre amarela silvestre é tratada?
Não há nenhum tratamento específico contra a doença. O médico deve tratar os sintomas, como dores no corpo e cabeça, com analgésicos e antitérmicos. Salicilatos devem ser evitados (AAS e Aspirina), já que seu uso pode favorecer o aparecimento de manifestações hemorrágicas.

A febre amarela silvestre é contagiosa?
A doença não é contagiosa, ou seja, não há transmissão de pessoa a pessoa. É transmitida somente pela picada de mosquitos infectados com o vírus da febre amarela.


Fonte:
http://coracaoevida.com.br/brasil-registra-2-104-casos-suspeitos-de-febre-amarela/


Para saber mais sobre o Tratamento da febre amarela



Não existe tratamento específico para febre amarela. Não há um medicamento que cure a doença, o que torna a vacinação ainda mais importante.
Nos casos grave o paciente é internado para controle das complicações e monitorização das hemorragias. Alguns pacientes que apresentam falência dos rins precisam de hemodiálise (leia: HEMODIÁLISE| Como funciona, cateter e fístulas). Nos casos de insuficiência respiratória a ventilação mecânica pode ser necessária.

A falsa epidemia de febre amarela em 2008

Durante o ano de 2008 o Ministério da Saúde detectou um aumento dos casos de febre amarela entre primatas nas florestas de algumas regiões endêmicas, o que poderia aumentar os casos de febre amarela silvestre. Adequadamente, o governo expediu ordem para aumentar a vigilância e reforçar a vacinação contra a doença em viajantes e moradores de áreas endêmicas que pudessem estar há mais de dez anos sem o reforço.
Entretanto, de forma completamente irracional, parte da imprensa das regiões não endêmicas, nomeadamente Rio e São Paulo, deturparam este fato e passaram a noticiar uma suposta epidemia de febre amarela com risco de transmissão urbana, levando pânico à população, que correu para os postos de saúde em busca de vacinação. O episódio foi tão irresponsável que alguns colunistas instruíram a população a não confiarem no discurso oficial do governo que garantia não haver sinais de epidemia. Somente o jornal Folha de São Paulo publicou mais de 100 matérias sensacionalistas sobre a suposta epidemia entre Dezembro de 2007 e Fevereiro de 2008.


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O fato é que durante o ano todo de 2008 foram identificados apenas cerca de 40 casos de febre amarela silvestre em todo o país. Entretanto, a corrida aos postos de saúde fez com que mais de 13 milhões de doses de vacina fossem aplicadas (a média é de menos de 3 milhões por ano). Essa insana vacinação gerou mais de 50 casos de reação à vacina, sendo 23 pessoas internadas por complicações e 8 mortes! Uma das pessoas mortas apresentava contraindicações a vacina, mas assustada com o noticiário, vacinou-se duas vezes em um intervalo de apenas uma semana.
Este fato só reforça a necessidade da população se conscientizar que informações sobre saúde devem ser obtidas apenas por fontes confiáveis. Nunca tome medicações ou vacinas sem orientação médica.
Fonte:

http://www.mdsaude.com/2012/01/febre-amarela-vacina.html



sábado, 25 de fevereiro de 2017

Astrônomos descobrem sistema com 7 exoplanetas, e eles podem ter água

"Não, nós não encontramos ETs, mas nossa descoberta pode ajudar na busca da vida fora do nosso Sistema Solar." A descoberta anunciada pelo ESO (Observatório Europeu do Sul) não é aquela que buscamos há tanto tempo, mas mantém nossa esperança.

Sete exoplanetas foram descobertos orbitando uma estrela próxima, a cerca de 39 anos-luz de distância, de acordo com comunicado feito pela Nasa (Agência Espacial Norte-Americana) nesta quarta-feira (22). E as condições de alguns deles podem ser favoráveis para água em estado líquido.

A estrela anã que fica no centro desse sistema estelar, como se fosse o nosso Sol, é chamada de TRAPPIST-1, e é um pouco maior que Júpiter (o planeta é cerca de 12 vezes maior que a Terra). Um dos autores da pesquisa, Michael Gilion, explica que se o nosso Sol fosse do tamanho de uma bola de basquete, a TRAPPIST-1 seria uma bola de golfe.

Estimativas iniciais sugerem que os novos planetas têm massas semelhantes à da Terra e composições rochosas. Para você ter uma ideia, os maiores exoplanetas, o primeiro (por ordem de proximidade da estrela) e o sexto, são 10% maiores que a Terra. Já os menores, o terceiro e o sétimo (o mais distante da estrela), são 25% menores que nosso planeta. A descoberta foi feita em parceria entre astrônomos de todo o mundo, usando telescópios da Nasa e do ESO.

Este é o sistema com o maior número de planetas tão grandes quanto a Terra já descoberto, bem como aquele que tem o maior número de mundos que podem ter água líquida. Antes disso, o sistema com mais exoplanetas já descoberto tinha apenas três planetas.

A descoberta nos dá uma pista de que encontrar outra Terra não é uma questão de 'se' [ela existe], mas de 'quando'."



Thomas Zurbuchen, diretor da área de missões científicas da Nasa
Infelizmente, você não deverá estar vivo quando os astronautas conseguirem chegar até os planetas, mas os pesquisadores prometem mais novidades sobre o sistema em apenas cinco anos. 

Pode ter água por lá?

Segundo pronunciamento da NASA, em todos os planetas há condições para abrigar vida

A ilustração mostra como deve ser o sistema planetário de TRAPPIST-1 com base nos dados disponíveis sobre os diâmetros, massas e distâncias dos exoplanetas

As análises, publicadas na Nature, indicam que em ao menos seis deles as temperaturas na superfície devem variar entre 0ºC e 100ºC, mas não é possível confirmar que exista água em estado líquido. Ainda é preciso buscar por mais dados.

"Com as condições adequadas da atmosfera, pode ter água em qualquer um dos desses sete planetas. Principalmente em três deles, que estão em localizações privilegiadas", explicou Zurbuchen, durante anúncio.

Três exoplanetas no meio do sistema são os mais prováveis de ter água em estado líquido
As hipóteses mostram que talvez nos três mais próximos da TRAPPIST-1 seja muito quente para água ficar líquida e não evaporar. No mais distante, é possível que exista gelo. Mas três exoplanetas (o quarto, quinto e o sexto) são os com maior probabilidade de ter vida fora da Terra, por estarem em uma zona habitável com possíveis oceanos. No caso do Sistema Solar, por exemplo, Vênus, Terra e Marte são os planetas na zona habitável.



Cientistas vão continuar estudando o solo e também a atmosfera, para ver se é possível encontrar água e sinais de vida.


Temos mais detalhes?

Ilustração mostra como seria possível ver os outros exoplanetas do sistema no céu

Durante a pesquisa, os astrônomos também descobriram características importantes e curiosas sobre os sete exoplanetas.
Por exemplo, os cientistas afirmam que se você puder ficar na superfície de um dos mundos e de olhos no céu, você verá os outros seis planetas maiores do que nós, terráqueos, vemos a Lua.
Os sete planetas são tão próximos que viagens interplanetárias seriam feitas em dias, e não em meses ou anos como acontece no nosso sistema.

Outra característica é que a iluminação dos planetas deve ser semelhante à que temos em Vênus, Terra ou Marte.

Além disso, é possível que alguns, se não todos os planetas, estejam sempre com a mesma face virada para a estrela, um fenômeno chamado de "tidal locking", como acontece com a Lua em relação à Terra.

O planeta mais próximo da TRAPPIST-1 demora apenas um dia e meio para orbitar a estrela. O mais distante deve demorar cerca de 20 dias. Lembre que a Terra demora 365 dias para dar toda a volta no Sol.

As pesquisas não mostram se os exoplanetas têm luas. Mas de acordo com Gilion, "seria estranho ter luas tão perto de uma estrela, estudos ainda esclarecerão essa questão". Se não tiverem o satélite natural e tiverem oceanos, a proximidade entre os exoplanetas pode influenciar no movimento das ondas, assim como a Lua faz na Terra.

Como foi a descoberta?



Ilustração da Nasa mostra a proporção entre os novos exoplanetas e alguns planetas do Sistema SolarEm maio de 2016, Michael Gillon e sua equipe encontraram três exoplanetas girando em torno de uma estrela anã, na constelação de Aquário. Empolgados com a novidade, os cientistas realizaram uma campanha de monitoramento da estrela a partir do solo e do espaço para saber mais sobre os planetas.

Na Terra, a pesquisa usou observações do instituto STAR, na Universidade de Lieja, na Bélgica, o telescópio de Liverpool, operado pelo Instituto de Pesquisa de Astrofísica da Universidade John Moores, na Inglaterra e do Very Large Telescope do ESO, no Chile.
No espaço, o grande aliado foi o telescópio espacial da Nasa chamado Spitzer, que observou a TRAPPIS-1 por 21 dias em 2016 e conseguiu 500 horas de material.
Os astrônomos analisaram as variações no brilho da estrela e anotavam de quanto em quanto tempo havia uma sombra, momento em que um exoplaneta estava passando pela estrela anã.

Com os dados recolhidos, já foi possível saber o tempo de translação, a distância da estrela, a massa e o diâmetro de alguns dos sete exoplanetas.
Os astrônomos afirmam que informações adicionais são necessárias para caracterizar com mais detalhes os novos planetas, particularmente o sétimo (o mais distante da estrela), que só foi registrado pelo Spitzer uma vez, e ainda não foi possível descobrir seu período orbital e sua interação com os outros exoplanetas.

Fonte: https://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2017/02/22/nasa-descobre-sistema-estelar-com-sete-exoplanetas-e-eles-podem-ter-agua.htm

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sábado, 11 de fevereiro de 2017

Novo planeta anão dentro do nosso Sistema Solar

União Astronômica Internacional anunciou a descoberta de um novo planeta anão dentro do nosso Sistema Solar.


Apelidado de 2015 RR245, o amigo de Plutãotem cerca de 700 quilômetros de diâmetro — para comparação, a Terra tem 12.756 km.
Apesar de os astrômos encontrarem uma série de planetas do tipo no cinturão de Kuiper, que marca o limite do Sistema Solar, RR245 se destaca por seu tamanho e órbita — ele leva 700 anos terrestres para dar uma volta ao redor do Sol. Segundo os cientistas, trata-se do maior objeto localizado para além de Netuno, entre os 500 já encontrados.

Para a pesquisadora Michele Bannister, da Universidade de Victoria, nos EUA, a descoberta é importante porque o planeta anão poderá ser estudado em detalhes, revelando os mistérios da formação dos planetas. “Quase todos os mundos gelados que estão para além de Netuno são pequenos e fracos: é maravilhoso encontrar um que seja grande e brilhante o suficiente para ser analisado.

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Os astrônomos acreditam que planetas anões como este eram abundantes no Sistema Solar, mas a maioria teria sido destruída ou ejetada quando os planetas maiores encontraram suas posições atuais. RR245 agora faz parte do time que inclui, além de Plutão (rebaixado em 2006), outros planetas do tipo como Ceres, Haumea, Makemake e Eris.



“Eles são a coisa mais próxima que temos de uma máquina do tempo que nos transporta direto para o nascimento do Sistema Solar”, apontou ao The Guardian o astrofísico Pedro Lacerda da Queen’s University Belfast, na Irlanda do Norte. “É possível fazer uma analogia com fósseis que nos trazem informações sobre criaturas do passado.”

Apesar da descoberta já ter sido formalmente anunciada pela União Astronômica Internacional, os especialistas ainda esperam que um estudo com mais detalhes seja publicado em breve.
Fonte: http://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Espaco/noticia/2016/07/astronomos-descobrem-novo-planeta-anao-no-sistema-solar.html



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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Lichias, responsáveis pela morte de centenas de crianças na Índia

Fruta está por trás da enigmática doença que a cada verão matava crianças no Estado indiano de Bihar. Uma pesquisa sistemática permitiu encontrar a toxina responsável.

Muitos as conhecerão unicamente por vê-las nos menus de sobremesas dos restaurantes chineses, com a banana frita e limões e laranjas gelados. As lichias, essas polpas esbranquiçadas que lembram as uvas, doces ainda que por vezes com um toque ácido, são uma fruta subtropical muito popular em certas regiões da China, Índia e Austrália, os principais países produtores. Mas são também, de acordo com um estudo publicado recentemente, a causa da misteriosa doença que no começo de cada verão vitimava centenas de crianças no distrito de Muzafarpur, nordeste da Índia.
O enigmático surto se repetia, desde 1995, em meados de maio, quando as temperaturas disparam nessa região coberta por plantações de lichias. Crianças da região aparentemente saudáveis acordavam chorando muito, com alterações sensoriais e convulsões. Ao chegar aos hospitais dessa parte do Estado de Bihar (o de menor PIB per capita de todo o país), muitos – sempre menores de 15 anos – entravam em coma. E entre três e quatro de cada 10, morriam. Semanas depois, em julho, chegavam as monções e a epidemia desaparecia novamente.

Entre as teorias mais ou menos fundamentadas que pesquisadores e especialistas haviam criado nesses anos para explicar as mortes apareciam diferentes infecções do encéfalo, a ingestão de metais pesados e a exposição a pesticidas usados nas plantações. Mas há tempos que muitos suspeitavam que as lichias – a região lidera com folga a produção na Índia – tinham um papel importante no quebra-cabeças.
Finalmente, em 2013 o centro nacional de controle de doenças indiano iniciou uma pesquisa em colaboração com seu equivalente norte-americano, cujos resultados foram publicados agora pela prestigiosa revista médica britânica The Lancet. Não foi encontrado nas crianças indianas doentes nenhum indício de infecção, tese reforçada pelo fato de que os casos não se concentravam geograficamente: cada um parecia ser praticamente um fato isolado em sua própria comunidade. Além disso, o laboratório revelou que muitos pacientes afetados eram internados nos hospitais com níveis baixos de glicose no sangue, e que a mortalidade se dava em função desses níveis. Então, os especialistas focaram na busca de uma toxina que estivesse presente no ambiente dos doentes e que pudesse causar os baixos níveis de açúcar e as subsequentes convulsões e encefalopatia.
Foi aí que voltaram a colocar a lupa nas lichias, onipresentes na vida diária de uma região em que oito de cada 10 habitantes se dedicam à agricultura e muitos deles vivem da produção dessa fruta, rica em vitamina C, cuja casca avermelhada é retirada para se comer a polpa branca que recobre a semente. Estudos anteriores sobre outra fruta conhecida como ackee (da mesma família da lichia) já haviam demonstrado que a toxina hipoglicina A, presente na ackee, era a causadora da mortal doença do vômito jamaicana ou síndrome hipoglicêmica tóxica. “Estabelecer essa relação foi essencial para se avançar”, lembra Padmini Srikantiah, uma das autoras do estudo. A pista quase definitiva.

SÃO COMESTÍVEIS?

As lichias são uma grande fonte de vitamina C e, como quase todas as frutas tropicais, têm um ato teor de potássio. “Mas quando são consumidas frescas. As enlatadas e em calda não servem”, diz Ana Islas Ramos, especialista em nutrição da FAO (agência da ONU para a alimentação).

A especialista ressalta que as mortes registradas em Muzafarpur e outros lugares são “casos particulares” que ocorreram em um contexto e condições bem específicas, e não acredita que devam alarmar os consumidores de lichias de outros países.

Os autores do estudo também afirmam que as recomendações de minimizar o consumo dessas frutas e se assegurar de comer após esse consumo são dirigidas “especificamente às crianças das áreas afetadas pelo surto”.

As análises feitas pelos pesquisadores nos dois hospitais de referência no distrito de Muzafarpur trouxeram mais pistas. Entre 26 de maio e 17 de julho de 2014, 72% das crianças que chegaram afetadas por essa doença sazonal tinham entre um e cinco anos. E oito em cada 10 apresentavam diferentes graus de desnutrição e atrasos no crescimento causados pela falta de alimento suficiente. “O estado nutricional deve estar relacionado”, diz Srikantiah, uma epidemiologista do centro de controle de doenças norte-americano.
Os pais e responsáveis que os levavam aos hospitais afirmavam, em 94% dos casos, que as crianças pareciam saudáveis e que os sintomas (vômitos, convulsões, inconsciência...) haviam aparecido em menos de 24 horas. Nesse período de 2014, morreram 122 dos 386 jovens que chegaram aos hospitais.
Depois foram cruzadas as atividades de 104 afetados nas 24 horas anteriores à internação, com as de outros tantos pacientes das mesmas idades que tinham outras doenças. Os resultados demonstraram que comer lichia em casa (ou ter estado em uma plantação onde as frutas poderiam ter sido comidas) era o principal fator de risco. Dos que haviam ingerido as frutas, existiam mais doentes entre os que as comeram verdes e imaturas, podres e do chão. Mas sobretudo, as probabilidades de se ficar doente aumentava entre os que, tendo comido lichias, não haviam jantado nada na noite anterior.
A pesquisa, segundo seus autores, é a primeira evidência científica de que a doença que assola Muzafarpur no começo de cada verão é condicionada ´pelo consumo dessas frutas e a toxicidade da hipoglicina A (e seu composto metilenociclopropilglicino, MCPG). Nessa época do ano, de acordo com os pais da região, as crianças costumam passar os dias nos campos comendo lichias, e muitas chegam em casa sem fome. A combinação de se ingerir as frutas e não jantar nada acarreta, em alguns casos, uma hipoglicemia noturna que desencadeia a encefalopatia na manhã seguinte.
Mesmo com a publicação de recomendações seguindo essa teoria, em junho de 2015 e 2016 ainda foram registrados pequenos surtos dessa encefalopatia infantil na região. O Governo de Bihar recomendou que, em casos como esses, os níveis de glicose sejam medidos e corrigidos imediatamente. “Também foram distribuídos panfletos pela região conscientizando os pais da necessidade de que seus filhos jantem”, diz Srikantiah. A desnutrição, comum na população infantil da região, também aumenta as opções de se cair nessa armadilha mortal em formato de fruta doce.

SEM RECURSOS PARA PESQUISAR



“Surtos como o de Muzafarpur mostram como as ameaças à saúde pública a priori inexplicáveis em lugares com poucos recursos costumam ser deixadas de lado sem pesquisa”, diz a doutora Padmini Srikantiah, epidemiologista e uma das autoras do estudo. Desde as mortes que dispararam o alarme, em 1995, até o início do estudo graças à colaboração indo-norte-americana em 2013, se passaram quase 18 anos, nos quais diversas teses e pesquisas não chegaram a uma solução.
“A pesquisa de doenças sem explicação apresenta muitos desafios nesse tipo de ambiente. Somente um enfoque sistemático, contando com médicos, epidemiologistas, cientistas, toxicologistas... pode conseguir os dados necessários para se obter conclusões úteis”, diz Srikantiah.


Fonte:http://brasil.elpais.com/brasil/2017/02/02/internacional/1486047108_040648.html



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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Produção recorde de vacinas contra a febre amarela



A Fundação Oswaldo Cruz bateu o recorde de produção de vacinas contra a febre amarela por causa do surto que atinge principalmente Minas Gerais. Mas o Ministério da Saúde diz que não há necessidade de corrida aos postos nas áreas onde não há aumento de casos da doença.
Olhos vigilantes e o aplicativo de celular da Fundação Oswaldo Cruz (clique aqui) são ferramentas que a população pode usar no combate à febre amarela. Qualquer um pode mandar fotos, comunicar a morte suspeita de animais e evitar que a febre amarela se espalhe.

“O vírus circula entre o mosquito, os primatas e as pessoas, quanto mais próximo os mosquitos e os macacos estiverem da gente, maior a possibilidade desse surto. Então animais dentro da floresta e pessoas que vão à floresta se protejam dos mosquitos. E alimentar animais, jamais”, recomenda Márcia Chame, bióloga da Fundação Oswaldo Cruz.
O Brasil está enfrentando o maior surto de febre amarela silvestre da história. Os 107 casos da doença confirmados desde dezembro de 2016 se concentram na Região Sudeste, a maioria em Minas Gerais, estado que também registrou o maior número de mortes.
O esforço para evitar novas áreas de contágio envolve profissionais do Brasil inteiro, que nesta terça-feira (31) se reuniram no Rio.

Neste momento, o Ministério da Saúde recomenda vacinação nos seguintes casos: pessoas que moram nas áreas atingidas pela doença; pessoas que moram em regiões próximas a essas áreas atingidas; e pessoas que vão viajar para as regiões atingidas ou próximas.
Nestes casos estão Oeste do Espírito Santo, Noroeste do Rio de Janeiro, Oeste da Bahia, e Leste de Minas Gerais.

Além desses lugares, a vacinação já é uma rotina em áreas de 19 estados há muito tempo porque são, historicamente, locais de circulação do vírus. 

E quem vive nessas regiões desses estados que aparecem em cinza no mapa já tinha antes do surto a recomendação de tomar duas doses da vacina ao longo da vida com um intervalo de dez anos. Isso continua valendo.

Quem mora em outras regiões do país não precisa tomar a vacina.
O ministério também avisa que não há necessidade de corrida aos postos de saúde, já que há doses suficientes para atender as regiões com recomendação de vacinação.

O importante é seguir as orientações das autoridades.

“É o esclarecimento da população, no caso específico da febre amarela, que é uma doença que nós temos uma vacina que é eficaz, que é segura, para não gerar pânico e, dentro da orientação que temos trabalhado com o Ministério da Saúde, de uma vacinação que é nas áreas de risco”, disse a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade.

O laboratório da Fundação Oswaldo Cruz é o maior fabricante de vacinas contra a febre amarela do mundo e está batendo um recorde de produção. Em janeiro deve chegar ao máximo da sua capacidade: nove milhões de doses. Isso em um só mês.

“Nós produzimos a vacina há quase 80 anos e temos condição de atender à demanda, é lógico que obedecendo um planejamento e uma racionalidade da imunização”, explicou Marcos Freire, vice-diretor de Bio-Manguinhos.

Fonte: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2017/01/fiocruz-bate-recorde-de-producao-de-vacinas-contra-febre-amarela.html


Aprenda mais...

VACINA FEBRE AMARELA

Por Dra. Mônica Levi
1.  O que é febre amarela?
É uma doença febril aguda, potencialmente grave, causada por um vírus da família dos Flavivírus, o vírus da febre amarela.

2.  Como se adquire a doença?

O vírus é transmitido pela picada de um mosquito infectado, do gênero Aedes, o mesmo que transmite a dengue.

3.  Quais são os sintomas da doença?

Os sintomas variam desde formas assintomáticas ou pouco sintomáticas, similares a um quadro gripal, até formas graves, potencialmente fatais.
Os sintomas clássicos da doença incluem: febre alta, mal estar, dor de cabeça, dores musculares, prostração, náuseas e vômitos. Após três a quatro dias, remissão da febre e melhora dos sintomas evoluindo para cura em cercas de 85%  dos casos.
Já nas formas graves (cerca de 15% dos casos) dá-se início uma segunda fase com icterícia, instalação de insuficiência hepática e renal, podendo ocorrer acometimento neurológico e coma. A mortalidade é elevada para os que evoluem para essa segunda fase, chegando até 50%.

4.  Quem deve ser vacinado?

Recomenda-se vacinar toda a população brasileira residente em áreas de risco a partir dos nove meses de vida e aqueles que viajarem para regiões de risco dentro ou fora do Brasil.
Alguns países fazem exigência do certificado de vacinação para entrada no país (CIVP), de viajantes provenientes de regiões endêmicas, como o Brasil. Nesses casos, viajantes também deverão receber a vacina por exigência governamental do país de destino.

5.  Quais são as regiões de risco?

São várias, e obedecem a critérios epidemiológicos dinâmicos. Você pode se informar a esse respeito através dos órgãos públicos (sites do Ministério da Saúde e das Secretarias Estaduais e Municipais), ou nos vários serviços públicos e privados de Medicina do Viajante.

6.  O que é a vacina febre amarela?

É uma vacina constituída de vírus vivo atenuado. Apresenta eficácia acima de 95% e a proteção persiste por 10 anos ou mais.
A vacina é aplicada em dose única de 0,5ml subcutânea.
O Ministério da saúde recomenda revacinação a cada dez anos.

7.  Quais os eventos adversos após a vacinação?

Os eventos adversos comuns ocorrem em 2% a 5% dos vacinados entre cinco e 10 dias após vacinação e geralmente são leves: dor de cabeça, dor muscular, febre.
Reações alérgicas leves são ocasionais e relacionadas com reação à proteína do ovo. Reações anafiláticas são muito raras ( 1: 350.000 doses aplicadas) e afetam principalmente pessoas com alergia intensa a ovo.
Os eventos adversos  graves, como acometimento do sistema nervoso ou disseminação do vírus vacinal pelo organismo, felizmente são raros ( 1:250.000 – 1:1.000.000 de pessoas vacinadas)  e parecem ocorrer com frequência maior em pessoas com idade acima de 60 anos, que recebem a vacina pela primeira vez.

8.  Quem não pode ser vacinado?

As contraindicações para vacinação contra febre amarela são:
·      Idade menor que seis meses
·      Hipersensibilidade a algum dos componentes da vacina
·      Portadores de imunodeficiências
         Existem situações de precaução, nas quais a indicação da vacinação deve ser ponderada entre risco e benefício:
·     Idade entre seis e oito meses
·     Idade ≥ 60 anos
·     Infectados pelo vírus HIV
·     Gestantes
·     Mulheres amamentando crianças menores de seis meses