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sexta-feira, 22 de abril de 2016

Dengue cai 81% em São Paulo, mas chikungunya e zika preocupam



Dengue cai 81% em São Paulo, mas chikungunya e zika preocupam.


Foram notificados 224 registros suspeitos de zika no município em 2016, comparados com 76 casos em todo o ano anterior

O número de casos confirmados de dengue na cidade de São Paulo caiu 81% em relação ao mesmo período de 2015, mostram dados divulgados na sexta-feira (8) pela Secretaria Municipal da Saúde. De 1 de janeiro a 26 de março, foram 6.096 pessoas infectadas pela doença na capital, ante 32.128 nos três primeiros meses de 2015.
De acordo com o secretário municipal da Saúde, Alexandre Padilha a tendência é que a incidência da doença continue caindo em comparação com 2015, quando a capital registrou recorde de casos com 100 mil pessoas infectadas.
"Percebemos que houve acerto na escolha do tratamento dos terrenos e imóveis com larvicida", disse Padilha, referindo-se a uma estratégia adotada neste ano pela Prefeitura de usar produto específico para eliminar larvas do mosquito Aedes aegypti em imóveis com acúmulo de objetos que podem servir de criadouros, como pátios de carros.
A queda nos registros da doença fez a secretaria determinar na sexta-feira (8) a desativação das duas tendas montadas em unidades de saúde da zona leste para atender pacientes com suspeita da doença. A região é a mais afetada pela dengue neste ano. "Os profissionais contratados para trabalhar nas tendas vão permanecer nas unidades de saúde reforçando a assistência para o surto de H1N1", disse o secretário.
Chikungunya e zika
Embora a dengue venha perdendo força na capital, o número de casos de chikungunya e de zika, doenças também transmitidas pelo Aedes, vem crescendo.

De acordo com a secretaria, foi confirmado o segundo caso autóctone (de transmissão interna) do zika na cidade, em uma gestante do bairro da Água Rasa, na zona leste. A mulher já deu à luz e não foi diagnosticada nenhuma má-formação no bebê. Além dos dois casos confirmados, foram notificados ainda 224 registros suspeitos de zika no Município. Durante todo o ano de 2015, foram 76 notificações.





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Em alerta, governo dos Estados Unidos destina US$ 590 milhões em combate ao zika


A Casa Branca informou nesta quarta-feira que irá redirecionar 589 milhões de dólares, equivalente a R$ 2,2 bilhões  reais, em fundos para preparação e resposta ao zika vírus antes que o mosquito transmissor, Aedes aegypti, surja na costa dos Estados Unidos.
Mas o diretor de orçamento da Casa Branca, Shaun Donovan, disse que a ação é uma solução temporária para o Zika, acrescentando que algumas medidas teriam que ser atrasadas, contidas ou paralisadas, a não ser que o Congresso dos Estados Unidos aprove um pedido de fundos de emergência de mais de 1,8 bilhão de dólares, feito anteriormente neste ano.
O vírus, relacionado a diversos casos de microcefalia no Brasil, se espalha rapidamente pela América Latina e Caribe e segue para o norte, à medida que o clima esquenta.
A secretária de Saúde e Serviços Humanos, Sylvia Mathews Burwell, disse que sem o fundo de emergência solicitado, rejeitado por alguns importantes parlamentares republicanos, os EUA arriscam sua habilidade de responder ao Zika vírus.
Burwell disse que o controle do mosquito e vigilância pode ter que ser atrasado ou paralisado, desenvolvimento de vacinas podem ser prejudicados e o desenvolvimento de testes de diagnósticos mais rápidos pode ser comprometido.
"Não iremos brincar com fogo aqui", disse Donovan a repórteres em teleconferência.

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Sobe para sete o número de mortes por chikungunya no Recife

20/04/2016 06h15 - Atualizado em 20/04/2016 06h25

Informação está no boletim divulgado pelo município na terça-feira (19).
Exames confirmaram os dois novos óbitos, de um idoso e de uma menina.

O mais novo boletim sobre arboviroses, divulgado na terça-feira (19) pela Secretaria Municipal de Saúde, revelou o aumento do número de mortes provocadas pela chikungunya no Recife.  Agora, são sete casos confirmados. No relatório anterior, lançado há duas semanas, cinco óbitos tinham sido apontados.
O boletim revelou que um homem de 94 anos, residente em Cajueiro, na Zona Norte, e uma garotinha de 1 ano, de Caxangá, na Zona Oeste, são as duas vítimas mais recentes.  O idoso faleceu em 5 de fevereiro deste ano, tendo a morte confirmada por meio de teste de sorologia. A menina faleceu em 13 de março.
O boletim informou, ainda, que outros 40 óbitos por de arbovisroses em investigação na cidade. Em relação aos  dados de registros de pessoas doentes, a Secretaria Municipal de Saúde revelou: entre 3 de janeiro e 2 de abril,  houve 5.570 notificações de dengue (2.218 confirmadas), 4.625 de chikungunya (610 confirmadas) e 2.772 de zika (uma confirmada) na Capital.
A soma é 8,1% maior que o total de casos de arboviroses no mesmo período de 2015. Entre os bairros com maior risco de adoecimento por dez mil habitantes aparecem Santo Antônio, Recife, Mangabeira, Pau Ferro, Cidade Universitária, Paissandu, Totó, Bomba do Hemetério, Alto do Mandu e Vasco da Gama.
Microcefalia
Até o último dia 9, foram notificados 1.849 casos de microcefalia relacionada à infecção pelo zika em Pernambuco, sendo 316 em recém-nascidos residentes do Recife. Destes, 116 são considerados prováveis. Até agora, 56 foram confirmados por exame de neuroimagem, 105 foram descartados e 155 seguem em investigação.


terça-feira, 29 de março de 2016

Como se prevenir da gripe A (H1N1)?


Perguntas e respostas sobre Influenza A (H1N1) - atualizadas em 16/07/2009



1. Existe transmissão sustentada do vírus da Influenza A (H1N1) no Brasil?
Desde 24 de abril, data do primeiro alerta dado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) sobre o surgimento da nova doença, até o dia 15 de julho, o Ministério da Saúde só havia registrado casos no país de pessoas que tinham contraído a doença no exterior ou pego de quem esteve fora. No dia 16 de julho, o Ministério da Saúde recebeu a notificação do primeiro caso de transmissão da Influenza A (H1N1) no Brasil sem esse tipo de vínculo. Trata-se de paciente do Estado de São Paulo, que morreu no último dia 30 de junho. Esse caso nos dá a primeira evidência de que o novo vírus está em circulação em território nacional. Todas as estratégias que o MS deveria adotar numa situação como esta já foram tomadas há quase três semanas. O Brasil se antecipou. A atualização constante de nossas ações contra a nova gripe permitiu que, neste momento, toda a rede de saúde esteja integrada para manter e reforçar as medidas de atenção à população.

2. Qual a diferença entre a gripe comum e a Influenza A (H1N1)?
Elas são causadas por diferentes subtipos do vírus Influenza. Os sintomas são muito parecidos e se confundem: febre repentina, tosse, dor de cabeça, dores musculares, dores nas articulações e coriza. Por isso, não importa, neste momento, saber se o que se tem é gripe comum ou a nova gripe. A orientação é, ao ter alguns desses sintomas, procure seu médico ou vá a um posto de saúde. É importante frisar que, na gripe comum, a maioria dos casos apresenta quadro clínico leve e quase 100% evoluem para a cura. Isso também ocorre na nova gripe. Em ambos os casos, o total de pessoas que morrem após contraírem o vírus em todo o mundo é, em média, de 0,5%.

3. Quando eu devo procurar um médico?
Se você tiver sintomas como febre repentina, tosse, dor de cabeça, dores musculares, dores nas articulações e coriza, procure um médico ou um serviço de saúde, como já se faz com a gripe comum.

4. O que fazer em caso de surgimento de sintomas?
Qualquer pessoa que apresente sintomas de gripe deve procurar seu médico de confiança ou o serviço de saúde mais próximo, para receber o tratamento adequado. Nos casos de agravamento ou de pessoas que façam parte do grupo de risco, os pacientes serão encaminhados a um dos 68 hospitais de referência.

5. Por que o exame laboratorial parou de ser realizado em todos os casos suspeitos?
Essa mudança ocorreu porque um percentual significativo — mais de 70% — das amostras de casos suspeitos analisadas em laboratórios de referência, antes dessa mudança, não era da nova gripe, mas de outros vírus respiratórios. Com o aumento do número de casos no país, a prioridade do sistema público de saúde é detectar e tratar com a máxima agilidade os casos graves e evitar mortes.

6. Se o exame não é realizado em todas as pessoas, isso significa que o número de casos registrados será subnotificado?
É importante ficar claro que vários países estão adotando a mesma prática, por recomendação da Organização Mundial da Saúde. Vamos continuar a registrar o número de casos. Como já ocorre com surtos de gripe comum, vamos confirmar uma amostra de casos e todos os outros que tiverem os mesmos sintomas e no mesmo ambiente, seja em casa, na escola, no trabalho, na igreja ou no clube, serão confirmados por vínculo epidemiológico. Além disso, temos no Brasil 62 unidades de “Rede Sentinela” em todos os estados, com a função de monitorar a circulação do vírus influenza e ocorrência de surtos. Essa rede permite que as autoridades sanitárias monitorem a ocorrência de surtos devido ao vírus da gripe comum — e, agora, do novo vírus — por meio da coleta sistemática de amostras e envio aos laboratórios de referência. É importante ficar claro que, a partir de agora, o objetivo não é saber se todos os que têm gripe foram infectados por vírus da influenza sazonal ou pelo novo vírus. Com o aumento no número de casos, passamos agora a trabalhar com o diagnóstico coletivo, exceto para aqueles que podem desenvolver a forma grave da doença, seja gripe comum ou gripe A.

7. Quais os critérios de utilização para o Tamiflu?
Apenas os pacientes com agravamento do estado de saúde nas primeiras 48 horas, desde o início dos sintomas, e as pessoas com maior risco de apresentar quadro clínico grave serão medicados com o Tamiflu. Os demais terão os sintomas tratados, de acordo com indicação médica. O objetivo é evitar o uso desnecessário e uma possível resistência ao medicamento, assim como já foi registrado no Reino Unido, Japão e Hong Kong. É importante lembrar, também, que todas as pessoas que compõem o grupo de risco para complicações de influenza requerem avaliação e monitoramento clínico constante de seu médico, para indicação ou não de tratamento com o Tamiflu. Esse grupo de risco é composto por: idosos acima de 60 anos, crianças menores de dois anos, gestantes, pessoas com diabetes, doença cardíaca, pulmonar ou renal crônica, deficiência imunológica (como pacientes com câncer, em tratamento para AIDS), e também pessoas com doenças provocadas por alterações da hemoglobina, como anemia falciforme.

8. O medicamento está em falta?
Não. O Ministério da Saúde possui estoque suficiente de medicamento para tratamento dos casos indicados. Além de comprimidos para uso imediato, temos matéria-prima para produzir mais nove milhões de tratamentos.

9. Os hospitais estão preparados para atender pacientes com a Influenza A (H1N1)?
Atualmente, o Brasil possui 68 hospitais de referência para tratamento de pacientes graves infectados pelo novo vírus. Nestas unidades, existem 900 leitos com isolamento adequado para atender aos casos que necessitem de internação. Todos os outros hospitais estão preparados para receber pacientes com sintomas leves de gripe.

10. Como eu posso me prevenir da doença?
Alguns cuidados básicos de higiene podem ser tomados, como: lavar bem as mãos frequentemente com água e sabão, evitar tocar os olhos, boca e nariz após contato com superfícies, não compartilhar objetos de uso pessoal e cobrir a boca e o nariz com lenço descartável ao tossir ou espirrar.

Fonte: Ministério da Saúde

Mapa de países infectados pela epidemia da gripe A (H1N1) de 2009.    mortes confirmadas    infecções confirmadas    infecções não confirmadas Este mapa pode mudar muito rapidamente, pois trata-se dum acontecimento atual.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

OMS defende teste com mosquito modificado e bactéria contra zika

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou apoio nesta terça-feira (16) a testes com mosquitos geneticamente modificados e uma bactéria que infecta insetos como possíveis armas importantes para combater o vírus da zika.

"Diante da magnitude da crise de zika, a OMS encoraja os países afetados e seus parceiros a aumentar o uso tanto de antigas como de novas formas de controle de mosquito como a mais imediata linha de defesa", disse a OMS em comunicado.

A entidade também destacou o potencial da liberação no ambiente de mosquitos machos estéreis por irradiação.

Uma das técnicas incentivadas pela OMS já testada no Brasil é a introdução da bactéria Wolbachia (lê-se voubáquia) em ovos do Aedes aegypti. Essa bactéria torna o mosquito incapaz de transmitir os vírus da dengue, da febre amarela, da chikungunya e da zika.

Outra técnica com experiências efetuadas no país utiliza o mosquito transgênico, um variação genética do Aedes aegypti produzida pela empresa britânica Oxitec. O mosquito é modificado para, solto no meio ambiente, levar à redução drástica da população local do inseto. Depois de fecundar fêmeas Aedes aegypti selvagens, a maior parte das suas crias morre.

O uso de radiação nuclear para combater o Aedes aegypti está em estudo pelo Brasil. A técnica consiste em expor mosquitos machos à radiação nuclear, tornando-os inférteis. Uma vez de volta no meio ambiente, esses mosquitos não conseguiriam se reproduzir e a população geral teria queda.
Bactéria é principal aposta brasileira

A inoculação da bactéria no mosquito transmissor da zika é uma das principais apostas científica do Brasil no controle dos surtos para os próximos anos, porque, ao contrário do polêmico mosquito transgênico infértil da Oxitec usado em algumas cidades brasileiras, este é capaz de substituir a população existente sem nenhum prejuízo ao equilíbrio do meio ambiente.

A técnica também não envolve modificação genética ou procedimento com produtos tóxicos --a Wolbachia já existe em mais da metade dos insetos do mundo, inclusive no pernilongo, e não causa danos à saúde humana. "É uma bactéria restrita a animais invertebrados", explica a Fiocruz.

O procedimento, desenvolvida na Austrália, usa microinjeção para inserir a bactéria, originária da mosca-das-frutas (a Drosophila melanogaster), nos mosquitos. A bactéria bloqueia o vírus e impede a transmissão de doenças, além de reduzir a longevidade do Aedes.

Os estudos nacionais são aprovados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), pelo Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis), pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa.

'Melhor prevenção à microcefalia é evitar engravidar', afirma obstetra

'Melhor prevenção à microcefalia é evitar engravidar', afirma obstetra.



A melhor forma de prevenir os casos de microcefalia associados ao vírus zika é evitar que as mulheres engravidem neste momento.
É o que defende o ginecologista e obstetra Thomaz Gollop, 68, professor livre-docente de genética da USP e especialista em medicina fetal.
"A melhor forma de prevenir a microcefalia é não ter feto na barriga", afirma. "É radical? Pode ser. Mas pode evitar um desastre maior."
Mas isso não vai criar um pânico na população? "Pânico é dizer que tem alguém do Estado Islâmico na portaria do seu prédio", diz ele.
A seguir trechos da entrevista concedida à Folha.


Folha - O que o sr. recomenda para as mulheres que estão pensando em engravidar?

Thomaz Gollop - Que não engravidem. A infecção por zika pode afetar o feto em qualquer período da gravidez [a hipótese é que o maior perigo seja no primeiro trimestre de gestação, mas não há estudos que garantam segurança no restante da gravidez].
Estamos entrando no verão, não temos controle adequado do mosquito Aedes aegypti. É melhor esperar até que tenhamos uma dimensão real dessa epidemia.


Mas todas as mulheres do país, inclusive as paulistas?
Todas elas. É radical? Pode ser. Mas pode evitar um desastre maior. Se eu tivesse uma filha, seria o conselho que daria. Não é o momento para engravidar, independentemente do lugar onde mora no país. Há risco em potencial em toda a gravidez.
Não temos vacina para prevenir, não existe tratamento para essas crianças, só terapias de suporte. Depois, não adianta ficar fazendo um monte de ultrassom. Isso não muda nada. As sequelas nas crianças são para a vida toda.


E as mulheres que têm urgência em engravidar devido à idade, por exemplo?
Não existe gravidez de urgência. A mulher que está tentando engravidar agora pode muito bem esperar até abril para ter uma noção mais clara da situação. Adiar uma gestação não é uma tragédia.


Medidas preventivas como repelente, camisas com manga comprida e calças não funcionam nesses casos?

É muito difícil. Repelente, para ser eficaz, precisa ser passado a cada quatro horas. Quem faz isso todos os dias? Estamos entrando no verão. Como dizer para as pessoas do Norte, do Nordeste e até aqui do Sudeste para usarem roupas com mangas compridas? Acreditar na eficácia dessas medidas é o mesmo que acreditar em Papai Noel.


E as mulheres que já estão grávidas. O que devem fazer?
Eliminar todos os criadouros do mosquito, e, sim, usar repelente e cobrir todo o corpo. E, principalmente, evitar viajar para as zonas de maior risco. É o que dá para fazer.


Isso não vai criar pânico na população?
Pânico é dizer que tem alguém do Estado Islâmico na portaria do seu prédio, não isso. A melhor forma de prevenir a microcefalia é não ter feto na barriga.


O senhor. acha possível que se autorize o aborto nessas situações, a exemplo do que existe hoje na anencefalia?
Não pode. Normalmente, as anomalias na microcefalia são bem graves, mas não incompatíveis com a vida, como no caso da anencefalia [Em 2012, o Supremo Tribunal Federal autorizou o aborto de fetos anencéfalos].
Ainda mais nesse momento em que direitos já garantidos de interrupção de gravidez [estupro e risco à vida da mãe] estão sob risco. Governo nenhum vai assumir isso num momento de crise política como esse que estamos vivendo hoje.


Teremos uma geração de crianças com microcefalia?
É o que tudo indica, infelizmente. E não é só o tamanho do crânio que importa nesses casos. O vírus zika provoca um processo inflamatório que leva a calcificações no sistema nervoso da criança, causando danos como retardo neuropsicomotor. Não sabemos ainda a real extensão dessas anomalias, isso precisa ser estudado.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/12/1713277-melhor-prevencao-a-microcefalia-e-evitar-engravidar-afirma-obstetra.shtml

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

O 1º caso de chikungunya em Pernambuco

PE tem 1º caso de doença que paralisa os músculos associada a chikungunya




O Hospital da Restauração, no Recife, divulgou o primeiro caso de miosite aguda causado pelo vírus da chikungunya. Segundo a equipe médica da unidade, apenas na Índia, entre 2013 e 2014, há registro de quatro pacientes que tiveram a doença provocada pela arbovirose transmitida pelo Aedes aegypti.

A miosite acomete os músculos do paciente e pode causar além de fortes dores, convulsões, paralisia de partes do corpo como o rosto, braços e pernas, por exemplo, e do aparelho respiratório, provocando infecção grave.

A enfermidade pode ser provocada por outras infecções, como a vasculite, que é a inflamação dos vasos sanguíneos, e também por doenças musculares. Se não for tratada no início, a doença pode levar à morte.

Segundo a equipe médica, Danielle Marques de Santana, 17, de Pesqueira (PE), morreu no último dia 6 de janeiro em decorrência da miosite. Em todo o mundo, agora são três os casos de óbito.

"Fizemos todos os exames e foi confirmado que a chikungunya levou ao quadro de miosite, que por sua vez provocou uma infecção generalizada, levando Danielle a óbito. É um caso inédito no país que acende mais uma luz vermelha", afirmou Lúcia Brito, chefe do setor de Neurologia do Hospital da Restauração.

Com sintomas semelhantes à síndrome de Guillain-Barré, que pode ser causada pelo vírus da zika, a miosite se diferencia pela alta taxa de enzimas nos músculos. "Não podemos falar ainda em grupos de riscos. Mas, acredita-se em uma predisposição genética e uma baixa imunidade do paciente", disse Lúcia Brito.

Segundo a médica, o caso foi comunicado à Vigilância Epidemiológica de Pernambuco e deve ser notificado ao Ministério da Saúde. "Exigirá dos profissionais de saúde mais atenção aos sintomas dessas arboviroses. São complicações sérias que podem ser curadas, mas, mesmo assim, deixar sequelas", afirmou a neurologista.

Em parceria com a Fiocruz Pernambuco, Lúcia coordena uma pesquisa que identifica a relação das arboviroses com complicações neurológicas, em especial, a Síndrome de Guillain-Barré. Em 2015, o Estado confirmou 55 casos da doença, quatro provocados pelo vírus da zika e dez mortes.

Este ano, só nos primeiros 15 dias de janeiro, a Secretaria de Saúde de Pernambuco registrou 701 casos suspeitos de chikungunya, em 69 municípios. Desses, 36 foram confirmados.

Procurado, o Ministério da Saúde disse que ainda não foi notificado e que, por isso, não iria se pronunciar.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2016/01/1734951-pe-tem-1-caso-de-doenca-que-paralisa-os-musculos-associada-ao-chikungunya.shtml

O que estamos esperando para eliminar o Aedes aegypti

Piracicaba elimina 82% de larvas de Aedes em área experimental





A Prefeitura de Piracicaba (a 160 km de São Paulo) anunciou nesta terça-feira (19) uma redução de 82% na quantidade de larvas do mosquito Aedes aegyptiem área experimental no bairro Cecap/Eldorado, em comparação com setor vizinho reservado para controle.
O resultado foi alcançado com uma versão transgênica do mosquito transmissor dos vírus dadengue, zika, chikungunya e febre amarela. A prefeitura agora planeja estender a experiência a áreas centrais da cidade de 390 mil habitantes 160 km a noroeste da capital paulista.
Segundo a Secretaria da Saúde de Piracicaba, na temporada de dengue 2014/15, o bairro Cecap/Eldorado tinha apresentado 133 casos de infecção, o maior índice da cidade. Na temporada seguinte, 2015/16, houve um único caso.
As fêmeas adultas do Aedes transmitem os vírus ao sugar o sangue de seres humanos. A empresa de origem britânica Oxitec criou uma linhagem de mosquitos machos (batizada OX513A) com um gene que faz todas as suas larvas –machos e fêmeas– morrerem antes de chegar à fase alada.
Soltos em quantidade suficiente numa região, transmosquitos competem com machos selvagens por fêmeas, que não aceitam nova inseminação após a cópula. O sistema, ainda sem licença do governo federal para emprego generalizado, não elimina por completo as fêmeas picadoras, mas reduz muito sua população.
"Fomos atrás da ferramenta que nos parecia mais adequada para ajudar nessa dura batalha contra o transmissor da dengue, do zika e da chikungunya", afirma o prefeito Gabriel Ferrato. Ele decidiu ampliar por um ano o teste experimental e incluir nele uma população entre 35 mil e 60 mil habitantes de área no centro da cidade, ainda por definir.
A soltura dos mosquitos transgênicos no ambiente tem de ser contínua. A demanda resultante por insetos modificados passará a ser atendida por uma fábrica que a Oxitec construirá em Piracicaba. Sua sede original, com produção limitada, fica em Campinas.
"Nos próximos anos faremos um investimento da ordem de milhões de reais nesta nova unidade de Aedes aegypti do Bem", diz Glen Slade, diretor da Oxitec do Brasil, referindo-se ao apelido propagandístico do inseto criado pela empresa. A unidade terá condições de atender mais de 300 mil pessoas.

ANVISA

A linhagem OX513A, no entanto, ainda não conta com licença da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser liberada em escala comercial, ilimitada, no ambiente. A Oxitec só conta com autorização para fazer testes experimentais em áreas restritas. Além do de Piracicaba, houve outro em Juazeiro (BA), que resultou em redução de 95% na população de Aedes.
Por ora, a empresa obteve licença só da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), em abril de 2014. Um mês depois, iniciou contatos com a Anvisa, mas até hoje não houve definição sobre o procedimento para autorizar a tecnologia em larga escala, nem mesmo se é da competência da Vigilância Sanitária fazer isso.
"Esta é uma tecnologia inovadora e diferente de todos os demais produtos e atividades regulados até o momento pela Anvisa e por outras agências estrangeiras", responde a agência desde agosto de 2015.
"A Anvisa está analisando o material apresentado pela empresa em caráter prioritário, inclusive com consultas a outras agências reguladoras internacionais que estão tratando de questões semelhantes. A análise envolve aspecto de segurança e, especialmente, eficácia da tecnologia."
A FDA, agência norte-americana de fármacos e alimentos, decidiu no final de 2014 que a linhagem OX513A deverá observar as exigências para registro de medicamentos veterinários, mas o processo ainda se encontra em andamento.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2016/01/1731048-piracicaba-elimina-82-de-larvas-de-aedes-em-area-experimental.shtml


domingo, 29 de novembro de 2015

Zika é oficialmente ligado à microcefalia

Brasília - O Ministério da Saúde confirmou oficialmente a relação entre a epidemia de microcefalia identificada no Nordeste e a infecção pelo zika. O Instituto Evandro Chagas, do Pará, identificou a presença do vírus, transmitido pelo Aedes aegypti, em exames feitos em uma criança do Ceará que nasceu com microcefalia e outras doenças congênitas. Além da ligação com microcefalia, o ministério confirmou a segunda morte associada ao zika. Trata-se de uma garota de 16 anos, da cidade de Benevides, no Pará. Ela morreu no mês passado, com a suspeita de dengue.

Este achado é, a exemplo da microcefalia, considerado de extrema importância por técnicos do ministério. Desde que chegou ao Brasil, no início do ano, o zika vírus era considerado como um problema de menor gravidade. Não havia registro na literatura internacional de mortes ligadas à doença, que até agora era chamada de "prima fraca" da dengue.


Com a segunda morte confirmada, o ministério decidiu mudar o protocolo de tratamento do paciente. A recomendação agora é que serviços de saúde passem a dispensar atendimento para possíveis casos de agravamento da zika semelhante ao que é realizado nos casos de dengue.

Na sexta-feira (27), o Instituto Evandro Chagas já havia confirmado a morte de um paciente com zika. O achado, embora relevante, foi analisado com cuidado pelos especialistas, por causa das condições do paciente: ele apresentava lúpus, uma doença autoimune que pode ter graves consequências quando o organismo é afetado por bactérias ou vírus, como é o caso do zika. "Era um paciente mais vulnerável", afirmou um integrante da equipe de pesquisa. O segundo caso, no entanto, acendeu o alerta vermelho. A menina apresentou como primeiros sintomas dor de cabeça, náuseas e pontos vermelhos na pele e nas mucosas em setembro. Ela morreu no fim de outubro.





O ministério diz estar estudando as razões tanto do caso do surto de microcefalia nos bebês quanto das mortes de pacientes brasileiros, ambos provocados pelo zika. A microcefalia, embora seja um achado de grande impacto para saúde pública, já era de certa forma esperado. Há duas semanas, conforme antecipou o Estado, a presença do zika já havia sido identificada em exames do líquido amniótico de dois fetos da Paraíba com microcefalia.

Como se trata de um assunto inédito na literatura, o ministério optou por continuar investigando antes de fazer uma afirmação categórica. Diante do terceiro caso de bebê nascido com má-formação, os técnicos do ministério afastaram qualquer dúvida. O mesmo, no entanto, não pode ser afirmado sobre as mortes provocadas pela infecção do vírus. Esse achado pegou de surpresa a comunidade científica nacional.



Primeiro trimestre - Com a constatação, outras pesquisas deverão ser realizadas para tentar decifrar a atuação do zika no organismo, como ele ataca o sistema nervoso em formação dos fetos e o período de maior vulnerabilidade para gestantes. A tese mais provável avaliada pelos pesquisadores é que o maior risco para o feto ocorreria ainda no primeiro trimestre da gestação, período em que o sistema neurológico do feto está em formação. O governo notificou a Organização Mundial da Saúde sobre os dois achados. Nesta semana, técnicos do Centro de Controle de Doenças, dos Estados Unidos, desembarcam no Brasil para participar das investigações, a convite do Ministério da Saúde.

Ao mesmo tempo em que procura respostas para dois problemas até então nunca vistos em associação com o zika, o governo deve reforçar as medidas para combate e controle do Aedes aegypti, mosquito transmissor tanto da dengue quanto do chikungunya e do zika. Levantamento feito pelo ministério mostra que 854 municípios, o equivalente a quase 50% da mostra -, estavam em situação de risco ou de alerta para as doenças, em razão do alto número de criadouros do mosquito.

O pesquisador da Fiocruz, Rivaldo Cunha, em entrevista ao Estado, alertou que o Pais está diante da ameaça de uma "tríplice epidemia" que, se não for evitada, poderá resultar em uma "tragédia sanitária". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.



Epidemia de microcefalia: qual a causa.

O Brasil está passando por um momento muito crítico do ponto de vista da saúde do seu povo. Nunca na história da medicina se viu uma situação como a que está acontecendo no Nordeste brasileiro, em relação ao aumento do número de casos de Microcefalia na região.
Não bastasse os quatro tipos da Dengue, a Chikungunya e a Zika, surge a Síndrome de Guillain-Barré e agora, a Epidemia de Microcefalia. 
Diante do quadro crítico que se desenvolve com tamanha rapidez, cientistas de todo o país se mobilizam em busca de uma explicação para a causa do problema mais prioritário no momento: a microcefalia.
Vejam que mapa assustador






"Doutor, e a cabeça?" Com o surto de microcefalia que atinge o Nordeste, essa tem sido a primeira pergunta das gestantes quando chegam para os ultrassons de rotina.

O pânico de que o bebê desenvolva a "má formação" do cérebro que pode trazer sequelas graves ao desenvolvimento tem levado grávidas com planos de saúde a repetirem exames sem necessidade e até pedirem ao obstetra a antecipação do parto.

Neste sábado (28), o Ministério da Saúde confirmou a relação da microcefalia com o vírus zika, transmitido pelo Aedes aegypti, o mesmo da dengue.

O país soma 739 casos da má formação neste ano (contra uma média de cem em anos anteriores).

Em Salvador (BA), Luana, 32 anos e na 27ª semana de gestação, conta que fez três ultrassons só neste mês para se certificar de que o bebê está bem. "Minha médica é contra, mas estou em pânico."

Segundo a obstetra e ultrassonografista Denise Matias, há pacientes agendando ultrassons só para medir a cabeça do feto, já que a microcefalia tem sido associada ao crânio menor que 33 cm.

"Há muita desinformação. As pessoas acham que toda cabeça inferior a 33 cm pode ser microcefalia, mas essa medida é para um bebê que nasce a termo. Prematuros, claro, têm um crânio menor."

O ginecologista Sergio Matos, também ultrassonografista e especialista em medicina fetal, vive situação semelhante. "Todas só querem saber o tamanho da cabeça."

Talita França, 32, relata que não para de pensar nos casos de microcefalia. Grávida de 22 semanas, ela só anda de calça comprida, camisas de manga longa e com muito repelente no corpo.

Na última terça, ao fazer o ultrassom morfológico, chorou ao ouvir da médica que estava tudo bem. "Estou aliviada, mas não despreocupada. Até o final da gestação vai ser essa tortura."

Luciane Brito, 38, vive angústia semelhante. "Não estou dormindo direito. Liguei para a minha médica pedindo para antecipar o parto. Estou na 37ª semana, acho que está bom, mas ela discorda."

Catarina Menezes, 33, grávida de oito semanas, esperava, aflita, o seu primeiro ultrassom. "Se eu soubesse desse zika, não engravidaria agora. Na TV, eles dizem: 'Evitem engravidar, evitem o Nordeste'. E o que fazemos, nós, grávidas que vivemos aqui?"








sábado, 7 de novembro de 2015

NASA abre processo seletivo para novos astronautas




Após passar quatro anos sem recrutar novos astronautas, a Nasa anunciou hoje que voltará a aceitar inscrições de candidatos àquele que é um dos empregos mais cobiçados por jovens no país.

O programa de candidatos a astronautas havia congelado a abertura de novas turmas em 2011, após a aposentadoria dos ônibus espaciais. Sem veículo próprio para missões tripuladas, os EUA passaram a depender das espaçonaves russas Soyuz pare levar suas equipes à ISS (Estação Espacial Internacional).


A Rússia continuará incumbida de fazer o leva-e-traz na ISS, mas como os EUA possuem projetos de espaçonaves tripuladas para outras finalidades, a Nasa decidiu ampliar seu quadro de astronautas reabrindo as inscrições.

Vagas disputadas

Quem quiser se candidatar a astronauta precisa ter cidadania americana, graduação nas áreas de engenharia, matemática ou ciências, além de mil horas de experiência em pilotagem de aviões a jato.

É preciso possuir altura mínima de 1,68 cm e máxima de 1,90, além de vista perfeita (20/20) e bons índices de saúde. Outros requisitos estão listados no site do programa.

As inscrições vão de 14 de dezembro até o meio de fevereiro, e o processo de seleção vai durar até meados de 2017, quando os nomes dos escolhidos serão anunciados.

A Nasa possui hoje um corpo de 47 astronautas na ativa, aptos a participar de novas missões. Desde o primeiro recrutamento, em 1959, pouco mais de 300 pessoas passaram pelo programa.

Emprego empolgante

"Essa é uma época empolgante para estar no programa de voos tripulados dos EUA, afirmou em comunicado à imprensa Brian Kelly, diretor do Centro Espacial Johnson da Nasa, em Houston. "Astronautas americanos estarão na linha de frente de missões espaciais novas e desafiadoras."

Os novos astronautas deverão estar entre aqueles que voarão na Orion, um módulo de exploração de grandes distâncias. Também deverão pilotar duas espaçonaves que farão o traslado até a ISS -- o CST-100 Starliner, da Boeing, e a Crew Dragon, da SpaceX.

"Este novo grupo de americanos exploradores do espaço vai inspirar a geração de Marte a tingir novas alturas, e nos ajudar a atingir a meta de colocar os pés no planeta vermelho", afirmou Charles Bolden, chefe geral da Nasa, em um vídeo que a agência criou para promover o recrutamento. 
Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/11/nasa-reabre-inscricao-para-candidatos-astronautas-apos-quatro-anos.html

Três homens e uma mulher testarão novas naves que servirão a agência espacial americana. Previsão é que voos comerciais rumo à Estação Espacial iniciem já em 2017.




Três homens e uma mulher foram nomeados nesta quinta-feira (9) pela agência espacial americana, a Nasa, como os primeiros quatro astronautas que irão voar a bordo de naves espaciais construídas pelas empresas privadas Boeing e SpaceX nos próximos anos.

Voos espaciais comerciais que transportam os astronautas para a Estação Espacial Internacional (ISS) estão marcados para começar em 2017, e irão restaurar o acesso dos EUA ao espaço depois de um hiato de seis anos após a aposentadoria do programa de ônibus espaciais em 2011.

“Estes astronautas veteranos ilustres estão abrindo uma nova trilha – uma trilha que um dia vai colocá-los nos livros de história e os americanos com os pés em Marte”, disse o administrador da Nasa Charles Bolden.

Mulher é a mais experiente

A astronauta mais experiente do quarteto é Sunita Williams, de 49 anos. Ela é um capitã e piloto de helicóptero da Marinha que já passou quase um ano (322 dias) no espaço. Sunita detém o recorde de tempo total cumulativo de caminhada espacial para uma astronauta, em 50 horas e 40 minutos, segundo a Nasa.

Doug Hurley, de 48 anos, é um coronel fuzileiro naval aposentado, que pilotou duas missões do ônibus espacial, incluindo a final, STS-135, em julho de 2011. Os outros, Eric Boe, 50, e Robert Behnken, 44, são os dois coronéis da Força Aérea que voaram em duas missões de ônibus espacial.

“Estamos muito animados em termos um grupo tão experiente de astronautas trabalhando com o Programa de Tripulação Comercial da Boeing e SpaceX, que voarão em missões de teste de voo das empresas”, explicou a gerente dos programas de Tripulação Comercial da Nasa, Kathy Lueders.

Nova safra de naves


A Boeing deve ser a primeira empresa comercial a transportar um astronauta da Nasa para o espaço a bordo da nave CST-100 no final de 2017. A SpaceX ainda não anunciou uma data para seu primeiro voo com tripulação da espaçonave Dragon.

A empresa com sede na Califórnia dirigida pelo empresário Elon Musk sofreu um grande revés no mês passado quando seu foguete Falcon 9 explodiu logo após o lançamento, destruindo a nave de carga que ia para a Estação Espacial Internacional.

Uma causa ainda não foi determinada para a explosão, que foi o terceiro acidente em oito meses envolvendo cargas que iam para o espaço.

O foguete Antares da Orbital explodiu após a decolagem em outubro, e Rússia perdeu o controle de uma nave de abastecimento Progress em abril.

A Nasa investiu US$ 4,2 bilhões na Boeing e US$ 2,6 bilhões na SpaceX para ajudar as empresas a construir um sucessor para o ônibus espacial e de incentivar a concorrência na indústria aeroespacial.

Enquanto isso, os astronautas do mundo voam para a ISS a bordo de naves espaciais Soyuz russas a um custo de US$ 70 milhões por assento.

Fonte: http://www.norteverdadeiro.com/nasa-seleciona-quatro-astronautas-para-voos-comerciais/

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Fiocruz – Fundação Oswaldo Cruz acaba de anunciar que desenvolveu um bioinseticida batizado de Dengue Tech

Enquanto a vacina contra a dengue não é lançada oficialmente no Brasil, a Fiocruz – Fundação Oswaldo Cruz acaba de anunciar que desenvolveu um bioinseticida batizado de Dengue Tech e totalmente eficaz contra a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, responsável pela dengue.


O Dengue Tech, produzido com tecnologia totalmente nacional, foi lançando pela Fundação Oswaldo Cruz na terça-feira, 3, durante um seminário no Rio de Janeiro.

De acordo com os pesquisadores, a grande vantagem do larvicida é que ele é sustentável, não causa riscos ao meio ambiente e nem à saúde humana e consegue matar em até 24 horas as larvas do mosquito Aedes Aegypti, vetor da dengue.
De acordo com os últimos dados do Ministério da Saúde, já são quase 1,5 milhão os casos de dengue em 2015 em todo o Brasil – o maior número da história, superando o total de casos registrados em todo o ano de 2013, quando houve a maior incidência da doença, que foi de 1.452.489 casos.



De acordo com Hayne da Silva, diretor da Farmanguinhos, unidade da Fiocruz que desenvolveu a tecnologia, esse pesticida é um importante avanço no combate ao mosquito, para controlar a atual epidemia da doença.



“Ele é aplicado onde se possa concentrar água parada, em jarros de plantas, em pneus, locais onde se possa ter concentração e formação de larvas do mosquito a partir de água não potável”, diz Hayne da Silva. “É uma importante estratégia para evitar que a gente continue com a epidemia em larga escala como a gente tem vivido em nosso país.”

Além da dengue, o pesticida também vai impedir novos casos das febres chikungunya e zika, doenças também transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti.
O pesquisador da Fiocruz-MS Rivaldo Venâncio ressaltou que desde que o primeiro caso de chikungunya foi divulgado, em setembro do ano passado, e que casos da virose zika começaram a se espalhar principalmente pelo Nordeste, combater essas doenças também se tornou um desafio para os pesquisadores e autoridades de saúde.

“As três doenças são extremamente graves e preocupantes”, afirma Venâncio. “Dengue, porque pode matar, e tem matado em um percentual elevado, diga-se de passagem. Chikungunya, porque pode tornar-se crônica. E a Zika, porque pode causar algumas complicações decorrentes da infecção por esse vírus, complicações igualmente preocupantes.”

A ideia da Fiocruz, segundo o diretor da Farmanguinhos, Hayne da Silva, é vender o pesticida inicialmente só para órgãos públicos, como as Secretarias de Saúde que atuam no combate ao mosquito.
“Num primeiro momento seria a venda direta às Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, para depois um lançamento para varejo, e aí, sim, utilização pela população em seus espaços domésticos”, informou Hayne da Silva.
Segundo Rodrigo Pérez, diretor da BR3, empresa que ganhou a licitação e vai produzir e vender o larvicida no Brasil, a expectativa é de que num prazo de três meses o produto já esteja disponível para a população. O pote de Dengue Tech com 10 tabletes deve chegar aos mercados no início de 2016 e custará em média R$ 35,00.
Rodrigo Pérez explica que a ação do Dengue Tech dura até 60 dias, e o seu manuseio é bem simples:
“Basta colocar um tablete onde a água já está acumulada, onde o criadouro já está estabelecido, ou mesmo onde a água se acumulará, como num prato de flores ainda seco, evitando que em uma chuva acumule água e forme ali um criadouro.”
O novo pesticida foi desenvolvido à base do bacilo Bti, não deixando que o inseto se torne resistente ao produto, principal vantagem em relação aos pesticidas disponíveis atualmente no mercado.