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segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Montar um destilador a partir de materiais que podem ser reaproveitados ou reciclados.

Olá galerinha do 9° Ano e do Ensino Médio, um dica muito boa para sua participação em Feira de Ciências

Publicado em 11 de out de 2013
Protótipo do Destilador de arraste de vapor
Objetivo: Montar um destilador a partir de materiais que podem ser reaproveitados ou reciclados.
Materiais Utilizados
50 cm de Cano PVC de ½"
2 Tê de PVC de ½"
2 Garrafas de vidro de 500 mL
1 Garrafa PET de 2L
1 Cola Durepoxi
1 Copo de vidro
4 m de Mangueira de Nível
1 Termometro
1 Fogareiro ou Aquecedor
Tela de Amianto

Procedimentos



Corta-se 2 pequenos pedaços de 8 cm do cano de PVC de ½", encaixa os dois pequenos pedaços em cada uma das garrafas de vidro de 500 mL(para encaixar os canos de PVC no gargalo da garrafa, primeiro deve-se aquecer o PVC até ele ficar flexível a ponto de encaixar no gargalo) logo após deve-se encaixar os dois Tês no cano que sobrou, passar um pedaço de mangueira por dentro do sistema montado com tanto que as duas extremidades da mangueira fiquem expostas nas duas extremidades que irão encaixar nas garrafas de vidro, no primeiro tê na extremidade que não passou mangueira coloca-se um pedaço de aproximadamente 10 cm de mangueira para encaixar o termômetro, no 2º Tê coloca-se também, na extremidade que não passou mangueira, uma mangueira de aproximadamente 50 cm ( que deverá encaixar no condensador).
Para se montar o condensador, deve-se utilizar uma garrafa PET e o restante de mangueira que sobrou, ou se preferir pode-se utilizar apenas 50 cm de mangueira, fura-se a garrafa PET em duas extremidades, de preferência na tampa e na parte inferior da garrafa, que é por onde deve passar o vapor da substancia que estará em processo de destilação, passar a mangueira por dentro da garrafa PET, pelos dois furos que foram efetuados, depois vedar as duas extremidades da garrafa com Durepoxi, para que não haja vazamento de água.
Logo após, deve-se apenas encaixar a mangueira maior do sistema montado anteriormente á mangueira do condensador.
Para se fazer a destilação é só montar todos os objetos na sequencia mencionada acima, colocar os resíduos de plantas com água e álcool na primeira garrafa, ligar o fogareiro, aquecendo a primeira garrafa, o termômetro registrará as temperaturas das substancias que estão no estado de vapor, o vapor ao passar pra segunda garrafa é em parte resfriado, passando pro estado líquido, mas ao mesmo tempo os vapores continuam elevando as substancias menos densas presentes nesse líquido, levando assim o vapor liberado para o condensador, que na ultima extremidade ficará gotejando resíduos de óleos essenciais.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Após os estudos das teorias e das medidas de segurança necessárias para o trabalho experimental, começaremos a preparar os materiais para a construção do protótipo do destilador e realizar o processo de destilação por arraste de vapor, como forma de treinamento onde procuraremos associar cada teste com os objetivos teóricos propostos anteriormente. Salientando que estes ensaios serão realizados em horários diferentes das aulas, como forma de não interferir no planejamento de curso da disciplina.
A estratégia metodológica partiu através das seguintes ações:
Pesquisas bibliográficas nos livros didáticos e Internet;
Seminários em grupos;
Aulas práticas com supervisão do professor;
Vídeo Aula como revisão ou demonstração do conteúdo;
Feira de ciências realizada na escola;
Aulas expositivas em sala de aula e no laboratório de ciências;

RESULTADOS ESPERADOS
Espera-se que com o desenvolvimento e aplicação do projeto DESTILA EDUC os alunos e professores desperte maior interesse pela pesquisa na área de química e que seu trabalho seja visto de forma admirável pelo publico ao qual será apresentado o projeto, fazendo assim ser valorizado o esforço e dedicação de ambas as partes e ao mesmo tempo mostrando que a escola na qual ele estuda ou leciona pode oferecer autoestima não só ao aluno que frequenta essa escola, mas ao publico que visitará o evento.
Que o projeto possa ser adotado por outros professores para melhoria do ensino de química no estado do Rio Grande do Norte.

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=5Ir-YHqenMo

domingo, 16 de novembro de 2014

History - A Rede Cósmica que forma o Universo



Rede cósmica aumenta produtividade galáctica


Estudo mostra que as galáxias que habitam a rede cósmica/os grandes filamentos têm uma muito maior probabilidade de formar estrelas. Os resultados mostram também que isso se deve, muito provavelmente, à maior probabilidade de interação entre galáxias nestas estruturas.
25/11/2014

Uma equipa internacional, da qual faz parte David Sobral, cientista da Faculdade de Ciências da ULisboa e do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, investigou pela primeira vez o papel da estrutura em larga escala do Universo distante. Os cientistas identificaram a rede cósmica e os seus filamentos como tendo um papel importantíssimo na evolução de galáxias como a nossa.
O artigo “Cosmic Web and Star Formation Activity in Galaxies at z~1”, publicado no Astrophysical Journal em novembro, é da autoria de sete investigadores - Behnam Darvish, David Sobral, Bahram Mobasher, Nicholas Scoville, Philip Best, Laura Sales e Ian Smail -, que foram capazes de desvendar o papel dos filamentos/rede cósmica no Universo distante.
A equipa estudou uma mega estrutura identificada por David Sobral e dados dos melhores telescópios de todo o mundo, incluindo o United Kingdom Infrared Telescope, o Very Large Telescope, o Subaru Telescope e o Hubble Space Telescope. Os investigadores aplicaram um novo método de identificar e quantificar estruturas desenvolvido na Universidade da Califórnia, sendo finalmente capazes de quantificar o papel da misteriosa rede cósmica.

Fonte:Illustris simulation (Vogelsberger et al., MIT/Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics); Visualization by Ralf Kaehler, Oliver Hahn, Tom Abel KIPAC; Boylan-Kolchin et al. (2009)
 
Os resultados mostram que as galáxias que habitam a rede cósmica/os grandes filamentos têm uma muito maior probabilidade de formar estrelas. Isto é, a formação e evolução de galáxias parece ser acelerada nestas megaestruturas, e provavelmente pode até explicar o porquê das galáxias nos enxames serem tão pouco ativas: se a maioria das galáxias for pré-processada em filamentos, poderão acabar como galáxias mortas quando chegarem até ao centro dos enxames. Os resultados mostram também que isso se deve, muito provavelmente, à maior probabilidade de interação entre galáxias nestas estruturas.
“Os nossos resultados mostram que os filamentos têm um papel importantíssimo na formação e evolução de galáxias, acelerando o processo“, refere Behnam Darvish. "Um papel que, até hoje, tinha sido pouco ou nada investigado, sobretudo no passado do Universo, quando a maioria das estrelas que hoje existem se formaram", completa David Sobral.
"O grande objetivo agora é estender os nossos resultados a várias etapas da evolução do Universo, para sabermos como é que a rede cósmica influenciou a formação e evolução de galáxias ao longo dos vários milhares de milhões de anos de vida do Universo. Será mais uma importantíssima peça do puzzle na nossa busca pela compreensão de como é que galáxias se formam e evoluem", conclui David Sobral.

Assinatura
Ana Subtil Simões, Gabinete de Comunicação, Imagem e Cultura

Email de Contacto
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt

Cientistas tentam captar sinal de sonda espacial

Sonda europeia Rosetta chega ao encontro de cometa


Fotos enviadas pela sonda...





O chefe da missão da Agência Espacial Europeia que enviou uma sonda para o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, Paolo Ferri, disse que os cientistas estão observando sinais enviados pelo equipamento na manhã deste sábado, mas não acreditam que será possível estabelecer comunicação com a unidade em breve. Na sexta-feira, os controladores ordenaram que o módulo de exploração Philae realizasse uma manobra para tentar sair da cratera onde caiu e assim permitir que os painéis solares recarregassem as baterias.
"Nós não sabemos se a bateria será alta o bastante para operar a sonda de novo", afirmou Ferri. "É altamente improvável que nós consigamos estabelecer qualquer tipo de comunicação em breve, mas vamos continuar esperando por novos sinais", explicou.
O histórico pouso do Philae no cometa, na última quinta-feira, marcou o auge de um projeto de dez anos a bordo da sonda espacial Rosetta. Desde que pousou, no cometa, que está 500 milhões de quilômetros distante da Terra, o módulo de exploração realizou uma série de testes e enviou os dados para a base europeia, incluindo fotos.
Na sexta-feira, a unidade foi ordenada a girar e assim tentar captar mais luz solar, além de cavar um buraco no cometa. "Nós sabemos que todos os movimentos da operação foram realizados e todos os dados foram enviados de volta. Entretanto, a esta altura, ainda não sabemos se a broca de perfuração realmente tocou o solo", explicou Ferri.
O material no subsolo do cometa está intocado há quase 4,5 bilhões de ano, então as amostras seriam como uma cápsula do tempo, contendo informações valiosíssimas. Os cientistas esperam que o projeto, que custou US$ 1,6 bilhão, ajude a responder questões sobre a origem do Universo e a vida na Terra. Fonte: Associated Press.

terça-feira, 20 de maio de 2014

Descoberto planeta fora do sistema solar que pode ser potencialmente habitável


Cientistas anunciaram a descoberta do primeiro planeta fora do Sistema Solar de tamanho similar ao da Terra e onde pode existir água em estado líquido, o que, em tese, o torna habitável.
O exoplaneta, denominado Kepler-186f, foi identificado por pesquisadores da Nasa usando o telescópio Kepler, segundo estudo publicado nesta quinta-feira (17) na revista científica "Science".
"A intensidade e o espectro da radiação do Kepler-186f o colocam na zona estelar habitável, implicando que, se ele tiver uma atmosfera como a da Terra, então uma parte de sua água provavelmente está em forma líquida", diz o estudo. O telescópio Kepler permite identificar planetas em sistemas distantes medindo a quantidade de luz que eles bloqueiam quando passam na frente das estrelas que orbitam, ou seja, o equipamento não "enxerga" o planeta diretamente.
O Kepler-186f, que orbita a estrela anã Kepler-186, fica na constelação do Cisne, a cerca de 500 anos-luz da Terra. Ele é o quinto e mais afastado de um sistema de cinco planetas, todos com tamanho parecido com o da Terra.
"É extremamente difícil detectar e confirmar planetas do tamanho da Terra, e agora que encontramos um, queremos encontrar mais", disse em uma teleconferência Elisa Quintana, pesquisadora do Instituto para a Busca de Inteligência Extraterrestre (SETI).
Descobertas do Kepler
Em fevereiro, a agência espacial americana anunciou que o telescópio Kepler, que orbita a 149,5 milhões de quilômetros da Terra há cinco anos, tinha acrescentado 715 exoplanetas à lista de mil corpos que orbitam estrelas a uma distância que torna possível a existência de água e, portanto, de vida.
A busca de planetas similares à Terra é uma das maiores aventuras na pesquisa espacial, e embora já tenham sido detectadas centenas de planetas do tamanho do nosso e outros menores, eles circulam em órbitas próximas demais de suas estrelas para que haja água líquida em sua superfície.
Ilustração da Nasa mostra comparação entre a Terra e o Kepler-186f (Foto: Nasa)Ilustração da Nasa mostra comparação entre a Terra e o Kepler-186f (Foto: Nasa)Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/04/cientistas-descobrem-1-exoplaneta-habitavel-do-tamanho-da-terra.html

domingo, 4 de maio de 2014

Evolução Estelar

EVOLUÇÃO ESTELAR I
Uma estrela é uma imensa esfera de gás que gera energia em seu centro através de reações de fusão nuclear. Ela difere de um planeta exatamente pelo fato de este não ter fonte interna de energia nuclear. As estrelas, sem exceção, nascem, vivem e ... morrem! Embora o nascimento de todas as estrelas ocorra de forma semelhante, sua vida e sua morte dependem de diversos parâmetros, entre eles a composição química e, principalmente, a massa. Em ordem de massas crescentes, vamos classificar as estrelas em “pesos” pena, leve, médio e pesado. O Sol seria uma estrela “peso” leve!
Em cada fase de suas vidas, as estrelas apresentam comportamentos diferentes. Como a massa é o parâmetro mais importante na evolução estelar, vamos estudar a:
  • Vida e morte de “estrelas” “peso” pena (corpo com massa menor que 0,08 massas solares)
  • Vida e morte de estrelas “peso” leve (estrela com massa entre 0,08 e 4 massas solares)
  • Vida e morte de estrelas “peso” médio (estrela com massa entre 4 e 8 massas solares)
  • Vida e morte de estrelas “peso” pesado (estrela com massa acima de 8 massas solares)
 
0…………0,08……………………………..4………………………….8………………Massas solares
     Pena                     Leve                           Médio                   Pesado
Também se deve notar que o tempo de vida de uma estrela depende desses mesmos parâmetros: verifica-se que quanto maior a massa de uma estrela, tanto mais curta costuma ser sua vida. Outro aspecto importante a se notar é que a duração da vida de uma estrela é muito longa quando comparada aos padrões humanos. Dessa forma, não foi possível, ainda, monitorar-se a vida toda de uma estrela, e tudo o que se disser aqui se baseará em modelos matemáticos e físicos elaborados em bases científicas.

EVOLUÇÃO DE ESTRELAS JOVENS

 Tentando fazer uma comparação na evolução de uma estrela com o passar do tempo, podemos dizer que as estrelas nascem, vivem e morrem. O nascimento das estrelas parece ser um mecanismo comum para todas as estrelas. A vida de cada estrela pode ser dividida em três fases: juventude, idade madura e velhice. A forma como cada uma dispende essa parte de sua vida depende fundamentalmente de sua massa. A morte de uma estrela pode ocorrer de diferentes formas, geralmente associadas com o seu tipo de vida.
Como regra geral, podemos dividir as estrelas quanto à sua massa em 3 tipos:
  • estrelas de massa entre 0,08 e 4 massas solares (chamaremos de estrelas “peso” leve apesar de a expressão “peso” não ter valor real nesse caso)
  • estrelas com massa entre 4 e 8 massas solares (chamaremos de estrelas “peso” médio)
  • estrelas com massa superior a 8 massas solares (estrelas “peso” pesado)
 
0…………0,08……………………..4………………….8………………Massas solares
   Pena                Leve                 Médio              Pesado

Formação de uma Proto-estrela

Os modelos que atualmente estudam a origem e a evolução de estrelas sugerem que as estrelas nasçam da concentração de matéria existente em grandes nuvens de gás e poeira. Essa concentração ocorre por causa de forças gravitacionais atuantes entre cada uma das partículas dessa nuvem ou por influências externas (outras nuvens, estrelas etc.). Durante o processo de contração, as partículas da nuvem vão sendo atraídas para o centro de gravidade dessa nuvem. Com essa queda, elas se aceleram, aumentando gradativamente suas velocidades.
Começa a crescer o número e a intensidade dos choques entre essas partículas. Esses choques aquecem a nuvem, que começa a emitir luz e energia. As partículas da nuvem procuram atingir sua distribuição de menor energia. Demonstra-se que a forma de menor energia nesse caso é a forma esférica. Assim, a nuvem procura se reformatar na forma esférica. Muitas vezes, uma mesma nuvem se fragmenta formando diversas configurações esféricas.
A essa massa concentrante disposta na forma esférica chamamos de Proto-estrela. Notar que nesse estágio, a estrela ainda não nasceu. Podemos dizer que a proto-estrela é um feto de estrela.

Nascimento de uma estrela

Depois que a proto-estrela se forma, ela continua a se concentrar e diminuir de tamanho. Nessa contração a temperaura interna aumenta bastante, a ponto de ionizar os átomos aí existentes, retirando os elétrons que giram em torno do núcleo atômico. O interior da proto-estrela passa a ser constituído não mais de átomos, mas sim de uma mistura de prótons e elétrons, basicamente. A essa mistura dá-se o nome de plasma, conhecido como sendo o quarto estado físico da matéria.
Devido à alta temperatura, os prótons apresentam um movimento muito intenso. Alguns deles podem se chocar, e apesar das forças de repulsão eletrostática que procuram repelir cargas elétricas de mesmos nomes, a velocidade desses prótons pode ser tão grande que eles conseguem suplantar essa repulsão e se unirem entre si. Quando ocorre a fusão desses prótons, diz-se que foi feita uma fusão nuclear. É quando começam as reações de fusão nuclear no interior da proto-estrela que dizemos que nasceu uma estrela.
Assim, uma estrela é um corpo gasoso no interior do qual estão ocorrendo reações de fusão nuclear que transformam elementos químicos de peso atômico menor em elementos de peso atômico maior. Resumidamente costuma-se dizer que está havendo a passagem de elementos leves para elementos mais pesados. Sabe-se hoje que a fusão de elementos químicos mais leves para mais pesados, especificamente dos mais leves, se dá com a liberação de energia. A fusão nuclear é a fonte de energia das estrelas. Enquanto houver combustível nuclear no interior da estrela que possa ser convertido num elemento mais pesado com a liberação de energia, a estrela permanecerá viva.

Estrelas jovens

Durante as fases iniciais da vida de uma estrela, ela ainda continua contraindo e emitindo luz e podendo perder parte de sua massa. Um estágio pelo qual passa grande parte das estrelas jovens é chamado de estágio T Tauri, que antecede o ingresso da estrela na sua idade adulta. Esse nome vem da primeira estrela em que tal fato foi descoberto: estrela T da constelação do Touro. É uma fase na qual ela ainda está parcialmente imersa na nuvem de gás que lhe deu origem. Parte dessa camada de gás é ejetada da estrela, ocorrendo uma espécie de “vento estelar” ou seja partículas parecem estar sendo “assopradas” embora da estrela.
O Sol deve ter passado por essa fase, na qual havia um “vento solar” muito mais intenso do que aquele que se observa atualmente no Sol.

Estrelas na Seqüência Principal

Quando a estrela entra numa fase de equilíbrio, na qual seu diâmetro fica praticamente constante, podemos dizer que a estrela entrou na fase adulta de sua vida. Tecnicamente esse período é conhecido como Seqüência Principal. É nesse estágio que a estrela vai passar a maior parte de sua vida adulta, e só vai sair dessa fase quando não houver mais reação de fusão nuclear transformando hidrogênio em hélio no seu interior. O tempo durante o qual uma estrela fica na Seqüência Principal depende fundamentalmente da massa da estrela: quanto menor for a massa, menos tempo a estrela fica nessa fase. Estrelas de pequena massa ficam na Seqüência principal por períodos de tempo muito longos, podendo ultrapassar 20 bilhões de anos.
Os modelos atuais de evolução estelar sugerem que o Sol já está na Seqüência Prinipal a cerca de 4,5 bilhões de anos e que aí vai permanecer por mais tanto tempo. A idade estimada do Sol, obtida por meio dos modelos evolutivos de estrelas, coincide com estimativas de sua idade obtidas por outros meios de geocronologia.

EVOLUÇÃO DE ESTRELAS MADURAS

Depois de extinguirem o hidrogênio de seu interior, as estrelas começam a dar sinais de que seu tempo de vida está terminando. Mas, mesmo sem hidrogênio, em determinados casos novos combustíveis nucleares podem ser usados pela estrela para se manterem vivas. Vejamos como cada estrela, dependendo de sua massa, vive os estágios finais de sua vida madura.

Fim do combustível nuclear

Durante a fase de Seqüência Principal no interior da estrela ocorre a transformação de hidrogênio em hélio com a liberação de energia. É a fusão nuclear que fornece energia para que o interior estelar se mantenha com uma pressão térmica capaz de contrabalançar a pressão gravitacional causada pela massa da estrela. Se houver uma diminuição na taxa de geração de energia, a estrela tende a esfriar, diminui a pressão térmica e a estrela se contrai graças à pressão gravitacional. Com a contração, ocorre um aquecimento no interior da estrela, favorecendo o aumento de temperatura, o aumento da pressão térmica com a conseqüente expansão da estrela.
É esse quase balanço entre pressão gravitacional para “dentro” da estrela e da pressão térmica para “fora” da estrela que mantém o quase equilíbrio da estrela. Quando acaba o hidrogênio na região central da estrela, as reações de fusão nuclear começam a ocorrer em camadas cada vez mais externas da estrela, visando a manutenção do equilíbrio da estrela. Caso essas reações de fusão nuclear ocorram muito próximo da superfície externa da estrela, a pressão térmica pode ser tão grande a ponto de suplantar bastante a pressão gravitacion
al, ocasionando uma expansão pronunciada da estrela. Ao mesmo tempo, essa expansão diminui a temperatura dos gases das camadas mais externas.
Assim, a estrela se torna um estrela gigante e fria. Uma estrela fria tem coloração superficial avermelhada. Então, essa estrela recebe o nome de Gigante Vermelha.

Estrelas Gigantes Vermelhas

São estrelas muito grandes e não muito quentes na sua superfície. Elas resultam da expansão de estrelas quando as reações nucleares começam a ocorrer mais próximo à superfície dessas estrelas.

Nebulosa Planetária

É o resultado da evolução de uma estrela gigante vermelha. Depois da expansão da estrela, ela esfria um pouco e por causa disso diminuem as reações de fusão nuclear no seu interior. A estrela começa a contrair, mas faz isso de modo que a região central se contrai mais rapidamente que a parte periférica. Em conseqüência, forma-se um núcleo central parecendo um caroço e em volta fica uma nuvem de gás.
Com o tempo o caroço se torna uma estrela anã branca e o gás da periferia se expande e espalha-se pelo meio interestelar.

sábado, 12 de abril de 2014

Evolução da Vida no Planeta Terra.

Youtube - Enviado em 10/09/2010

Algumas pessoas insistem em afirmar que ainda não existe resposta para a "ETERNA" questão: DE ONDE VIEMOS OU SURGIMOS? E PARA ONDE VAMOS COMO ESPÉCIE HUMANA? Bem, a resposta já existe! Aqui, neste vídeo, Carl Sagan descreve CIENTIFICAMENTE, como o nosso universo surgiu, a partir do evento que chamamos de Big Bang até o surgimento e evolução da vida no planeta Terra. Descreve como as formas de vida que conhecemos, através do processo chamado de Seleção Natural, evoluíram até que a espécie humana (Homo Sapien Sapien) aleatoriamente conseguiu chegar aos dias de hoje...

Vídeo 1. 



Vídeo 2. 



sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

HPV e câncer - Perguntas mais frequentes

HPV e câncer - Perguntas mais frequentes
[]
1: Definição

O que significa "HPV"?
É a sigla em inglês para papilomavírus humano. Os HPV são vírus capazes de infectar a pele ou as mucosas. Existem mais de 100 tipos diferentes de HPV, sendo que cerca de 40 tipos podem infectar o trato ano-genital.
2: HPV e câncer do colo do útero
Qual é a relação entre HPV e câncer?
A infecção pelo HPV é muito frequente, mas transitória, regredido espontaneamente na maioria das vezes. No pequeno número de casos nos quais a infecção persiste e, especialmente, é causada por um tipo viral oncogênico (com potencial para causar câncer), pode ocorrer o desenvolvimento de lesões precursoras, que se não forem identificadas e tratadas podem progredir para o câncer, principalmente no colo do útero, mas também na vagina, vulva, ânus, pênis, orofaringe e boca.
Quais são os tipos de HPV que podem causar câncer?
Pelo menos 13 tipos de HPV são considerados oncogênicos, apresentando maior risco ou probabilidade de provocar infecções persistentes e estar associados a lesões precursoras. Dentre os HPV de alto risco oncogênico, os tipos 16 e 18 estão presentes em 70% dos casos de câncer do colo do útero.
Já os HPV 6 e 11, encontrados em 90% dos condilomas genitais e papilomas laríngeos, são considerados não oncogênicos.
O que é câncer do colo do útero?
É um tumor que se desenvolve a partir de alterações no colo do útero, que se localiza no fundo da vagina. Essas alterações são chamadas de lesões precursoras, são totalmente curáveis na maioria das vezes e, se não tratadas, podem demorar muitos anos para se transformar em câncer.
As lesões precursoras ou o câncer em estágio inicial não apresentam sinais ou sintomas, mas conforme a doença avança podem aparecer sangramento vaginal, corrimento e dor, nem sempre nessa ordem. Nesses casos, a orientação é sempre procurar um posto de saúde para tirar as dúvidas, investigar os sinais ou sintomas e iniciar um tratamento, se for o caso.
Qual é o risco de uma mulher infectada pelo HPV desenvolver câncer do colo do útero?
Aproximadamente 291 milhões de mulheres no mundo são portadoras do HPV, sendo que 32% estão infectadas pelos tipos 16, 18 ou ambos. Comparando-se esse dado com a incidência anual de aproximadamente 500 mil casos de câncer de colo do útero, conclui-se que o câncer é um desfecho raro, mesmo na presença da infecção pelo HPV. Ou seja, a infecção pelo HPV é um fator necessário, mas não suficiente, para o desenvolvimento do câncer do colo do útero.
Além da infecção pelo HPV, há outros fatores que aumentam o risco de uma mulher desenvolver câncer do colo do útero?
Fatores ligados à imunidade, à genética e ao comportamento sexual parecem influenciar os mecanismos ainda incertos que determinam a regressão ou a persistência da infecção pelo HPV e também a progressão para lesões precursoras ou câncer. Desta forma, o tabagismo, o início precoce da vida sexual, o número elevado de parceiros sexuais e de gestações, o uso de pílula anticoncepcional e a imunossupressão (causada por infecção por HIV ou uso de imunossupressores) são considerados fatores de risco para o desenvolvimento do câncer do colo do útero. A idade também interfere nesse processo, sendo que a maioria das infecções por HPV em mulheres com menos de 30 anos regride espontaneamente, ao passo que acima dessa idade a persistência é mais frequente.
Como as mulheres podem se prevenir do câncer do colo do útero?
Fazendo o exame preventivo (de Papanicolaou ou citopatológico), que pode detectar as lesões precursoras. Quando essas alterações que antecedem o câncer são identificadas e tratadas é possível prevenir a doença em 100% dos casos.
O exame deve ser feito preferencialmente pelas mulheres entre 25 e 64 anos, que têm ou já tiveram atividade sexual. Os dois primeiros exames devem ser feitos com intervalo de um ano e, se os resultados forem normais, o exame passará a ser realizado a cada três anos.
Onde é possível fazer os exames preventivos do câncer do colo do útero pelo SUS?
Postos de coleta de exames preventivos ginecológicos do SUS estão disponíveis em todos os estados do País e os exames são gratuitos. Procure a Secretaria de Saúde de seu município para obter informações.
3: Manifestações da infecção pelo HPV
Uma pessoa infectada pelo vírus necessariamente apresenta sinais ou sintomas?
A maioria das infecções por HPV é assintomática ou inaparente e de caráter transitório, ou seja, regride espontaneamente. Tanto o homem quanto a mulher podem estar infectados pelo vírus sem apresentar sintomas. Habitualmente as infecções pelo HPV se apresentam como lesões microscópicas ou não produzem lesões, o que chamamos de infecção latente. Quando não vemos lesões não é possível garantir que o HPV não está presente, mas apenas que não está produzindo doença.
Quais são as manifestações da infecção pelo HPV?
Estima-se que somente cerca de 5% das pessoas infectadas pelo HPV desenvolverá alguma forma de manifestação.
A infecção pode se manifestar de duas formas: clínica e subclínica.
As lesões clínicas se apresentam como verrugas ou lesões exofíticas, são tecnicamente denominadas condilomas acuminados e popularmente chamadas "crista de galo", "figueira" ou "cavalo de crista". Têm aspecto de couve-flor e tamanho variável. Nas mulheres podem aparecer no colo do útero, vagina, vulva, região pubiana, perineal, perianal e ânus. Em homens podem surgir no pênis (normalmente na glande), bolsa escrotal, região pubiana, perianal e ânus. Essas lesões também podem aparecer na boca e na garganta em ambos os sexos.
As infecções subclínicas (não visíveis ao olho nu) podem ser encontradas nos mesmos locais e não apresentam nenhum sintoma ou sinal. No colo do útero são chamadas de Lesões Intra-epiteliais de Baixo Grau/Neoplasia Intra-epitelial grau I (NIC I), que refletem apenas a presença do vírus, e de Lesões Intra-epiteliais de Alto Grau/Neoplasia Intra-epitelial graus II ou III (NIC II ou III), que são as verdadeiras lesões precursoras do câncer do colo do útero.
O desenvolvimento de qualquer tipo de lesão clínica ou subclínica em outras regiões do corpo é raro.
Estou com uma lesão genital que se assemelha à descrição de lesão provocada por HPV. O que devo fazer?
É recomendado procurar um profissional de saúde para o diagnóstico correto e indicação do tratamento adequado.
4: Formas de diagnóstico
Como a infecção pelo HPV é diagnosticada em homens e mulheres?
A investigação diagnóstica da infecção latente pelo HPV, que ocorre na ausência de manifestações clínicas ou subclínicas, só pode atualmente ser realizada por meio de exames de biologia molecular, que mostram a presença do DNA do vírus. Entretanto, não é indicado procurar diagnosticar a presença do HPV, mas sim suas manifestações.
O diagnóstico das verrugas ano-genitais pode ser feito em homens e em mulheres por meio do exame clínico.
As lesões subclínicas podem ser diagnosticadas por meio de exames laboratoriais (citopatológico, histopatológico e de biologia molecular) ou do uso de instrumentos com poder de magnificação (lentes de aumento), após a aplicação de reagentes químicos para contraste (colposcopia, peniscopia, anuscopia).
5:Tratamento
Qual o tratamento para a infecção pelo HPV?
Não há tratamento específico para eliminar o vírus.
O tratamento das lesões clínicas deve ser individualizado, dependendo da extensão, número e localização. Podem ser usados laser, eletrocauterização, ácido tricloroacético (ATA) e medicamentos que melhoram o sistema de defesa do organismo.
As lesões de baixo grau não oferecem maiores riscos, tendendo a desaparecer mesmo sem tratamento na maioria das mulheres. A conduta recomendada é a repetição do exame preventivo em seis meses.
O tratamento apropriado das lesões precursoras é imprescindível para a redução da incidência e mortalidade pelo câncer do colo uterino. As diretrizes brasileiras recomendam, após confirmação colposcópica ou histológica, o tratamento excisional das Lesões Intra-epiteliais de Alto Grau, por meio de exérese da zona de transformação (EZT) por eletrocirurgia.
Só o médico, após a avaliação de cada caso, pode recomendar a conduta mais adequada.
Após passar por tratamento, a pessoa pode se reinfectar?
Sim. A infecção por HPV pode não induzir imunidade natural e, além disso, pode ocorrer contato com outro tipo viral.
Que tipo de médico deve ser procurado para o tratamento de pacientes com infecção por HPV?
Médicos ginecologistas, urologistas ou proctologistas podem tratar pessoas com infecção por HPV. Outros especialistas podem ser indicados após análise individual de cada caso.
6: Transmissão
Como os HPV são transmitidos?
A transmissão do vírus se dá por contato direto com a pele ou mucosa infectada.
A principal forma é pela via sexual, que inclui contato oral-genital, genital-genital ou mesmo manual-genital. Assim sendo, o contágio com o HPV pode ocorrer mesmo na ausência de penetração vaginal ou anal.
Também pode haver transmissão durante o parto.
Não está comprovada a possibilidade de contaminação por meio de objetos, do uso de vaso sanitário e piscina ou pelo compartilhamento de toalhas e roupas íntimas.

Os HPV são facilmente contraídos?
Estudos no mundo comprovam que 80% das mulheres sexualmente ativas serão infectadas por um ou mais tipos de HPV em algum momento de suas vidas. Essa percentagem pode ser ainda maior em homens. Estima-se que entre
25% e 50% da população feminina e 50% da população masculina mundial esteja infectada pelo HPV. Porém, a maioria das infecções é transitória, sendo combatida espontaneamente pelo sistema imune, regredindo entre seis meses a dois anos após a exposição, principalmente entre as mulheres mais jovens.
Para haver o contágio com o HPV, a(o) parceira(o) sexual precisa apresentar manifestações da infecção?
Provavelmente a transmissão é facilitada quando as lesões clínicas estão presentes: foi demonstrado que 64% dos parceiros sexuais de indivíduos portadores de condilomas genitais desenvolveram lesões semelhantes. No entanto não é possível afirmar que não há chance de contaminação na ausência de lesões.
Após o contágio com HPV por quanto tempo uma pessoa pode não manifestar a infecção?
Não se sabe por quanto tempo o HPV pode permanecer inaparente e quais são os fatores responsáveis pelo desenvolvimento de lesões. As manifestações da infecção podem só ocorrer meses ou até anos depois do contato. Por esse motivo não é possível determinar se o contágio foi recente ou antigo.
Na ocorrência de relação sexual com uma pessoa infectada pelo HPV, como saber se houve contaminação?
O fato de ter mantido relação sexual com uma pessoa infectada pelo HPV não significa que obrigatoriamente ocorrerá transmissão da infecção, mas não sabemos qual é o risco por não conhecermos a contagiosidade do HPV. Apesar da ansiedade ocasionada pela possibilidade de contaminação, não é indicado procurar diagnosticar a presença do HPV. As pessoas expostas ao vírus devem ficar atentas para o surgimento de alguma lesão, mas não adianta procurar o médico no dia seguinte, pois isto pode levar semanas a meses para ocorrer. As mulheres devem obedecer à periodicidade de realização do exame preventivo (Papanicolaou).
 
7: HPV e gravidez
Existe risco de má formação do feto para mulheres grávidas infectadas com HPV?
A ocorrência de infecção pelo HPV durante a gravidez não implica em má formação do feto.
Qual a via de parto indicada para mulheres grávidas infectadas com HPV?
O parto normal não é contra-indicado, pois, apesar de ser possível a contaminação do bebê, o desenvolvimento de lesões é muito raro. Pode também ocorrer contaminação antes do trabalho de parto e a opção pela cesariana não garante a prevenção da transmissão da infecção. A via de parto (normal ou cesariana) deverá ser determinada pelo médico após análise individual de cada caso.
8: Prevenção
Como homens e mulheres, independente na orientação sexual, podem se prevenir dos HPV?
Apesar de sempre recomendado, o uso de preservativo (camisinha) durante todo contato sexual, com ou sem penetração, não protege totalmente da infecção pelo HPV, pois não cobre todas as áreas passíveis de ser infectadas. Na presença de infecção na vulva, na região pubiana, perineal e perianal ou na bolsa escrotal, o HPV poderá ser transmitido apesar do uso do preservativo. A camisinha feminina, que cobre também a vulva, evita mais eficazmente o contágio se utilizada desde o início da relação sexual.
Existe vacina contra o HPV?Sim. Existem duas vacinas profiláticas contra HPV aprovadas e registradas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e que estão comercialmente disponíveis: a vacina quadrivalente, da empresa Merck Sharp & Dohme (nome comercial Gardasil), que confere proteção contra HPV 6, 11, 16 e 18; e a vacina bivalente, da empresa GlaxoSmithKline (nome comercial Cervarix), que confere proteção contra HPV 16 e 18.
Para que servem as vacinas contra o HPV?As vacinas são preventivas, tendo como objetivo evitar a infecção pelos tipos de HPV nelas contidos.
A vacina quadrivalente está aprovada no Brasil para prevenção de lesões genitais pré-cancerosas de colo do útero, vulva e vagina e câncer do colo do útero em mulheres e verrugas genitais em mulheres e homens, relacionados ao HPV 6, 11, 16 e 18.
A vacina bivalente está aprovada para prevenção de lesões genitais pré-cancerosas do colo do útero e câncer do colo do útero em mulheres, relacionados ao HPV 16 e 18.
Nenhuma das vacinas é terapêutica, ou seja, não há eficácia contra infecções ou lesões já existentes.
Quem pode ser vacinado?
De acordo com o registro na ANVISA, a vacina quadrivalente é indicada para mulheres e homens entre 9 e 26 anos de idade e vacina bivalente é indicada para mulheres entre 10 e 25 anos de idade. Novos estudos mostraram que as vacinas também são seguras para mulheres com mais de 26 anos e os fabricantes já iniciaram os procedimentos para que a ANVISA aprove seus produtos para faixas etárias mais avançadas. No momento as clínicas de vacinação ainda não estão autorizadas a aplicar as vacinas em faixas etárias superiores às estabelecidas pela ANVISA.
Ambas as vacinas possuem maior indicação para meninas que ainda não iniciaram a vida sexual, uma vez que apresentam maior eficácia na proteção de indivíduos não expostos aos tipos virais presentes nas vacinas. Países que adotam a vacinação em programas nacionais de imunização utilizam a faixa etária de 9 a 13 anos.
Vale a pena vacinar mulheres que já iniciaram a atividade sexual?
Após o início da atividade sexual a possibilidade de contato com o HPV aumenta progressivamente: 25% das adolescentes apresentam infecção pelo HPV durante o primeiro ano após iniciação sexual e três anos depois esse percentual sobe para 70%.
Não há, até o momento, evidência científica de benefício estatisticamente significativo em vacinar mulheres previamente expostas ao HPV. Isso quer dizer que algumas mulheres podem se beneficiar e outras não. Nesses casos a decisão sobre a vacinação deve ser individualizada, levando em conta as expectativas e a relação custo-benefício pessoal.
Não existe risco à saúde caso uma pessoa que já tenha tido contato com o HPV for vacinada.
Vale a pena vacinar mulheres já tratadas para lesões no colo do útero, vagina ou vulva?
Existe evidência científica de pequeno benefício em vacinar mulheres previamente tratadas, que poderiam apresentar menos recidivas. Também nesses casos a decisão sobre a vacinação deve ser individualizada.
Vale a pena vacinar homens?
A eficácia da vacina contra HPV foi comprovada em homens para prevenção de condilomas genitais e lesões precursoras de câncer no pênis e ânus.
Teoricamente, se os homens forem vacinados contra HPV, as mulheres estariam protegidas através de imunidade indireta ou de rebanho, pois o vírus é sexualmente transmissível. Entretanto, estudos que avaliaram a custo-efetividade das vacinas para a prevenção do câncer do colo do útero através de modelos matemáticos mostraram que um programa de vacinação de homens e mulheres não é custo-efetivo quando comparado com a vacinação exclusiva de mulheres.
Por quanto tempo a vacina é eficaz?
A duração da eficácia foi comprovada até 8-9 anos, mas ainda existem lacunas de conhecimento relacionadas à duração da imunidade em longo prazo (por quanto tempo as três doses recomendadas protegem contra o contágio pelo HPV) e a necessidade de dose de reforço (aplicação de novas doses da vacina no futuro na população já vacinada).
As vacinas são seguras?
Sim, seguras e bem toleradas. Os eventos adversos mais observados incluem dor, inchaço e vermelhidão no local da injeção e dor de cabeça de intensidade leve a moderada.
Existem contra-indicações para a vacinação?
A vacina está contra-indicada para gestantes, indivíduos acometidos por doenças agudas e com hipersensibilidade aos componentes (princípios ativos ou excipientes) de imunobiológicos.
Há pouca informação disponível quanto à segurança e imunogenicidade em indivíduos imunocomprometidos.
Como as vacinas são administradas:
Ambas são recomendadas em três doses, por via intramuscular.
A vacina quadrivalente tem esquema vacinal 0, 2 e 6 meses e, caso seja necessário um esquema alternativo, a segunda dose pode ser administrada pelo menos um mês após a primeira dose e a terceira dose pelo menos quatro meses após a primeira dose.
A vacina bivalente tem esquema 0, 1 e 6 meses, podendo ter a segunda dose administrada entre um mês e dois meses e meio após a primeira dose e a terceira dose entre cinco e 12 meses após a primeira dose.
As meninas ou mulheres vacinadas podem dispensar a realização do exame preventivo?
Não. É imprescindível manter a realização do exame preventivo, pois as vacinas protegem apenas contra dois tipos oncogênicos de HPV, responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero. Ou seja, 30% dos casos de câncer causados pelos outros tipos oncogênicos de HPV vão continuar ocorrendo se não for realizada a prevenção secundária.
A vacina contra o HPV está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS)?
Estará a partir de 2014.
O Ministério da Saúde avalia desde 2006 a incorporação da vacina contra o HPV pelo SUS e no ano de 2013 considerou pertinente incluir o imunizante no calendário nacional.
Em dezembro de 2011 resultado do estudo de custo-efetividade da incorporação da vacina contra HPV no Programa Nacional de Imunização, concluiu que a vacinação é custo-efetiva no País. Em julho de 2012 ocorreu a primeira reunião do grupo de trabalho para elaboração das diretrizes para introdução da vacina no calendário nacional.
Três pareceres anteriores contraindicaram, em 2007, 2010 e 2011, o uso da vacina contra o HPV como política de saúde, até que o considerando prudente esperar o resultado de estudo sobre custo-efetividade da vacinação no cenário brasileiro, a avaliação do impacto na sustentabilidade do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e as negociações para transferência de tecnologia para produção da vacina no país para subsidiar a tomada de decisão do Ministério da Saúde sobre o tema.
Onde é possível ser vacinado contra o HPV?
Atualmente as vacinas profiláticas contra o HPV estão disponíveis em clínicas de vacinação particulares. Consultórios geralmente não são fiscalizados pela ANVISA e as vacinas podem ser mal conservadas, comprometendo sua eficácia.
A forma como as informações sobre o uso e a eficácia da vacina têm chegado à população brasileira é adequada?
Não. É preciso que fabricantes, imprensa, profissionais e autoridades de saúde estejam conscientes de sua responsabilidade. É imprescindível esclarecer sob quais condições a vacina pode se tornar um mecanismo eficaz de prevenção para não gerar uma expectativa irreal de solução do problema e desmobilizar a sociedade e seus agentes com relação às políticas de promoção e prevenção realizadas. Deve-se informar que, segundo as pesquisas, as principais beneficiadas são as meninas que ainda não fizeram sexo; que as mulheres deverão manter a rotina de realização do exame Papanicolaou e de diagnóstico de DST; e que, mesmo que a aplicação da vacina ocorra em larga escala, uma redução significativa dos indicadores da doença pode demorar algumas décadas.

Se após a leitura desse texto ainda existirem dúvidas, por favor, entre em contato com um profissional de saúde para mais esclarecimentos
Fonte: DARAO
Instituto Nacional de Câncer - INCAPraça Cruz Vermelha, 23 - Centro
20230-130 - Rio de Janeiro - RJ
Tel.: (21) 3207-1000

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Eu sou parte do mar e das estrelas






Eu sou parte do mar e das estrelas
E dos ventos do sul e do norte,
Das montanhas, da Lua e de Marte
E os séculos me enviaram para frente.
Edward H. S. Terry

Feliz 2014  
 Vamos continuar...???

Os 7 maiores mistérios do universo: "Deus existe?"

Conheça as novas respostas da ciência para as perguntas mais difíceis do mundo

Questão 1 - Deus existe?
O unicórnio é um cavalo com barbicha, um chifre na testa e supostos poderes mágicos. Ele não existe, claro, é uma invenção. Só que isso é impossível de provar. Da mesma forma, não temos nenhum indício objetivo da existência de Deus - que pode perfeitamente ser apenas uma criação humana. Mas isso também é impossível de provar. É que a única maneira de provar definitivamente uma coisa é usar o chamado método científico, que foi proposto por Galileu Galilei no século 16 e tem quatro etapas. Primeira: observar um fato concreto. Segunda: fazer uma pergunta sobre ele. Terceira: elaborar uma hipótese, ou seja, uma resposta à pergunta. Quarta: fazer uma experiência controlada para confirmar ou negar a hipótese. Simples, não?

Mas com o unicórnio, tropeçamos já na primeira etapa - porque não existe nenhum elemento concreto, como um pedaço de cabelo ou qualquer outra pista deixada por um unicórnio. Com Deus, você consegue passar pelas primeiras fases. É possível observar um fato concreto (o Universo existe) formular uma pergunta a respeito (foi Deus que o criou?) e elaborar uma hipótese (sim ou não). Mas como vencer a quarta etapa - e criar uma experiência científica que pudesse confirmar ou negar Deus?

É difícil até de imaginar. Isso ajuda a explicar por que a existência de Deus divide a opinião dos cientistas. Um estudo feito nos EUA pelo Instituto Pew revelou que 51% deles admitem a existência de alguma forma de poder divino (contra 95% na população em geral).

Alguns pesquisadores vão além do impasse, e dizem ter evidências de que Deus existe - ou inexiste. A primeira categoria é liderada por Francis S. Collins, que foi diretor do Projeto Genoma Humano e hoje dirige os Institutos Nacionais de Saúde (NIH), principal órgão de ciência do governo nos EUA. Para ele, a prova da existência de Deus é chamada sintonia fina. Por essa tese, o Big Bang obedeceu a alguns parâmetros muito precisos e coordenados entre si. Se a força que mantém unidos os prótons e os nêutrons fosse um pouco menor, por exemplo, só o hidrogênio teria se formado - e não existiria a matéria-prima da vida, o carbono. Para Collins, nossa existência depende de tantas variáveis, numa combinação matematicamente tão improvável, que não pode ser acaso. "A sintonia fina não é acidental. Ela reflete a ação de algo que criou o Universo", diz.

O polo ateu é liderado pelo físico Victor Stenger, professor da Universidade do Havaí e autor de God: The Failed Hypothesis ("Deus: a tese fracassada", inédito no Brasil). Ele descarta a tese da sintonia fina. Diz que o Universo não foi sintonizado para nós; nós é que somos adaptados às condições dele. Também apresenta exemplos de como o Universo simplesmente não precisa de Deus. "Até o século 20, acreditava-se que a matéria não poderia ser criada nem destruída, só transformada de um tipo para outro". Se é impossível criar matéria, a existência dela só poderia ser um milagre. "Mas aí Einstein provou que a matéria pode ser criada a partir de energia, sem violar as leis da física", diz. "A ciência pode provar que Deus não existe? A resposta é sim". Mas ele mesmo faz ressalvas. "Não me refiro a uma prova lógica [definitiva], mas a uma prova acima de dúvida, como a usada num tribunal." Traduzindo: para Stenger, é possível provar que nada depende de Deus, e a partir daí inferir que ele não existe. Mas mostrar que ele não existe, felizmente para uns e infelizmente para outros, continua impossível.
Questão 2 - De onde viemos?
Questão 3 - Qual é o sentido da vida?
Questão 4 - O que acontece após a morte?
Questão 5 - Alma existe?
Questão 6 - Há vida fora da Terra?
Questão 7 - Destino existe?