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segunda-feira, 22 de julho de 2013

Origem da Vida no Planeta Terra.














ORIGEM DA VIDA NA TERRA

Prof. Renato Las Casas (27 de Novembro de 2001)
      
 Existe vida no planeta Terra!

      Das duas, uma: Ou a vida se formou aqui, a partir dos elementos químicos que deram origem ao nosso planeta ("Geração Espontânea"); ou a vida veio de fora, em estágio de desenvolvimento que pode ter sido mais ou menos complexo ("Panspermia").
  "A Origem da Vida" é uma das grandes questões científicas da Humanidade e tem sido abordada pelos mais ilustres pensadores há milênios. 
      Anaxágoras, precessor de Sócrates, advogava a favor da "Panspermia".
      Aristóteles defendia a "Geração Espontânea". Foi ele o formulador da primeira teoria científica de origem da vida, que conhecemos. De acordo com sua teoria, existiriam dois princípios: um passivo, que é a matéria e outro ativo, que é a forma. Dentro de certas condições esses dois princípios se combinariam, originando a "vida". Assim se explicava como carne podre gerava larvas de moscas, por exemplo.
       Um dos primeiros opositores de destaque à "teoria oficial" da Geração Espontânea foi o médico e naturalista florentino Francesco Redi (1626-1698). Em resposta a Aristóteles, Redi demonstrou experimentalmente que só aparecem larvas de moscas na carne podre, quando deixamos moscas pousar nessa carne.
      A teoria da Geração Espontânea, tal como formulada por Aristóteles, só foi refutada definitivamente no século XIX, graças ao trabalho de Louis Pasteur.
      Com o reconhecimento que a vida provém sempre de outras formas de vida, Lord Kelvin, um dos mais importantes cientistas do final do século XIX, retomou a teoria da Panspermia, segundo a qual a vida teria sido "semeada" em nosso planeta, vinda do espaço. Ler mais...
      A teoria da Geração Espontânea tem tido a preferência da ciência há mais de 2.000 anos. Durante a idade média, contou com inúmeros ilustres defensores, tais como Santo Agostinho, São Tomás de Aquino, René Descartes e Isaac Newton.

         

Artigos de "Origem da Vida"


Condições existentes na Terra primitiva que permitiram, mais tarde, o surgimento da vida.

Terra Planeta Vida - a teoria de Gaia


Hipóteses: Dez teorias à procura de uma prova.

Um Universo que se divide sem cessar em infinitos outros mundos. Um planeta dotado de vida, cujos habitantes são escravos de seus genes e um dia serão imortais, fazendo parte de máquinas mais inteligentes do que eles. Eis algumas das hipóteses que perturbam o senso comum e desafiam a própria ciência enquanto esperam o julgamento.
No século XVII, era preciso ter boa dose de imaginação e mente aberta a deias novas, por mais anticonvencionais que fossem, para aceitar que a Terra girava ao redor do Sol e não o contrário. Os mesmos predicados eram necessários no século passado para que se começasse a desconfiar da existência de organismos ainda menores do que as bactérias, os vírus. Neste século, especialmente nos últimos quarenta anos, as ciências se expandiram tanto e em tantas direções que apenas imaginação e mente aberta não parecem bastar para receber com o devido respeito as elucubrações científicas que a toda hora vêm contradizer verdades aceitas. Isso porque, freqüentemente, as novidades oferecidas pelos cientistas tendem a lidar com conceitos e acontecimentos cada vez mais distantes não só da experiência cotidiana como também dos horizontes intelectuais das pessoas leigas. Como encarar, por exemplo, a idéia de que o Universo pode possuir uma brecha no espaço e tempo semelhante a um buraco aberto por um verme na polpa de uma fruta? Ou que toda matéria orgânica seria dotada de uma espécie de memória que Ihe permite assumir a sua forma específica? Ou ainda que a Terra é um gigantesco ser vivo, que controla os entes que a habitam? Dez dessas teorias são apresentadas nestas páginas. Elas têm em comum, além da aparente excentricidade, o fato de não haverem ainda vencido cabalmente o desafio da demonstração: só o futuro dirá se de fato desencadearam as revoluções científicas que prometiam ou não passaram de lamentáveis enganos. Instigantes como são, em todo caso, e por trazerem as assinaturas de pesquisadores profissionais ligados quase sempre a boas casas do ramo, merecem ser apreciadas com imaginação e mente aberta — até porque, como já foi dito, se a realidade fosse apenas aquilo que aparenta ser, a ciência seria desnecessária.


1 Teorema de Bell

"Quem não estiver preocupado com o teorema de Bell é porque tem uma pedra no lugar do cérebro", afirmou certa vez, maldosamente, a renomada revista científica Physics Today. "Quem", no caso, não seria um mortal comum, preocupado com as trivialidades do mundo aparente, mas algum desbravador dos rarefeitos territórios da Física de Partículas, alguém familiarizado, por exemplo, com o chamado Paradoxo de Einstein - Podolsky-Rosen, ou EPR. Trata-se do mortífero torpedo intelectual armado em 1935 por Einstein e seus colegas Boris Podolsky e Nathan Rosen para pôr a pique o polêmico Princípio da Incerteza, formulado oito anos antes pelo alemão Werner Heisenberg e que constitui um dos fundamentos da Mecânica Quântica. Tal princípio afirma a primazia do acaso na ordem universal; contra ela o mesmo Einstein comentou com sarcasmo que "Deus não joga dados".
Ao contrário da Relatividade, a teoria quântica sustenta que a mera observação de um fenômeno pode afetar o dito fenômeno — pelo menos no plano subatômico. Ou seja, a ciência não pode garantir que algo aconteceu efetivamente; apenas pode dizer que existe a probabilidade de algo ter acontecido. Pois bem. Reduzida aos seus termos mais simples, a armadilha montada pela trinca de físicos antiquânticos consistiu em enunciar que a medição de uma partícula jamais poderia afetar outra partícula gêmea que estivesse a anos-luz de distância, pois nada pode viajar mais depressa do que a luz.
Mas, se a Mecânica Quântica estivesse certa, ao mudar o movimento de rotação interna (spin) de uma partícula pertencente a um sistema de duas partículas idênticas, sua irmã gêmea seria afetada, estivesse onde estivesse. Em 1964, o físico americano John Bell, trabalhando no CERN de Genebra, atual Laboratório Europeu de Física de Partículas, construiu a base teórica para se testar experimentalmente o paradoxo EPR. Ele desenvolveu uma fórmula matemática que ficou conhecida como a Desigualdade de Bell, por expressar a diferença entre a teoria quântica e a Relatividade. O resto foi uma questão de tempo. Em 1982, de fato, os resultados de uma experiência com partículas de luz, conduzida pelo francês Alain Aspect, da Universidade de Paris, permitiram concluir que os quânticos afinal estavam com a razão — provavelmente.

2 Hipótese Gaia

O planeta Terra está vivo e pode regular a sua geologia, o seu clima e os seres que o habitam. Esta é a essência da Hipótese Gaia, exposta pela primeira vez há quase vinte anos pelo biólogo inglês James Lovelock e considerada atualmente a Bíblia dos ecologistas. Parece estranho à primeira vista que uma bola de rocha fundida, flutuando em algum ponto da Via Láctea, esteja viva e dotada de um mecanismo auto-regulador. Mas Lovelock, um estudioso de várias disciplinas que já foi consultor da NASA, compara o planeta a uma árvore gigante, com 99 por cento de madeira morta, e apenas uma fina película de tecido vivo sobre a superfície.
Segundo a teoria de Lovelock, que recebeu o nome de Gaia em homenagem à deusa grega que designa a Terra, os seres que povoam o planeta se encarregam de produzir dióxido de carbono e outros gases que mantêm a temperatura de sua superfície. São esses mesmos seres que regulam a turbulenta e instável mistura gasosa da atmosfera, ao utilizá-la ao mesmo tempo como fonte de matéria-prima e depósito de materiais que não necessitam. Lovelock afirma, por exemplo, que um dos fatores de equilíbrio do planeta são as florestas, que, ao causar seus próprios incêndios, mantêm a taxa de oxigênio do ar e assim se auto-renovam.
Se a concentração de oxigênio na atmosfera fosse de 30 por cento em vez dos 21 por cento normais, especula o biólogo, os incêndios florestais seriam devastadores. Se, ao contrário, a taxa fosse só de 12 por cento, não haveria incêndios e as florestas acabariam. Qual o papel do homem nesse eterno jogo de xadrez entre a vida e o ambiente? Para Lovelock, o ser humano, parte desse sistema, contribui ao ajuste do equilíbrio terrestre. Mas, adverte, à medida que o homem o altera e prejudica o ecossistema da Terra, ela própria se encarregará de eliminá-lo. Isso lembra inevitavelmente a teoria da mão invisível do mercado, tão cara aos economistas liberais clássicos. Segundo eles, o mercado tende por si só a regular os interesses conflitantes de vendedores e compradores de bens e serviços de modo a manter o sistema em permanente equilíbrio. Existiria também a mão invisível da natureza? Ler mais...


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