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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

O 1º caso de chikungunya em Pernambuco

PE tem 1º caso de doença que paralisa os músculos associada a chikungunya




O Hospital da Restauração, no Recife, divulgou o primeiro caso de miosite aguda causado pelo vírus da chikungunya. Segundo a equipe médica da unidade, apenas na Índia, entre 2013 e 2014, há registro de quatro pacientes que tiveram a doença provocada pela arbovirose transmitida pelo Aedes aegypti.

A miosite acomete os músculos do paciente e pode causar além de fortes dores, convulsões, paralisia de partes do corpo como o rosto, braços e pernas, por exemplo, e do aparelho respiratório, provocando infecção grave.

A enfermidade pode ser provocada por outras infecções, como a vasculite, que é a inflamação dos vasos sanguíneos, e também por doenças musculares. Se não for tratada no início, a doença pode levar à morte.

Segundo a equipe médica, Danielle Marques de Santana, 17, de Pesqueira (PE), morreu no último dia 6 de janeiro em decorrência da miosite. Em todo o mundo, agora são três os casos de óbito.

"Fizemos todos os exames e foi confirmado que a chikungunya levou ao quadro de miosite, que por sua vez provocou uma infecção generalizada, levando Danielle a óbito. É um caso inédito no país que acende mais uma luz vermelha", afirmou Lúcia Brito, chefe do setor de Neurologia do Hospital da Restauração.

Com sintomas semelhantes à síndrome de Guillain-Barré, que pode ser causada pelo vírus da zika, a miosite se diferencia pela alta taxa de enzimas nos músculos. "Não podemos falar ainda em grupos de riscos. Mas, acredita-se em uma predisposição genética e uma baixa imunidade do paciente", disse Lúcia Brito.

Segundo a médica, o caso foi comunicado à Vigilância Epidemiológica de Pernambuco e deve ser notificado ao Ministério da Saúde. "Exigirá dos profissionais de saúde mais atenção aos sintomas dessas arboviroses. São complicações sérias que podem ser curadas, mas, mesmo assim, deixar sequelas", afirmou a neurologista.

Em parceria com a Fiocruz Pernambuco, Lúcia coordena uma pesquisa que identifica a relação das arboviroses com complicações neurológicas, em especial, a Síndrome de Guillain-Barré. Em 2015, o Estado confirmou 55 casos da doença, quatro provocados pelo vírus da zika e dez mortes.

Este ano, só nos primeiros 15 dias de janeiro, a Secretaria de Saúde de Pernambuco registrou 701 casos suspeitos de chikungunya, em 69 municípios. Desses, 36 foram confirmados.

Procurado, o Ministério da Saúde disse que ainda não foi notificado e que, por isso, não iria se pronunciar.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2016/01/1734951-pe-tem-1-caso-de-doenca-que-paralisa-os-musculos-associada-ao-chikungunya.shtml

O que estamos esperando para eliminar o Aedes aegypti

Piracicaba elimina 82% de larvas de Aedes em área experimental





A Prefeitura de Piracicaba (a 160 km de São Paulo) anunciou nesta terça-feira (19) uma redução de 82% na quantidade de larvas do mosquito Aedes aegyptiem área experimental no bairro Cecap/Eldorado, em comparação com setor vizinho reservado para controle.
O resultado foi alcançado com uma versão transgênica do mosquito transmissor dos vírus dadengue, zika, chikungunya e febre amarela. A prefeitura agora planeja estender a experiência a áreas centrais da cidade de 390 mil habitantes 160 km a noroeste da capital paulista.
Segundo a Secretaria da Saúde de Piracicaba, na temporada de dengue 2014/15, o bairro Cecap/Eldorado tinha apresentado 133 casos de infecção, o maior índice da cidade. Na temporada seguinte, 2015/16, houve um único caso.
As fêmeas adultas do Aedes transmitem os vírus ao sugar o sangue de seres humanos. A empresa de origem britânica Oxitec criou uma linhagem de mosquitos machos (batizada OX513A) com um gene que faz todas as suas larvas –machos e fêmeas– morrerem antes de chegar à fase alada.
Soltos em quantidade suficiente numa região, transmosquitos competem com machos selvagens por fêmeas, que não aceitam nova inseminação após a cópula. O sistema, ainda sem licença do governo federal para emprego generalizado, não elimina por completo as fêmeas picadoras, mas reduz muito sua população.
"Fomos atrás da ferramenta que nos parecia mais adequada para ajudar nessa dura batalha contra o transmissor da dengue, do zika e da chikungunya", afirma o prefeito Gabriel Ferrato. Ele decidiu ampliar por um ano o teste experimental e incluir nele uma população entre 35 mil e 60 mil habitantes de área no centro da cidade, ainda por definir.
A soltura dos mosquitos transgênicos no ambiente tem de ser contínua. A demanda resultante por insetos modificados passará a ser atendida por uma fábrica que a Oxitec construirá em Piracicaba. Sua sede original, com produção limitada, fica em Campinas.
"Nos próximos anos faremos um investimento da ordem de milhões de reais nesta nova unidade de Aedes aegypti do Bem", diz Glen Slade, diretor da Oxitec do Brasil, referindo-se ao apelido propagandístico do inseto criado pela empresa. A unidade terá condições de atender mais de 300 mil pessoas.

ANVISA

A linhagem OX513A, no entanto, ainda não conta com licença da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser liberada em escala comercial, ilimitada, no ambiente. A Oxitec só conta com autorização para fazer testes experimentais em áreas restritas. Além do de Piracicaba, houve outro em Juazeiro (BA), que resultou em redução de 95% na população de Aedes.
Por ora, a empresa obteve licença só da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), em abril de 2014. Um mês depois, iniciou contatos com a Anvisa, mas até hoje não houve definição sobre o procedimento para autorizar a tecnologia em larga escala, nem mesmo se é da competência da Vigilância Sanitária fazer isso.
"Esta é uma tecnologia inovadora e diferente de todos os demais produtos e atividades regulados até o momento pela Anvisa e por outras agências estrangeiras", responde a agência desde agosto de 2015.
"A Anvisa está analisando o material apresentado pela empresa em caráter prioritário, inclusive com consultas a outras agências reguladoras internacionais que estão tratando de questões semelhantes. A análise envolve aspecto de segurança e, especialmente, eficácia da tecnologia."
A FDA, agência norte-americana de fármacos e alimentos, decidiu no final de 2014 que a linhagem OX513A deverá observar as exigências para registro de medicamentos veterinários, mas o processo ainda se encontra em andamento.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2016/01/1731048-piracicaba-elimina-82-de-larvas-de-aedes-em-area-experimental.shtml


domingo, 29 de novembro de 2015

Zika é oficialmente ligado à microcefalia

Brasília - O Ministério da Saúde confirmou oficialmente a relação entre a epidemia de microcefalia identificada no Nordeste e a infecção pelo zika. O Instituto Evandro Chagas, do Pará, identificou a presença do vírus, transmitido pelo Aedes aegypti, em exames feitos em uma criança do Ceará que nasceu com microcefalia e outras doenças congênitas. Além da ligação com microcefalia, o ministério confirmou a segunda morte associada ao zika. Trata-se de uma garota de 16 anos, da cidade de Benevides, no Pará. Ela morreu no mês passado, com a suspeita de dengue.

Este achado é, a exemplo da microcefalia, considerado de extrema importância por técnicos do ministério. Desde que chegou ao Brasil, no início do ano, o zika vírus era considerado como um problema de menor gravidade. Não havia registro na literatura internacional de mortes ligadas à doença, que até agora era chamada de "prima fraca" da dengue.


Com a segunda morte confirmada, o ministério decidiu mudar o protocolo de tratamento do paciente. A recomendação agora é que serviços de saúde passem a dispensar atendimento para possíveis casos de agravamento da zika semelhante ao que é realizado nos casos de dengue.

Na sexta-feira (27), o Instituto Evandro Chagas já havia confirmado a morte de um paciente com zika. O achado, embora relevante, foi analisado com cuidado pelos especialistas, por causa das condições do paciente: ele apresentava lúpus, uma doença autoimune que pode ter graves consequências quando o organismo é afetado por bactérias ou vírus, como é o caso do zika. "Era um paciente mais vulnerável", afirmou um integrante da equipe de pesquisa. O segundo caso, no entanto, acendeu o alerta vermelho. A menina apresentou como primeiros sintomas dor de cabeça, náuseas e pontos vermelhos na pele e nas mucosas em setembro. Ela morreu no fim de outubro.





O ministério diz estar estudando as razões tanto do caso do surto de microcefalia nos bebês quanto das mortes de pacientes brasileiros, ambos provocados pelo zika. A microcefalia, embora seja um achado de grande impacto para saúde pública, já era de certa forma esperado. Há duas semanas, conforme antecipou o Estado, a presença do zika já havia sido identificada em exames do líquido amniótico de dois fetos da Paraíba com microcefalia.

Como se trata de um assunto inédito na literatura, o ministério optou por continuar investigando antes de fazer uma afirmação categórica. Diante do terceiro caso de bebê nascido com má-formação, os técnicos do ministério afastaram qualquer dúvida. O mesmo, no entanto, não pode ser afirmado sobre as mortes provocadas pela infecção do vírus. Esse achado pegou de surpresa a comunidade científica nacional.



Primeiro trimestre - Com a constatação, outras pesquisas deverão ser realizadas para tentar decifrar a atuação do zika no organismo, como ele ataca o sistema nervoso em formação dos fetos e o período de maior vulnerabilidade para gestantes. A tese mais provável avaliada pelos pesquisadores é que o maior risco para o feto ocorreria ainda no primeiro trimestre da gestação, período em que o sistema neurológico do feto está em formação. O governo notificou a Organização Mundial da Saúde sobre os dois achados. Nesta semana, técnicos do Centro de Controle de Doenças, dos Estados Unidos, desembarcam no Brasil para participar das investigações, a convite do Ministério da Saúde.

Ao mesmo tempo em que procura respostas para dois problemas até então nunca vistos em associação com o zika, o governo deve reforçar as medidas para combate e controle do Aedes aegypti, mosquito transmissor tanto da dengue quanto do chikungunya e do zika. Levantamento feito pelo ministério mostra que 854 municípios, o equivalente a quase 50% da mostra -, estavam em situação de risco ou de alerta para as doenças, em razão do alto número de criadouros do mosquito.

O pesquisador da Fiocruz, Rivaldo Cunha, em entrevista ao Estado, alertou que o Pais está diante da ameaça de uma "tríplice epidemia" que, se não for evitada, poderá resultar em uma "tragédia sanitária". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.



Epidemia de microcefalia: qual a causa.

O Brasil está passando por um momento muito crítico do ponto de vista da saúde do seu povo. Nunca na história da medicina se viu uma situação como a que está acontecendo no Nordeste brasileiro, em relação ao aumento do número de casos de Microcefalia na região.
Não bastasse os quatro tipos da Dengue, a Chikungunya e a Zika, surge a Síndrome de Guillain-Barré e agora, a Epidemia de Microcefalia. 
Diante do quadro crítico que se desenvolve com tamanha rapidez, cientistas de todo o país se mobilizam em busca de uma explicação para a causa do problema mais prioritário no momento: a microcefalia.
Vejam que mapa assustador






"Doutor, e a cabeça?" Com o surto de microcefalia que atinge o Nordeste, essa tem sido a primeira pergunta das gestantes quando chegam para os ultrassons de rotina.

O pânico de que o bebê desenvolva a "má formação" do cérebro que pode trazer sequelas graves ao desenvolvimento tem levado grávidas com planos de saúde a repetirem exames sem necessidade e até pedirem ao obstetra a antecipação do parto.

Neste sábado (28), o Ministério da Saúde confirmou a relação da microcefalia com o vírus zika, transmitido pelo Aedes aegypti, o mesmo da dengue.

O país soma 739 casos da má formação neste ano (contra uma média de cem em anos anteriores).

Em Salvador (BA), Luana, 32 anos e na 27ª semana de gestação, conta que fez três ultrassons só neste mês para se certificar de que o bebê está bem. "Minha médica é contra, mas estou em pânico."

Segundo a obstetra e ultrassonografista Denise Matias, há pacientes agendando ultrassons só para medir a cabeça do feto, já que a microcefalia tem sido associada ao crânio menor que 33 cm.

"Há muita desinformação. As pessoas acham que toda cabeça inferior a 33 cm pode ser microcefalia, mas essa medida é para um bebê que nasce a termo. Prematuros, claro, têm um crânio menor."

O ginecologista Sergio Matos, também ultrassonografista e especialista em medicina fetal, vive situação semelhante. "Todas só querem saber o tamanho da cabeça."

Talita França, 32, relata que não para de pensar nos casos de microcefalia. Grávida de 22 semanas, ela só anda de calça comprida, camisas de manga longa e com muito repelente no corpo.

Na última terça, ao fazer o ultrassom morfológico, chorou ao ouvir da médica que estava tudo bem. "Estou aliviada, mas não despreocupada. Até o final da gestação vai ser essa tortura."

Luciane Brito, 38, vive angústia semelhante. "Não estou dormindo direito. Liguei para a minha médica pedindo para antecipar o parto. Estou na 37ª semana, acho que está bom, mas ela discorda."

Catarina Menezes, 33, grávida de oito semanas, esperava, aflita, o seu primeiro ultrassom. "Se eu soubesse desse zika, não engravidaria agora. Na TV, eles dizem: 'Evitem engravidar, evitem o Nordeste'. E o que fazemos, nós, grávidas que vivemos aqui?"








sábado, 7 de novembro de 2015

NASA abre processo seletivo para novos astronautas




Após passar quatro anos sem recrutar novos astronautas, a Nasa anunciou hoje que voltará a aceitar inscrições de candidatos àquele que é um dos empregos mais cobiçados por jovens no país.

O programa de candidatos a astronautas havia congelado a abertura de novas turmas em 2011, após a aposentadoria dos ônibus espaciais. Sem veículo próprio para missões tripuladas, os EUA passaram a depender das espaçonaves russas Soyuz pare levar suas equipes à ISS (Estação Espacial Internacional).


A Rússia continuará incumbida de fazer o leva-e-traz na ISS, mas como os EUA possuem projetos de espaçonaves tripuladas para outras finalidades, a Nasa decidiu ampliar seu quadro de astronautas reabrindo as inscrições.

Vagas disputadas

Quem quiser se candidatar a astronauta precisa ter cidadania americana, graduação nas áreas de engenharia, matemática ou ciências, além de mil horas de experiência em pilotagem de aviões a jato.

É preciso possuir altura mínima de 1,68 cm e máxima de 1,90, além de vista perfeita (20/20) e bons índices de saúde. Outros requisitos estão listados no site do programa.

As inscrições vão de 14 de dezembro até o meio de fevereiro, e o processo de seleção vai durar até meados de 2017, quando os nomes dos escolhidos serão anunciados.

A Nasa possui hoje um corpo de 47 astronautas na ativa, aptos a participar de novas missões. Desde o primeiro recrutamento, em 1959, pouco mais de 300 pessoas passaram pelo programa.

Emprego empolgante

"Essa é uma época empolgante para estar no programa de voos tripulados dos EUA, afirmou em comunicado à imprensa Brian Kelly, diretor do Centro Espacial Johnson da Nasa, em Houston. "Astronautas americanos estarão na linha de frente de missões espaciais novas e desafiadoras."

Os novos astronautas deverão estar entre aqueles que voarão na Orion, um módulo de exploração de grandes distâncias. Também deverão pilotar duas espaçonaves que farão o traslado até a ISS -- o CST-100 Starliner, da Boeing, e a Crew Dragon, da SpaceX.

"Este novo grupo de americanos exploradores do espaço vai inspirar a geração de Marte a tingir novas alturas, e nos ajudar a atingir a meta de colocar os pés no planeta vermelho", afirmou Charles Bolden, chefe geral da Nasa, em um vídeo que a agência criou para promover o recrutamento. 
Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/11/nasa-reabre-inscricao-para-candidatos-astronautas-apos-quatro-anos.html

Três homens e uma mulher testarão novas naves que servirão a agência espacial americana. Previsão é que voos comerciais rumo à Estação Espacial iniciem já em 2017.




Três homens e uma mulher foram nomeados nesta quinta-feira (9) pela agência espacial americana, a Nasa, como os primeiros quatro astronautas que irão voar a bordo de naves espaciais construídas pelas empresas privadas Boeing e SpaceX nos próximos anos.

Voos espaciais comerciais que transportam os astronautas para a Estação Espacial Internacional (ISS) estão marcados para começar em 2017, e irão restaurar o acesso dos EUA ao espaço depois de um hiato de seis anos após a aposentadoria do programa de ônibus espaciais em 2011.

“Estes astronautas veteranos ilustres estão abrindo uma nova trilha – uma trilha que um dia vai colocá-los nos livros de história e os americanos com os pés em Marte”, disse o administrador da Nasa Charles Bolden.

Mulher é a mais experiente

A astronauta mais experiente do quarteto é Sunita Williams, de 49 anos. Ela é um capitã e piloto de helicóptero da Marinha que já passou quase um ano (322 dias) no espaço. Sunita detém o recorde de tempo total cumulativo de caminhada espacial para uma astronauta, em 50 horas e 40 minutos, segundo a Nasa.

Doug Hurley, de 48 anos, é um coronel fuzileiro naval aposentado, que pilotou duas missões do ônibus espacial, incluindo a final, STS-135, em julho de 2011. Os outros, Eric Boe, 50, e Robert Behnken, 44, são os dois coronéis da Força Aérea que voaram em duas missões de ônibus espacial.

“Estamos muito animados em termos um grupo tão experiente de astronautas trabalhando com o Programa de Tripulação Comercial da Boeing e SpaceX, que voarão em missões de teste de voo das empresas”, explicou a gerente dos programas de Tripulação Comercial da Nasa, Kathy Lueders.

Nova safra de naves


A Boeing deve ser a primeira empresa comercial a transportar um astronauta da Nasa para o espaço a bordo da nave CST-100 no final de 2017. A SpaceX ainda não anunciou uma data para seu primeiro voo com tripulação da espaçonave Dragon.

A empresa com sede na Califórnia dirigida pelo empresário Elon Musk sofreu um grande revés no mês passado quando seu foguete Falcon 9 explodiu logo após o lançamento, destruindo a nave de carga que ia para a Estação Espacial Internacional.

Uma causa ainda não foi determinada para a explosão, que foi o terceiro acidente em oito meses envolvendo cargas que iam para o espaço.

O foguete Antares da Orbital explodiu após a decolagem em outubro, e Rússia perdeu o controle de uma nave de abastecimento Progress em abril.

A Nasa investiu US$ 4,2 bilhões na Boeing e US$ 2,6 bilhões na SpaceX para ajudar as empresas a construir um sucessor para o ônibus espacial e de incentivar a concorrência na indústria aeroespacial.

Enquanto isso, os astronautas do mundo voam para a ISS a bordo de naves espaciais Soyuz russas a um custo de US$ 70 milhões por assento.

Fonte: http://www.norteverdadeiro.com/nasa-seleciona-quatro-astronautas-para-voos-comerciais/

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Fiocruz – Fundação Oswaldo Cruz acaba de anunciar que desenvolveu um bioinseticida batizado de Dengue Tech

Enquanto a vacina contra a dengue não é lançada oficialmente no Brasil, a Fiocruz – Fundação Oswaldo Cruz acaba de anunciar que desenvolveu um bioinseticida batizado de Dengue Tech e totalmente eficaz contra a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, responsável pela dengue.


O Dengue Tech, produzido com tecnologia totalmente nacional, foi lançando pela Fundação Oswaldo Cruz na terça-feira, 3, durante um seminário no Rio de Janeiro.

De acordo com os pesquisadores, a grande vantagem do larvicida é que ele é sustentável, não causa riscos ao meio ambiente e nem à saúde humana e consegue matar em até 24 horas as larvas do mosquito Aedes Aegypti, vetor da dengue.
De acordo com os últimos dados do Ministério da Saúde, já são quase 1,5 milhão os casos de dengue em 2015 em todo o Brasil – o maior número da história, superando o total de casos registrados em todo o ano de 2013, quando houve a maior incidência da doença, que foi de 1.452.489 casos.



De acordo com Hayne da Silva, diretor da Farmanguinhos, unidade da Fiocruz que desenvolveu a tecnologia, esse pesticida é um importante avanço no combate ao mosquito, para controlar a atual epidemia da doença.



“Ele é aplicado onde se possa concentrar água parada, em jarros de plantas, em pneus, locais onde se possa ter concentração e formação de larvas do mosquito a partir de água não potável”, diz Hayne da Silva. “É uma importante estratégia para evitar que a gente continue com a epidemia em larga escala como a gente tem vivido em nosso país.”

Além da dengue, o pesticida também vai impedir novos casos das febres chikungunya e zika, doenças também transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti.
O pesquisador da Fiocruz-MS Rivaldo Venâncio ressaltou que desde que o primeiro caso de chikungunya foi divulgado, em setembro do ano passado, e que casos da virose zika começaram a se espalhar principalmente pelo Nordeste, combater essas doenças também se tornou um desafio para os pesquisadores e autoridades de saúde.

“As três doenças são extremamente graves e preocupantes”, afirma Venâncio. “Dengue, porque pode matar, e tem matado em um percentual elevado, diga-se de passagem. Chikungunya, porque pode tornar-se crônica. E a Zika, porque pode causar algumas complicações decorrentes da infecção por esse vírus, complicações igualmente preocupantes.”

A ideia da Fiocruz, segundo o diretor da Farmanguinhos, Hayne da Silva, é vender o pesticida inicialmente só para órgãos públicos, como as Secretarias de Saúde que atuam no combate ao mosquito.
“Num primeiro momento seria a venda direta às Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, para depois um lançamento para varejo, e aí, sim, utilização pela população em seus espaços domésticos”, informou Hayne da Silva.
Segundo Rodrigo Pérez, diretor da BR3, empresa que ganhou a licitação e vai produzir e vender o larvicida no Brasil, a expectativa é de que num prazo de três meses o produto já esteja disponível para a população. O pote de Dengue Tech com 10 tabletes deve chegar aos mercados no início de 2016 e custará em média R$ 35,00.
Rodrigo Pérez explica que a ação do Dengue Tech dura até 60 dias, e o seu manuseio é bem simples:
“Basta colocar um tablete onde a água já está acumulada, onde o criadouro já está estabelecido, ou mesmo onde a água se acumulará, como num prato de flores ainda seco, evitando que em uma chuva acumule água e forme ali um criadouro.”
O novo pesticida foi desenvolvido à base do bacilo Bti, não deixando que o inseto se torne resistente ao produto, principal vantagem em relação aos pesticidas disponíveis atualmente no mercado.





segunda-feira, 26 de outubro de 2015

NASA afirma: Vida alienígena aparecerá em 20 anos


De acordo com um cálculo elaborado por especialistas da NASA, existem 100 milhões de planetas em nossa galáxia que poderiam abrigar alguma forma de vida inteligente. É bem possível, portanto, que, daqui a duas décadas, a humanidade descubra a existência de seres extraterrestres. Durante a última conferência na sede de Washington, representantes da NASA revelaram um plano para procurar vida extraterrestre com a ajuda da última tecnologia em telescópios.
A previsão é que, em 2017, seja lançado o Transiting Exoplanet Survey Satellite (TESS), que vai trabalhar em conjunto com o telescópio espacial James Webb, a ser lançado um ano depois. Ambos vão atuar para descobrir se, em algum dos milhões de planetas potencialmente aptos para a vida inteligente, existe alguma impressão química que a comprove. “O que não sabíamos há cinco anos é que, em, aproximadamente, 10% a 20% dos casos, há planetas do tamanho da Terra que orbitam estrelas e que se encontram na zona habitável”, declarou Matt Mountain, um dos cientistas que preparam o lançamento do telescópio James Webb.
“Está no nosso alcance chegar a uma descoberta que vai mudar o mundo para sempre”. “Penso que, dentro de 20 anos, descobriremos que não estamos sozinhos no universo”, afirmou o astronauta Kevin Hand, que acredita que Europa, um dos satélites de Júpiter, pode abrigar vida.

Vida Extraterrestre

Publicado em 25 de mar de 2014

Programa exibido em 23/03/2014, com a presença de Douglas Galante, doutor em astronomia pelo Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP, e do professor emérito da USP, Sylvio Ferraz Mello - doutor em ciências matemáticas pela Academia de Paris e recebeu o título de Doutor Honoris Causa do Observatório de Paris. 
A apresentação foi de Boris Casoy e como entrevistadores estavam na bancada os jornalistas Fernando Mitre e Ulisses Capozzoli.


Aguardem... teremos muito mais informações sobre esse assunto...

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Eclípse Lunar Total 2015

  



Astrônomos profissionais e amadores de diversas regiões do planeta vieram passar o primeiro fim de semana a primavera no Brasil por um motivo muito especial. Um evento raro ocorre na noite de 27 de setembro de 2015: um eclipse total lunar de uma super lua.



Por que esta noite é tão especial?

São dois eventos astronômicos especiais numa mesma noite: o eclipse e a super lua. Segundo a NASA, o eclipse total lunar de uma super lua ocorreu apenas 5 vezes nos anos 1900: 1910, 1928, 1946, 1964 e em 1982. O próximo eclipse total lunar vai ocorrer em 31 de janeiro de 2018 e não será visível no Brasil. A próxima vez que teremos ao mesmo tempo um eclipse total lunar e uma super lua será só em 8 de outubro de 2033! Portanto, o que o evento de 27/28 de setembro de 2015 é realmente raro. 

O que é a super lua?


Uma super lua é nome popular que se dá uma lua cheia que acontece muito próxima do horário do perigeu lunar, que é o ponto de maior aproximação da Lua com a Terra. O apogeu é o momento quando a Terra e a Lua estão mais distantes. Por estar no ponto mais próximo da Terra, a Lua cheia de 27 de setembro de 2015 parecerá 12% maior para um observador que está na Terra.
Só o fato de termos uma super lua já é um ótimo motivo para você olhar para o céu e clicá-la! Esta Lua enorme já estará visível a partir da 18 horas de 27 de setembro.



Brasil tem visibilidade privilegiada

No mapa de visibilidade no fenômeno em todo o planeta, vemos que toda a América do Sul poderá apreciar o eclipse total lunar de 2015 na sua totalidade, em todas as fases, do começo ao fim. Porém, o Brasil tem uma posição privilegiada, pois quanto mais ao leste, mais próximo oceano Atlântico, maior é o tempo de observação.
Fonte: http://www.climatempo.com.br/noticia/2015/09/27/previsao-para-o-eclipse-total-lunar-27-28-setembro-7600











sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Jogos Olímpicos Rio 2016: vergonha mais uma vez para o Brasil.

Poluição da Baía de Guanabara assusta pesquisadores e atletas para a Rio 2016.

De longe é linda: cercada de formações espetaculares como o Pão de Açúcar e o Morro da Urca, de Mata Atlântica, ilhas e belas praias que deveriam fazer a alegria de banhistas. Essa é a Baía de Guanabara, no Estado do Rio de Janeiro. De perto, sobram muitas garrafas e sacos plásticos, esgoto e muita, muita poluição.
Isso porque deságuam na baía os resíduos domésticos sem qualquer tratamento prévio e toneladas de lixo, produzidos pelos oito milhões de habitantes de sua bacia hidrográfica. Centenas de indústrias e refinarias de petróleo também colaboram para reduzir drasticamente a qualidade do mar. O impacto pode ser notado, por exemplo, pela população de golfinhos. Em 1980, estima-se, eram cerca de 400 na baía, hoje restam apenas 40.
Ainda assim, é na Baía de Guanabara que se darão as competições aquáticas durante as Olimpíadas de 2016. Por isso, o Estado e a Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro investem cerca de R$1,3 bilhões em saneamento básico na região. Novas estações de tratamento foram instaladas e outras tiveram a capacidade aumentada. Até os jogos, a meta é que 80% do esgoto passe por tratamento.

Lixo na Baía

Em um esforço para limpar as águas da Guanabara, o Estado do Rio de Janeiro possui ações complementares: 11 barreiras estão em rios e canais que deságuam na baía para tentar conter o lixo flutuante e três barcos trabalham para recolher parte dos resíduos que não foram evitados. Até dezembro de 2014, a meta é ter 19 barreiras e 10 barcos em operação.

sexta-feira, 31 de julho de 2015

Zica Vírus vs Síndrome de Guillain - Barré: quem vem primeiro?


Olá pessoal!

Estamos de volta com mais essa postagem bem interessante para todas as pessoas interessadas no assunto que mais chamou atenção nas redes sociais e, principalmente, aqui no meu blog. Tivemos um acesso de mais de 5000 visitantes em apenas 20 dias da postagem do tema que aborda sobre o Zika vírus e, pensando nisso e muito preocupado com as falas de algumas pessoas que, carinhosamente deixaram os seus comentários no blog, pesquisei vários vídeos de especialistas no assunto e organizei de forma que você, leitor do meu blog, possa esclarecer todas as suas dúvidas sobre esses temas tão relevantes.


1. Zika vírus: o que é, sintomas e tratamento


2. Pacientes contraem nova doença após serem infectados pelo Zika Vírus






3. Síndrome Guillain Barré vs. Zika Vírus: uma aula do professor Romulo Passos




quinta-feira, 23 de julho de 2015

Guillain-Barré, chikungunya e zika são temas de palestra no MP-BA

Guillain-Barré, chikungunya e zika são temas de palestra no MP-BA


Em ascendência na Bahia, doenças como chikungunya, zika virus e síndrome de Guillain-Barré serão temas de um bate-papo no auditório do Ministério Público do Estado (MP-BA), que fica no Centro Administrativo da Bahia (CAB), na terça-terça-feira (21). O evento será aberto ao público e irá ocorrer das 9h30 às 12h.

Conforme o MP, o público que comparecer ao evento poderá acompanhar uma palestra da médica infectologista Adielma Nizarala. Além de abordar as causas e sintomas das doenças, a médica irá falar sobre cuidados necessários para a prevenção dos problemas.

O bate papo é promovido pelo Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde (Cesau), do MP-BA.

Balanço

Até a sexta-feira (17), segundo a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), foram notificados 101 casos da síndrome Guillain-Barré na Bahia. Uma mulher de 26 anos já morreu vítima da doença no estado. Segundo a Sesab, dentre os 49 casos confirmados, 47 têm histórico de dengue, zika ou chikungunya.

Dos notificados, em 23 pacientes a síndrome foi descartada, 24 continuam em investigação e cinco casos são de outros eventos neurológicos. Salvador tem o maior número de pacientes com a síndrome - 38 dos 49 confirmados. O próximo boletim será divulgado nesta terça-feira (21) pelo governo.

O número de leitos reservados na Bahia só para receber pacientes com a síndrome saiu de 18 para 36, segundo o governo estadual. Além disso, o governo informou que pediu ao governo federal um aporte de R$ 15 milhões para enfrentamento das epidemias. O projeto de combate e contingência foi submetido há 60 dias.

Doenças

A Síndrome Guillain-Barré é uma doença neurológica rara, que não tem causa definida, mas pode ser associada a doenças virais. Ela causa fraquezas ascendentes e paralisias flácidas, que costumam começar pelos membros inferiores e podem atingir as vias respiratórias.

De acordo com informações do Ministério da Saúde, o Sistema Único de Saúde (SUS) tem 35 procedimentos para tratamento da síndrome, entre diagnósticos, clínicos, cirúrgicos, de reabilitação e medicamentos.

De acordo com a Sesab, a Bahia vive epidemia de dengue, chikungunya e zika. A dengue tem 45.538 notificações, a chikungunya 11.351 e, além disso, já são 32.873 de doença exantemática indeterminada, tipo a zika.

A zika foi identificada a partir de fevereiro de 2015 após diversas ocorrências de casos de uma doença com sinais e sintomas que se assemelham a dengue, mas com características clínicas diferentes como manchas na pele e febre de baixa intensidade. No dia 21 de maio, o Ministério da Saúde informou a validação da metodologia utilizada pelos pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (UFBA) que identificaram a doença como Zika Vírus.

O número de leitos reservados na Bahia só para receber pacientes com a síndrome saiu de 18 para 36, segundo o governo estadual. Além disso, o governo informou que pediu ao governo federal um aporte de R$ 15 milhões para enfrentamento das epidemias. O projeto de combate e contingência foi submetido há 60 dias.

Doenças

A Síndrome Guillain-Barré é uma doença neurológica rara, que não tem causa definida, mas pode ser associada a doenças virais. Ela causa fraquezas ascendentes e paralisias flácidas, que costumam começar pelos membros inferiores e podem atingir as vias respiratórias.

De acordo com informações do Ministério da Saúde, o Sistema Único de Saúde (SUS) tem 35 procedimentos para tratamento da síndrome, entre diagnósticos, clínicos, cirúrgicos, de reabilitação e medicamentos.

De acordo com a Sesab, a Bahia vive epidemia de dengue, chikungunya e zika. A dengue tem 45.538 notificações, a chikungunya 11.351 e, além disso, já são 32.873 de doença exantemática indeterminada, tipo a zika.

A zika foi identificada a partir de fevereiro de 2015 após diversas ocorrências de casos de uma doença com sinais e sintomas que se assemelham a dengue, mas com características clínicas diferentes como manchas na pele e febre de baixa intensidade. No dia 21 de maio, o Ministério da Saúde informou a validação da metodologia utilizada pelos pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (UFBA) que identificaram a doença como Zika Vírus.

Veja também

Em quatro dias, número de pessoas com Guillain-Barré sobe de 42 para 49
Boletim atualizado foi divulgado pela Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab).
Do total de confirmações, 47 têm histórico de dengue, zika ou chikungunya.

Em quatro dias, o número de paciente que contraíram a síndrome Guillain-Barré subiu de 42 para 49 na Bahia e a quantidade de casos notificados passou de 76 para 101, de acordo com balanço da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), divulgado na noite desta sexta-feira (17), com base nas informações da Superintendência de Vigilância e Proteção à Saúde (Suvisa).
Uma mulher de 26 anos já morreu vítima da doença no estado. Segundo a Sesab, dentre os 49 casos confirmados, 47 têm histórico de dengue, zika ou chikungunya. Dos notificados, em 23 pacientes a síndrome foi descartada, 24 continuam em investigação e cinco casos são de outros eventos neurológicos. Salvador tem o maior número de pacientes com a síndrome - 38 dos 49 confirmados. O próximo boletim será divulgado na terça-feira (21) pelo governo.

sábado, 18 de julho de 2015

A Síndrome de Guillain-Barré: é rara, mas pode afetar qualquer pessoa.

Médica Explica a Síndrome de Guillain Barré; pacientes tiveram manchas

Os dois pacientes internados no Hospital Couto Maia, em Salvador, com a Síndrome Guillain-Barré, deram entrada na unidade com sintomas como manchas na pele, porém ainda não há confirmação de que tenham sido decorrentes do Zika Vírus. Exames já foram encaminhados para análise de laboratório. Segundo a médica infectologista Ceuci Nunes, a doença é ainda mais rara se ocasionada em decorrência de vírus como Zika. Dos dois casos, um tem quadro de saúde estável e outro requer cuidados especiais.
A Bahia tem mais de 28 mil casos notificados de Zika Vírus, de acordo com a diretora do Couto Maia. A doença foi descoberta por pesquisadores do estado. "Eles tiveram doença exantemática [infecciona sistêmica], que dá manchas na pele muito sugestivas à Zika. Os exames foram colhidos e encaminhados. Ainda não temos o resultado confirmando que é Zika", informou.
Sobre a Síndrome Guillain-Barré, a médica informou que ela é rara e pode ter relação com doenças virais. "É uma doença neurológica que não tem causa definida, mas pode ser associada a doenças virais, como o Zika. É uma síndrome rara e, causada após a Zika, é mais rara ainda. Já são mais de 28 mil casos notificados de Zika e dois da Síndrome Guillain-Barré", explicou Nunes. A doença pode causar paralisia. "A síndrome causa fraquezas ascendentes, uma paralisia flácida, mas a doença pode agravar até causar paralisia na musculatura respiratória e, com isso, o paciente necessita de suporte ventilatório para auxiliar na respiração", disse a médica.
Segundo dados do Ministério da Saúde, não existem dados epidemiológicos específicos da síndrome no Brasil, mas é a maior causa de paralisia flácida generalizada no mundo.
A maior parte dos pacientes percebe a doença através de sensação de parestesias, que são sensações cutâneas como frio, calor e formigamento, nas extremidades dos membros inferiores e, em seguida, superiores.
De acordo com a especialista, a paralisia flácida é caracterizada por fraqueza ascendente ou paralisia na redução do tônus muscular - contração miníma de músculo em repouso. A médica Ceuci Nunes afirmou que, com o tratamento, a maior parte dos pacientes apresenta melhoras. "Mais de 80% melhoram com o tratamento. Tem medicação para a síndrome, que é utilizada na fase aguda. O medicamento pode evitar a progressão", explicou.
O diagnóstico inicialmente é clínico. Depois, o paciente passa pelo exame do líquor, quando o líquido da medula é retirado. O exame é semelhante ao utilizado para diagnóstico da meningite, mas a médica enfatiza que não há qualquer relação entre as doenças. "O exame é semelhante, mas a síndrome não é meningite".
Os pacientes com sintomas devem procurar as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e os postos de saúde. Nesses locais, será realizado o diagnóstico inicial e, em caso de suspeita da síndrome, o paciente será encaminhado para o Hospital Couto Maia.


Governo Confirma Dois Casos de Síndrome de Guillain-Barré na Bahia

Secretaria de Saúde informa que 2 pacientes estão internados em Salvador.

Segundo o governo, a doença pode ser causada por vírus como o Zika. 

A Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) confirmou dois casos de Síndrome Guillain-Barré na Bahia. Os pacientes estão internados no Hospital Couto Maia, em Salvador, um com quadro de saúde estável e outro que requer cuidados especiais.
De acordo com a Sesab, a síndrome pode ser causada por diversos vírus, entre eles, o Zika e o Epstein Barr. Os detalhes do quadro dos pacientes ou da doença ainda não foram informados.
Uma portaria do Ministério da Saúde afirma que a síndrome é a maior causa de paralisia flácida generalizada no mundo. A doença tem caráter autoimune e acomete os nervos periféricos de forma aguda e subaguda, segundo o Ministério.
Fonte: http://g1.globo.com/bahia/noticia/2015/06/governo-confirma-dois-casos-de-sindrome-guillain-barre-na-bahia.html

Entenda Melhor

Dr. Drauzio Varella

A Síndrome de Guillain-Barré, também conhecida por polirradiculoneuropatia idiopática aguda ou polirradiculopatia aguda imunomediada, é uma doença do sistema nervoso (neuropatia) adquirida, provavelmente de caráter autoimune, marcada pela perda da bainha de mielina e dos reflexos tendinosos. Ela se manifesta sob a forma de inflamação aguda desses nervos e, às vezes, das raízes nervosas.

O processo inflamatório e desmielizante interfere na condução do estímulo nervoso até os músculos e, em parte dos casos, no sentido contrário, isto é, na condução dos estímulos sensoriais até o cérebro.

Emgeral, a moléstia evolui rapidamente, atinge o ponto máximo de gravidade por volta da segunda ou terceira semana e regride devagar. Por isso, pode levar meses até o paciente ser considerado completamente curado. Em alguns casos, a doença pode tornar-se crônica ou recidivar.

Causas

Não se conhece a causa específica da síndrome. No entanto, na maioria dos casos, duas ou três semanas antes, os portadores da síndrome manifestaram uma doença aguda provocada por vírus (citomegalovírus, Epstein Barr, da gripe e da hepatite, por exemplo) ou bactérias (especialmente Campylobacter jejuni ). A hipótese é que essa infecção aciona o sistema de defesa do organismo para produzir anticorpos contra os micro-organismos invasores. No entanto, a resposta imunológica é mais intensa do que seria necessário e, além do agente infeccioso, ataca também a bainha de mielina dos nervos periféricos.

Cirurgias, vacinação, traumas, gravidez, linfomas, gastrenterite aguda e infecção das vias respiratórias altas podem ser consideradas outras causas possíveis da polirradiculoneuropatia aguda.

Sintomas

O sintoma preponderante da Síndrome de Guillain-Barré é a fraqueza muscular progressiva e ascendente, acompanhada ou não de parestesias (alterações da sensibilidade, como coceira, queimação, dormência, etc.), que se manifesta inicialmente nas pernas e pode provocar perdas motoras e paralisia flácida. Com a evolução da doença, a fraqueza pode atingir o tronco, braços, pescoço e afetar os músculos da face, da orofaringe, da respiração e da deglutição.

Em número menor de casos, o comprometimento dos nervos periféricos pode produzir sintomas relacionados com o sistema nervoso autônomo, como taquicardia, oscilações na pressão arterial, anormalidades na sudorese, no funcionamento dos intestinos e da bexiga, no controle dos esfíncteres e disfunção pulmonar.

Os sintomas regridem no sentido inverso ao que começaram, isto é, de cima para baixo.

Diagnóstico

O diagnóstico tem como base a avaliação clínica e neurológica, a análise laboratorial do líquido cefalorraquiano (LCR) que envolve o sistema nervoso central, e a eletroneuromiografia.

É muito importante estabelecer o diagnóstico diferencial com outras doenças autoimunes e neuropatias, como a poliomielite e o botulismo, que também podem provocar déficit motor.


Tratamento

O tratamento da síndrome conta com dois recursos: a plasmaférese (técnica que permite filtrar o plasma do sangue do paciente) e a administração intravenosa de imunoglobulina para impedir a ação deletéria dos anticorpos agressores. Exercícios fisioterápicos devem ser introduzidos precocemente para manter a funcionalidade dos movimentos.

Medicamentos imunosupressores podem ser úteis, nos quadros crônicos da doença.

Importante: A síndrome de Guillain-Barré deve ser considerada uma emergência médica que exige internação hospitalar já na fase inicial da evolução. Quando os músculos da respiração e da face são afetados, o que pode acontecer rapidamente, os pacientes necessitam de ventilação mecânica para o tratamento da insuficiência respiratória.

Recomendações

Esteja atento às seguintes considerações:

* Em grande parte dos casos, a síndrome de Guillain-Barré é um distúrbio autolimitado. No entanto, o paciente deve ser levado imediatamente para o hospital assim que apresentar sintomas que possam sugerir a doença, porque pode precisar de atendimento de urgência;

* Como ainda não foram determinadas as causas da doença, não foi possível também estabelecer as formas de preveni-la;

* O processo de recuperação da síndrome, em geral, é vagaroso, mas o restabelecimento costuma ser completo;

* É muito pequeno o número de casos da síndrome em que a causa pode ser atribuída à vacinação, em geral, contra gripe e meningite. Por isso, as pessoas devem continuar tomando essas vacinas normalmente;

* A fisioterapia é um recurso fundamental especialmente para o controle e reversão do déficit motor que a síndrome pode provocar.

Publicado em 18/08/2011