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quinta-feira, 19 de julho de 2018

Bactérias podem ajudar no controle da infecção e da transmissão do zika vírus



Bactérias podem ajudar no controle da infecção e da transmissão do zika vírus


O Aedes aegypti é o mosquito transmissor do zika vírus. Este inseto, facilmente encontrado em zonas urbanas, pode produzir até cinco ninhadas de 200 ovos ao longo de sua vida. Para o bom desenvolvimento dos ovos, as fêmeas necessitam de uma proteína que encontram, preferencialmente, no sangue humano. Para acessar essa proteína utilizam uma estratégia curiosa: em vez de sugarem todo o sangue necessário de uma só vez, as fêmeas desferem múltiplas picadas em diferentes pessoas, e sugam apenas pequenas quantidades em cada uma delas. Isso faz com que o número de pessoas que um único mosquito que contenha o zika vírus pode infectar seja bem grande.

Na ausência de vacinas, as poucas opções atuais de controle da zika se limitam à redução das populações do mosquito transmissor. No entanto, as estratégias conhecidas, tais como a utilização de inseticidas e o controle das larvas, não têm sido eficazes. Há, portanto, uma necessidade urgente de abordagens mais eficientes para o controle do vetor. Uma bactéria que vive no interior do Aedes aegypti tem sido apontada como um novo caminho de combate à doença.

Bactérias do gênero Wolbachia são naturalmente encontradas em associação com alguns grupos de insetos e, atualmente, são utilizadas ao redor do mundo como parte de novas estratégias para o controle da transmissão de alguns micro-organismos, como os vírus da dengue e da malária. Uma vez no corpo dos mosquitos, essas bactérias podem bloquear a transmissão destes vírus.

Sabendo disso, pesquisadores da Fiocruz testaram a habilidade de bactérias Wolbachia de minimizar a infecção e a transmissão do zika vírus pelo Aedes aegypti. No experimento, os cientistas utilizaram mosquitos com e sem bactérias Wolbachia em seus organismos e os infectaram com dois tipos de zika vírus. Após 14 dias da infecção, coletaram saliva de todos os mosquitos e injetaram em dois grupos de mosquitos sadios, um que abrigava Wolbachia e outro que não abrigava. O resultado foi que, após 14 dias da infecção, vetores contendo bactérias Wolbachia apresentaram redução de até 90% dos vírus em sua cabeça/tórax, de até 68% em seus abdomens e de 55% em sua saliva.

Para testar se os vírus encontrados nos mosquitos com e sem a bactéria podiam vir a desencadear a zika, os pesquisadores injetaram saliva dos dois tipos de mosquitos em um terceiro grupo de Aedes aegypti que não continha essas bactérias em seu organismo. E o que observaram foi que a infecção não foi detectada quando a saliva foi proveniente dos que continham Wolbachia. Fonte: http://www.curtamicro.com.br/bacterias-contra-zika.html


Doenças transmitidas por mosquitos é o tema do Ciência Aberta


Pesquisadores debatem os desafios enfrentados em estudos e na prevenção de doenças como zika, dengue, chikungunya e febre amarela.



Zika vírus pode aumentar o risco de aborto espontâneo, diz novo estudo


O resultado, visto em primatas, indica a presença da relação mesmo que a gestante não apresente sintomas da infecção. Entenda o que já se sabe sobre o tema!


Em testes com primatas, cientistas norte-americanos observaram que até 26% das mulheres infectadas pelo zika vírus no início da gravidez podem sofrer abortos ou dar à luz filhos natimortos. A descoberta foi divulgada no periódico Nature e, apesar de ser fruto de análises em animais, fortalece suspeitas antigas dos pesquisadores sobre o efeito do vírus nas gestações humanas para além da microcefalia.
Os dados, analisados posteriormente por diversas universidades, foram colhidos em 6 Centros Nacionais de Pesquisas de Primatas dos Estados Unidos. Os macacos também contraem o zika e, em um ambiente controlado, os acadêmicos conseguem observar a infecção e seu avanço de maneira mais precisa do que nos estudos com humanos.
“Há limitações nos trabalhos com mulheres grávidas, pois eles acabam incluindo, na maioria das vezes, só as que tiveram sintomas da infecção, mas mais da metade das pessoas com zika praticamente não apresenta sinais da presença do vírus no organismo”, apontou Dawn Dudley, autora do estudo e pesquisadora da Universidade de Wisconsin-Madison, em um comunicado à imprensa
Fonte: https://bebe.abril.com.br/gravidez/zika-virus-pode-aumentar-risco-de-aborto-espontaneo/

Brasil entra na batalha final contra o zika

Vacina contra o vírus, que já foi testada com sucesso em animais, está em fase de testes em humanos e agora precisa de voluntários para seguir evoluindo. Resultados são esperados dentro de dois anos.






Um grupo de pesquisadores internacionais está desenvolvendo uma vacina que poderá ser usada contra o zika, vírus que causou uma epidemia em 2015 e foi declarado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) emergência sanitária global em 2016. Os primeiros testes começaram em janeiro em centros em São Paulo, Estados Unidos, Colômbia, Costa Rica, Equador, México, Panamá, Peru e Porto Rico. A expectativa é que os resultados sejam conhecidos dentro de dois anos.

"Os testes estão sendo feitos nesses países porque esperamos que, muito provavelmente, outras epidemias do vírus zika aconteçam em regiões mais quentes, especialmente nas Américas, onde o vírus vem circulando com muita intensidade desde 2015", justifica o médico Esper Kallas, professor da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) e coordenador da produção das vacinas em São Paulo.

A vacina, que já foi testada com sucesso em animais, encontra-se em fase de testes em humanos e agora precisa de voluntários para seguir evoluindo. No laboratório da FMUSP, em São Paulo, onde os testes brasileiros são realizados, são necessários 220 voluntários entre 15 e 35 anos, saudáveis, homens e mulheres.

"Essa população é exatamente o intervalo que mais concentra a idade reprodutiva. E está aqui a grande ameaça do vírus: quando uma mulher está grávida e é infectada pelo zika, o vírus pode ser transmitido para o bebê e causar malformações, inclusive a microcefalia. Saber se a vacina pode proteger contra o zika é especialmente importante para essa faixa etária", explica Kallas.

Emergência global

O primeiro caso de zika na América ocorreu no Nordeste do Brasil e foi notificado em maio de 2015. Em fevereiro de 2016, o vírus já havia infectado populações de 28 países da América Latina e do Caribe.

Inicialmente tida como uma doença leve – já que o infectado apresenta apenas febre baixa, conjuntivite, erupção cutânea e dores nas articulações –, a enfermidade passou a ser tratada como emergência internacional em 2016, após as primeiras evidências da relação do zika vírus com o aumento de casos de microcefalia no Brasil, uma doença que afeta o desenvolvimento e crescimento do cérebro da criança, causando severas sequelas mentais e motoras para o resto da vida. A microcefalia não tem cura.

De acordo com o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, de novembro de 2015 a maio de 2018 foram notificados 16.028 casos de malformações resultantes do zika, com confirmação de 3.124 casos até o momento. No mesmo período, também foram notificadas 1.064 mortes de bebês suspeitas de estarem relacionadas com vírus zika, com confirmação em 327 casos.

A vacina

Kallas assegura que a vacina que está sendo testada nas Américas é segura. Os resultados preliminares da primeira fase de testes, com animais, foram satisfatórios e publicados na Science, uma das mais influentes revistas de pesquisa científica do mundo. Os testes em humanos também mostram resultados animadores.

"Mais de uma centena de pessoas já recebeu as doses da vacina, e observamos, mais uma vez com sucesso, a produção de anticorpos entre os vacinados", conta Kallas, lembrando que, no Brasil, ainda é preciso mais testes em pessoas para que se confirme a eficácia da imunização.
Em todos os centros de pesquisa envolvidos, espera-se contar com 2.400 voluntários para testar a vacina. Os voluntários passarão por uma bateria de exames e, comprovado o bom estado de saúde, receberão três doses da vacina e serão acompanhados até 2019.

"O estudo está previsto para durar dois anos, mas esperamos que a resposta sobre se a vacina vai funcionar chegue antes disso", afirma Kallas.

O médico Jorge Kalil, professor de Imunologia Clínica e Alergia da Faculdade de Medicina da USP e ex-presidente do Instituto Butantan, um dos principais institutos produtores de vacinas no Brasil, explica que, se houver um novo surto em algum dos países em que a vacina é testada em menos de dois anos, a resposta sobre a eficácia poderá ser observada mais rapidamente, uma vez que os vacinados estarão em contato com o vírus em um ambiente natural.

"Como a incidência da doença provocada pelo zika é baixa atualmente, ainda se necessita de muitos voluntários para os testes em laboratório", explica Kalil.

Vacina em mulheres grávidas

Kallas explica que, mesmo em fase de teste, a vacina pode ser aplicada em quase todas as pessoas, mas, por precaução, os pesquisadores não estão vacinando gestantes, "embora tenhamos a perspectiva de usar a vacina inclusive em mulheres grávidas no futuro", afirma.
Kallas assegura que não é possível ser infectado por vírus zika por meio da vacinação. "A vacina não é feita de vírus vivo nem de vírus neutralizado. A vacina é feita de um plasmídeo [molécula de DNA] derivado de uma bactéria que, no homem, é inerte. Neste plasmídeo se inseriram os genes de duas proteínas que induzem a resposta protetiva. Não há vírus na vacina", garante Kallas.

De acordo com o médico, a vacina que está sendo desenvolvida apresenta um novo conceito que poderá "combater não somente o zika, mas várias outras doenças infecciosas no futuro".
Misteriosa queda no surto
Segundo o Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa), do Ministério da Saúde, publicado em junho, 1.153 municípios brasileiros, o equivalente a cerca de 22% do território nacional, apresentam um alto risco de surto para dengue, zika e chikungunya em 2018.

Apesar da alta circulação do vírus este ano, Kalil explica que o quadro é muito diferente do observado em 2015 e 2016, quando houve a epidemia de zika.

"Se olharmos para o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, veremos que houve uma diminuição drástica do número de casos de zika no Brasil desde 2016", diz o professor.
"O motivo? Não se sabe ao certo. Mudança climática? Alteração do ciclo de vida do mosquito? Ou o primeiro surto foi tão grande que deixou poucos indivíduos suscetíveis? Não sabemos ainda", afirma, apontando que ainda existem muitas perguntas a serem respondidas sobre o surto de zika nas Américas.

Apesar de ser inverno em grande parte da América, período em que há a menor probabilidade de transmissão do vírus, a microcefalia continua sendo uma ameaça, segundo a OMS. Fonte: https://www.dw.com/pt-br/brasil-entra-na-batalha-final-contra-o-zika/a-44634557




segunda-feira, 5 de março de 2018

Tudo sobre as vacinas

 Tudo sobre o desenvolvimento de vacinas: o que são, quais os tipos e como são feitas.


 O que são vacinas?

 

As vacinas são algumas das substâncias mais importantes da sociedade, pois elas atuam diretamente na prevenção de doenças. Sendo assim, são formas de evitar epidemias ou sofrimento pessoal com doenças e tratamentos. As vacinas agem contra vírus e bactérias que geram diferentes patologias ao corpo humano.
Além disso, a vacina pode chegar a erradicar doenças de uma sociedade. Afinal, ao ter pessoas imunes, a doença para de ser transmitida. Um caso muito famoso na história é a erradicação da varíola, em 1977.
As vacinas ajudam o organismo humano a ficar protegido de vírus e bactérias causadores de doenças. Talvez algumas pessoas não saibam, mas há certos tipos de vacina que são administradas por via oral, além das famosas injeções que são aplicadas no braço, ou em outras regiões do corpo.
Os laboratórios produzem a vacina a partir dos próprios organismos causadores das doenças, mas enfraquecidos, mortos ou com algum derivado deles. Primeiro, os vírus são injetados em células animais, como as de um ovo de galinha. Depois que se proliferam, passam por um processo de enfraquecimento, ou seja, não irão mais causar a doença. Entretanto, continuam fazendo com que o organismo desenvolva anticorpos.
Ao ser aplicada a vacina no ser humano, o organismo começa a se defender daquele vírus ou daquela bactéria (mas que não possui “força” para causar a doença). Assim, a pessoa produz anticorpos antes mesmo de ter a doença, se tornando imune a ela.
Algumas pessoas podem apresentar reações adversas às vacinas, que podem variar de acordo com o tipo de medicamento aplicado. Entre os principais sintomas da vacina, podem se destacar: dor e inchaço no local da injeção, além de uma vermelhidão; coceira; dor de cabeça; febre; fadiga. Em caso de reação, um profissional de saúde competente deve ser procurado imediatamente.
Fonte: https://ibapcursos.com.br/tudo-sobre-vacinas-o-que-sao-quais-os-tipos-e-como-sao-feitas/

Mitos sobre as vacinas

1. Uma melhor higiene e saneamento farão as doenças desaparecerem 
Vacinas não são necessárias. Uma melhor higiene, lavagem das mãos e uso de água limpa ajudam a proteger as pessoas contra as doenças, entretanto, as doenças preveníveis por vacinas podem se espalhar independente dessas outras medidas de prevenção. Se as pessoas não forem vacinadas, doenças que já não existem no território brasileiro, como a poliomielite e o sarampo, por exemplo, podem reaparecer rapidamente. Os programas de imunização tem contribuído para a qualidade de vida da população prevenindo e reduzindo complicações por essas doenças. 
2. As vacinas têm vários efeitos colaterais prejudiciais e de longo prazo que ainda são desconhecidos
A vacinação pode ser até fatal. As vacinas são seguras e traz benefícios contra as doenças, no entanto, como qualquer outro medicamento, pode causar reações adversas. Essas reações, de forma geral, são leves e temporárias, como dor no local da administração da vacina ou febre baixa. Eventos graves de saúde são raros e cuidadosamente acompanhados e investigados. É muito mais provável que uma pessoa adoeça gravemente por uma enfermidade evitável pela vacina do que pela própria vacina. A poliomielite, por exemplo, pode causar paralisia; o sarampo pode causar encefalite e cegueira; e algumas doenças preveníveis por meio da vacinação podem até resultar em morte como pneumonias. Embora qualquer lesão grave ou morte causada por vacinas seja muito relevante, os benefícios da imunização superam em muito o risco, considerando que muitas outras lesões e mortes ocorreriam sem ela.

3. A vacina combinada contra a difteria, tétano e coqueluche e a vacina contra a hepatite causam a síndrome da morte súbita infantil. 
Não há relação causal entre a administração de vacinas e a síndrome da morte súbita infantil (SMSI), também conhecida como síndrome da morte súbita do lactente. No entanto, essas vacinas são administradas em um momento em que os bebês podem sofrer com essa síndrome. Em outras palavras, as mortes por SMSI são coincidentes à vacinação e teriam ocorrido mesmo se nenhuma vacina tivesse sido aplicada. É importante lembrar que essas quatro doenças podem levar os bebês não vacinados contra elas a complicações e até mesmo a morte. São doenças sérias e a vacinação é uma das medidas de prevenção mais importantes.

4. As doenças evitáveis ​​por vacinas estão quase erradicadas em meu país, por isso não há razão para me vacinar. Embora as doenças evitáveis por vacinação tenham se tornado raras em muitos países, os agentes infecciosos que as causam continuam a circular em algumas partes do mundo. Em um mundo altamente interligado, esses agentes podem atravessar barreiras geográficas e infectar qualquer pessoa que não esteja protegida. Em 2017, por exemplo, na Europa ocorrem surtos de sarampo em populações não vacinadas (Áustria, Bélgica, Dinamarca, França, Alemanha, Itália, Espanha, Suíça e Reino Unido). Dessa forma, as duas principais razões para a vacinação são proteger a nós mesmos e também as pessoas que estão à nossa volta. Programas de vacinação bem-sucedidos, assim como as sociedades bem-sucedidas, dependem da cooperação de cada indivíduo para assegurar o bem de todos. Não devemos apenas confiar nas pessoas ao nosso redor para impedir a propagação da doença; nós também somos responsáveis pela saúde da nossa família e comunidade.

5. Doenças infantis evitáveis ​​por vacinas são apenas infelizes fatos da vida. As doenças evitáveis ​​por vacinas não têm que ser "fatos da vida". A vacinação é uma medida que vem sendo adotada pelos países há muitos anos e tem sido responsável pelo controle, eliminação e erradicação de várias enfermidades como sarampo, poliomielite, varíola e rubéola. Essas doenças podem levar a complicações graves em crianças e adultos, incluindo pneumonia, paralisia, encefalite, cegueira, diarreia, infecções de ouvido, síndrome da rubéola congênita (caso uma mulher seja infectada com rubéola no início da gravidez) e, por fim, à morte. O sofrimento que elas causam podem ser prevenidos com vacinas. O fato de não vacinar as crianças faz com que elas fiquem desprotegidas e expostas ao risco de adoecer.

6. Aplicar mais de uma vacina ao mesmo tempo em uma pessoa pode aumentar o risco de eventos adversos prejudiciais, que podem sobrecarregar seu sistema imunológico. Evidências científicas mostram que administrar várias vacinas ao mesmo tempo não causa aumento de eventos adversos e não sobrecarrega o sistema imunológico. As pessoas estão expostas a diversas substâncias, que possibilitam o desenvolvimento de resposta imune todos os dias. O simples ato de se alimentar introduz novos antígenos no corpo, levando a produção de resposta e proteção contra doenças. As principais vantagens de aplicar várias vacinas ao mesmo tempo são: redução do número de visitas a sala de vacinação, economizando tempo e dinheiro, uma maior probabilidade de que o calendário vacinal seja completado e a pessoa fique protegida. Além disso, o Programa Nacional de Imunizações vem buscando oferecer vacinas combinada, a exemplo, a vacina tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela), a fim de reduzir o número de injeções.

7. A influenza é apenas um incômodo e a vacina para a doença não é muito eficaz. A influenza é muito mais que um incômodo. É uma doença grave que mata de 300 mil a 500 mil pessoas a cada ano em todo o mundo. Mulheres grávidas, crianças pequenas, pessoas idosas com pouco acesso à saúde e qualquer um que possua uma condição crônica, como asma ou doença cardíaca, estão em risco mais elevado para uma infecção severa, que pode levar à morte. A vacinação de gestantes tem o benefício adicional de proteger seus recém-nascidos (não há atualmente nenhuma vacina contra a influenza para bebês menores de seis meses). A maioria das vacinas contra a influenza oferece imunidade às três cepas mais prevalentes, que circulam em qualquer estação. É a melhor maneira de reduzir as chances de adquirir influenza grave e de espalhá-la para outras pessoas. Evitar a doença significa evitar custos com cuidados médicos extras e perda de renda por faltas no trabalho ou na escola. A vacina influenza tem alcançado o objetivo anual da campanha de vacinação que é o de reduzir as complicações e mortes pela doença.

8. É melhor ser imunizado por meio da doença do que por meio de vacinas. As vacinas interagem com o sistema imunológico para produzir uma resposta imunológica semelhante àquela produzida pela infecção natural, mas não causam a doença ou colocam a pessoa imunizada em risco de possíveis complicações. Em contraste, há um preço a ser pago pela imunidade adquirida apenas por meio de uma infecção natural: deficiência intelectual oriunda do Haemophilus influenzae tipo b (Hib), defeitos congênitos da rubéola, câncer hepático provocado pelo vírus da hepatite B ou morte por sarampo.

9. As vacinas contêm mercúrio, que é perigoso. 
O mercúrio é utilizado em algumas vacinas como conservante em quantidades mínimas e não existe evidências de que sejam prejudiciais à saúde, sendo seu uso liberado pelo órgão regulador nacional, a Anvisa. É o conservante mais utilizado para vacinas que são fornecidas em frascos multidose.

10. Vacinas causam autismo. 
Não há nenhuma evidência científica de relação entre as vacinas e o autismo/transtornos autistas. O estudo apresentado em 1998, que levantou preocupações sobre essa possível relação, foi posteriormente considerado seriamente falho e o artigo foi retirado pela revista que o publicou, e seu autor foi impossibilitado de exercer a medicina. Infelizmente, sua publicação desencadeou um pânico que levou à queda das coberturas de vacinação, expondo a população a subsequentes surtos de sarampo. 
Fonte: http://portalarquivos.saude.gov.br/campanhas/vacinareproteger/

Campanha de vacinação do Ministério da Saúde

 


domingo, 4 de fevereiro de 2018

Impacto Ambiental - oque a escola está ensinando para os nossos alunos.

Olá pessoal, estamos de volta!
Um ótimo ano de 2018, com muito conhecimento novo e novas expectativas de sucesso para todos.
Gostaria de iniciar 2018 com esse tema de relevância incontestável;"Impacto Ambiental". 

Segundo a resolução Conama Nº001 de janeiro de 1986, o impacto ambiental é definido como qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam a saúde, a segurança e o bem-estar da população; as atividades sociais e econômicas; a biota; as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; e a qualidade dos recursos ambientais.

Analisando essa resolução, percebemos que qualquer atividade que o homem exerça no meio ambiente provocará um impacto ambiental. Esse impacto, no entanto, pode ser positivo ou não. Infelizmente, na grande maioria das vezes, os impactos são negativos, acarretando degradação e poluição do ambiente. Fonte: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/impactos-ambientais.htm

Qual a diferença entre desastre ambiental e catástrofe da natureza?

Muitas pessoas fazem confusão com esses dois conceitos que, apesar de estarem vinculados, são diferentes entre si. 

Um exemplo clássico de catástrofe natural é o caso de uma erupção vulcânica,  como ilustrado na imagem ao lado que, além de causar uma série de tremores e abalos provocados por uma força gigantesca oriunda do núcleo terrestre, expele uma quantidade avassaladora de rochas liquefeitas, denominado magma, com uma temperatura que pode chegar aos 2000°C, formando imensos rios e lagos que, por onde passam destroem tudo. Esse é um exemplo clássico de catástrofe natural.

Para ilustras, vamos disponibilizar esse trecho de uma notícia de 2010.

Terremoto e tsunami mataram 311, enquanto erupção do vulcão Monte Merapi provocou mais 30 vítimas

Desastres naturais já causaram pelo menos 341 mortes em diferentes regiões da Indonésia, que na terça-feira foi atingida por um terremoto seguido de tsunami, mesmo dia em que o vulcão Monte Merapi entrou em erupção.

O terremoto de 7,7 graus de magnitude atingiu a região das ilhas Mentawai, ao oeste de Sumatra. O tremor, que provocou um tsunami com ondas de até três metros, deixou 311 mortos e mais de 400 desaparecidos. Dez vilarejos foram parcial ou totalmente destruídos.


Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/desastres-naturais-deixam-341-mortos-na-indonesia/n1237812851400.html


terça-feira, 15 de agosto de 2017

Sirius - o super acelerador de partículas brasileiro.

A APOSTA DO SUPERACELERADOR

Em meio a cortes drásticos de recursos para as pesquisas, o Brasil constrói seu mais ambicioso equipamento científico

POR BERNARDO ESTEVES

14 DE AGOSTO DE 2017 15:54


Quando pesquisadores apontam novos instrumentos científicos para objetos familiares, às vezes se deparam com um mundo povoado por criaturas de cuja existência eles sequer suspeitavam. Foi assim quando Galileu Galilei apontou seu telescópio para Júpiter, no começo do século XVII, e constatou que o planeta também tinha luas. Com isso ele desencadeou uma nova percepção do Sistema Solar e de todo o cosmo. Também naquele século, o holandês Antonie van Leeuwenhoek observou uma gota d’água ao microscópio e, pela primeira vez, viu microrganismos vivos, que ele chamou de animálculos (a observação é considerada um marco simbólico do início da microbiologia).

A história tem outros casos que mostram como o aprimoramento das técnicas permitiu aos cientistas grandes saltos em sua compreensão do mundo em que vivemos. Está em construção em Campinas um grande acelerador de partículas que nasce com uma expectativa parecida de desbravar terrenos desconhecidos. Trata-se do Sirius, o mais grandioso e mais sofisticado equipamento científico já construído no Brasil e uma das melhores máquinas do mundo em seu gênero. Equipado de instrumentos científicos desenhados para explorar novas propriedades dos materiais, o Sirius tem o potencial de capacitar cientistas brasileiros a realizar experimentos na fronteira do conhecimento.

Orçado em 1,8 bilhão de reais e bancado pelo governo federal, o Sirius começou a ser construído no início de 2015 e deve começar a funcionar no ano que vem – desde que os recursos prometidos para a conclusão da obra sejam liberados em tempo. Para chegar a um bom fim, o projeto depende de verbas suplementares de aproximadamente 1,2 bilhões de reais até 2020.

Sua peça central é um anel circular de 518 metros de circunferência nos quais elétrons serão impulsionados a uma velocidade praticamente igual à da luz, da ordem de 300 mil quilômetros por segundo.
A radiação emitida pelos elétrons acelerados permitirá “enxergar” em escala molecular e atômica materiais de todo tipo – proteínas, ligas metálicas, semicondutores, polímeros, fibras ópticas, fósseis. O Sirius vai atuar como se fosse um microscópio superpoderoso, com a vantagem de ter configurações muito superiores às dos equipamentos disponíveis na maioria dos laboratórios.
O físico paulista Antônio Roque da Silva, o responsável por coordenar a construção do acelerador, aposta que o Sirius colocará noutro patamar a qualidade da produção dos pesquisadores do país. “O Brasil pode assumir a liderança na nova ciência que pode sair desse salto de qualidade inclusive com coisas que podemos ser os primeiros a fazer.” Ele espera que a máquina atraia alguns dos melhores grupos do mundo que trabalham nesse tipo de aceleradores. “Será o vetor de internacionalização mais marcante da ciência brasileira”, vaticinou.





Roque, como é chamado por seus colegas, explicou numa entrevista em seu gabinete que as configurações do Sirius foram definidas em função das perguntas que os cientistas gostariam de responder com aquela máquina. O projeto do acelerador prevê a instalação de equipamentos científicos que permitirão atacar questões estratégicas para a ciência brasileira – temas ligados ao agronegócio, às ciências da saúde ou às energias alternativas, por exemplo.
“Quero melhores baterias, os carros elétricos do futuro, os materiais leves e resistentes dos próximos aviões e carros, mas quero também entender a recuperação de solo, os problemas de meio ambiente e poluição, a dessalinização de água”, enumerou Roque. “Esse é o tipo de perguntas que esse tipo de acelerador tem ajudado a responder, e é isso que o Sirius vai permitir fazer.”




Oplano de construir um acelerador de elétrons de ponta é discutido pelo menos desde 2008, mas foi em 2009, no segundo mandato de Lula, que o Ministério da Ciência e Tecnologia embarcou na ideia, liberando os primeiros 2 milhões de reais para o desenvolvimento do projeto. Sopravam outros ventos políticos e econômicos naquele momento. Os cientistas também se beneficiaram das condições favoráveis dos anos 2000, a década em que o Brasil descobriu o pré-sal, e o Cristo Redentor decolou como um foguete na capa da Economist. O período foi marcado por um aumento notável de recursos para a ciência, pela criação de novas universidades e por uma fartura de bolsas de pesquisa e editais de financiamento.

O investimento se traduziu no incremento da produção científica. Entre 1993 e 2013, o número de artigos publicados por pesquisadores brasileiros aumentou quase oito vezes, fazendo com que o Brasil saltasse de 24º a 13º país com mais artigos publicados, segundo um levantamento da Thomson Reuters, gigante da informação científica. Com quase 43 mil artigos publicados em 2013, o Brasil respondia então por 2,5% da produção científica mundial – percentual próximo aos 2,37% da parcela do pib brasileiro na economia global.

Os repasses do governo federal para o Sirius aumentaram ano a ano desde que o governo federal decidiu bancar o projeto, em 2009. Três anos depois, já no primeiro mandato de Dilma Rousseff, o projeto ganhou rubrica própria no orçamento da União e os recursos se avultaram. “O total repassado até 2016 foi de 612,3 milhões de reais”, disse Antônio Roque da Silva.
Não há dúvida de que o Sirius é um projeto extraordinário no panorama da ciência brasileira – do ponto de vista orçamentário, inclusive. Enquanto os recursos para o acelerador só fizeram aumentar desde 2009, o mesmo não se pode dizer do orçamento do Ministério da Ciência, em queda franca há quatro anos.
A lei orçamentária anual previu 5,049 bilhões de reais para a área em 2017 – praticamente a metade do valor anunciado para 2013. Já era o pior orçamento da pasta em quase uma década, mesmo sem se levar em conta a depreciação pela inflação – isso antes de o ministro da Fazenda Henrique Meirelles anunciar, no fim de março, o bloqueio de 42 bilhões do orçamento da União para 2017. Os cortes foram especialmente severos para o Ministério da Ciência, Tecnologia, Informações e Comunicações, que teve 44% dos recursos contingenciados. Seu orçamento acabou ficando ainda mais parco, chegando a 2,83 bilhões de reais.
Desde o ano passado, quando a construção do Sirius foi incorporada ao Plano de Aceleração do Crescimento, o PAC, os recursos para o projeto já não estão mais atrelados ao orçamento do ministério. O PAC também teve quase 42% de seus recursos contingenciados por Meirelles, mas a parcela destinada à continuidade das obras do Sirius foi assegurada. “O contingenciamento não irá comprometer o andamento da construção do Sirius”, afirmou o Ministério da Ciência em nota enviada à piauí no fim de junho.




Três dias antes da publicação do decreto que reduziu o orçamento do Ministério, preocupados com os rumores de contingenciamento que se espalhavam por Brasília, os presidentes das duas mais importantes associações de cientistas brasileiros enviaram ao ministro Meirelles um apelo para que não cortasse recursos para a área. Helena Nader, da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (cujo mandato se encerrou no fim de julho), e Luiz Davidovich, da Academia Brasileira de Ciências, argumentaram que o Ministério da Ciência respondia por apenas 0,32% do orçamento global (em 2010 a participação era de 0,58%), e que os cortes prejudicariam o país. “A experiência internacional mostra que os investimentos em ciência e inovação tecnológica produzem retornos muitas vezes superiores aos recursos aplicados, contribuindo para o aumento do pib e o protagonismo internacional do país”, escreveram.

O gesto de Nader e Davidovich anda se banalizando. Desde que Michel Temer assumiu a Presidência, não foram poucas as vezes em que as associações dirigidas por ambos vieram conjuntamente a público protestar contra medidas que reduziam os recursos para a ciência e a tecnologia.

Antes mesmo da posse, Temer provocou calafrios nos cientistas ao aventar o nome do pastor Marcos Pereira, bispo licenciado da Igreja Universal e adepto do criacionismo, para o Ministério da Ciência. Tirado o bode da sala, veio um novo sobressalto quando o presidente anunciou, no âmbito de sua reforma ministerial, que fundiria a pasta da Ciência, Tecnologia e Inovações com a das Comunicações. Para a comunidade científica o movimento pareceu pouco justificado e sintomático do desdém do governo federal pela área.
Mas esse não foi o ponto baixo da política científica de Temer na avaliação de Luiz Davidovich. O golpe mais duro, para ele, foi a proposta de emenda constitucional aprovada pelo Congresso que limitou o aumento dos gastos públicos nos próximos vinte anos, atrelando-o à inflação – a chamada “PEC do Teto” (ou “do Fim do Mundo”, como os cientistas se referiam a ela, à época). A medida tende a aguçar as disputas por recursos entre diferentes áreas da administração federal. Qualquer aumento significativo no orçamento para a ciência e tecnologia terá necessariamente como contrapartida uma redução de investimentos noutra seara – na educação, saúde ou previdência, por exemplo.Para Davidovich, trata-se de um tiro no pé. “Essa PEC considera que os recursos para a ciência e tecnologia são gastos, e não investimentos.”
O presidente da Academia Brasileira de Ciências recebeu a piauí para uma entrevista na sede da entidade, no Centro do Rio. Seu gabinete é decorado por um quadro que mostra Arquimedes em sua banheira no momento do “Eureka!” e um retrato de Copérnico, nome central da Revolução Científica que teve início no século XVI. Davidovich defendeu que, na história dos países industrializados, os investimentos em ciência e tecnologia tiveram papel fundamental para o desenvolvimento deles.
O caso da Coreia do Sul é emblemático: no espaço de quinze anos entre 2000 e 2014, a fração do pib que o país reserva para investimentos de ciência e tecnologia saltou de 2,19% para 4,29% – proporcionalmente mais que Israel, Japão, Estados Unidos China e União Europeia. A quantidade de publicações dos pesquisadores coreanos dobrou entre 2005 e 2014, e o país é líder mundial em pedidos de patentes.
No fim das contas, disse Davidovich, nem é preciso buscar em países estrangeiros os exemplos que evidenciam o papel da ciência e tecnologia no desenvolvimento econômico. “Johanna Döbereiner, trabalhando na Universidade Federal Rural do Rio, descobriu um processo de fixação de nitrogênio no solo que multiplicou a produtividade da soja em quatro vezes”, lembrou o físico – as pesquisas que a agrônoma conduziu a partir dos anos 60 renderam ao país uma economia anual de mais de 2 bilhões de dólares com adubos nitrogenados, segundo dados da Embrapa, e fizeram do Brasil o segundo maior produtor mundial de soja. “A colaboração de cientistas brasileiros de várias áreas – matemáticos, químicos, biofísicos e muitos outros – resultou no aperfeiçoamento da tecnologia de perfuração de poços de petróleo em águas profundas”, continuou Davidovich. “Não é possível que o pessoal desconheça esses exemplos.”

quinta-feira, 15 de junho de 2017

Surto de Chikungunya alerta autoridades no Norte e Nordeste do Brasil


Casos confirmados de chikungunya em RR crescem 2.325% em 2017, diz Sesau

Dados do Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa) foram divulgados nesta segunda (15). Saúde diz que aumento indica surto da doença no estado.

Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) divulgou nesta segunda-feira (15) dados do Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa) que apontam um crescimento de 2.325% nos casos confirmados de chikungunya de janeiro a 24 abril de 2017, comparado com o mesmo período do ano passado.
Conforme a Sesau, em 2016 foram confirmados quatro casos da doença transmitida pelo Aedes aegypti. Já neste ano foram 95. Por isso, o governo considera que os números já indicam um surto epidemiológico da doença.
Os dados do LIRAa também mostram um aumento significativo nos casos de Zika. Em Boa Vista houve um crescimento de 222% nos casos notificados e de 50% nos confirmados.
Com relação a dengue, houve um aumento nos casos notificados, mas uma diminuição de casos confirmados. De janeiro a abril de 2016 foram confirmados 81 casos de dengue em todo o estado. Em 2017, o número caiu para 21.

População deve colaborar

Os meses de abril a setembro são marcados por chuvas o que torna o período ideal para a proliferação do mosquito, conforme a Sesau. A atenção para a limpeza dos ambientes deve ser redobrada para que os focos não apareçam.
"A ação mais efetiva para combater o mosquito ainda é eliminando os focos", afirmou a diretora estadual da vigilância epidemiológica, Luciana Grisoto.
A recomendação da Sesau é que a população faça sempre uma vistoria detalhada para eliminar todos os recipientes que possam acumular água parada e servir como criadouro. O ciclo de reprodução do mosquito, do ovo à forma adulta, pode levar de 5 a 10 dias. Por isso é importante repetir este processo pelo menos uma vez por semana.

Com surto de Chikungunya, prefeitura de Fortaleza libera R$ 500 mil para pesquisas sobre a doença.

O prefeito Roberto Cláudio anunciou, na noite desta quarta-feira (10), a liberação de pelo menos R$ 500 mil para desenvolvimento de pesquisas sobre Chikungunya. O anúncio foi feito durante reunião com especialistas da área da saúde e membros da comunidade acadêmica para buscar soluções práticas no tocante ao aprofundamento dos conhecimentos sobre a patologia. As ações objetivam promover melhorias no manejo clínico diante das ocorrências. Os recursos serão liberados por meio de critérios previamente estabelecidos.
Com 6.349 casos confirmados da doença neste ano, de acordo com a Secretaria da Saúde do Estado, Fortaleza concentra mais da metade dos casos de chikungunya no Ceará. O estado tem 10.592 casos confirmados de febre neste ano.
De 2016 para 2017, o Ceará também passou por crescimento nos números de casos registrados, indo de 4.294 possíveis casos para 17.012 este ano. Uma pessoa morreu em consequência da doença.
Para o médico infectologista Anastácio Queiroz, a continuidade da manifestação das arboviroses – como a chikungunya e a dengue - tem causas complexas e difíceis de serem combatidas. De acordo com o especialista, questões como habitação, abastecimento de água e a própria educação das pessoas não melhoraram de forma suficiente a conseguir amenizar o problema.
"As pessoas, principalmente na periferia, habitam mal, moram mal e acumulam mal a água. Em determinados bairros, falta o abastecimento de água. Mas não existe um povo totalmente desordenado com um governo totalmente ordenado. Eles caminham juntos. Pelo conhecimento que temos, a maioria dos focos está nas casas das pessoas, mas o poder público tem o desafio de convencer a população de que tem que cuidar."

Reunião

Durante a reunião promovida pela Prefeitura de Fortaleza, médicos de diversas especialidades, ao lado de representantes da Vigilância Epidemiológica e Ambiental, foram divididos em grupos específicos que vão atuar em várias diretrizes, como a gestão de dados epidemiológicos, capacitação profissional, rede de assistência e busca por uma comunicação eficiente.
“Os maiores especialistas da nossa cidade na área da Infectologia estão comprometidos nesta iniciativa. Também neurologistas, reumatologistas, biólogos e pesquisadores. Uma equipe de altíssimo nível técnico que, a partir de agora, vai nos ajudar a dar um maior manejo a essa doença tão desafiadora”, pontuou a médica pediatra e secretária Municipal da Saúde, Joana Maciel.
Também foram mencionadas estratégias implantadas pelo Ministério da Saúde, oferecendo suporte às condutas que serão adotadas a nível municipal. “Nós precisamos adaptar um Manual de Conduta, já existente no âmbito Federal, à nossa realidade. Será estabelecido um fluxograma de como o paciente vai ser atendido no primeiro momento, como identificar o risco do paciente e a quem referir esse paciente”, disse o preito Roberto Cláudio.
Após a formalização e a padronização do Manual de Conduta, a Prefeitura publicará cartilhas e facilitará a promoção de cursos on-line para profissionais dos equipamentos de saúde públicos e privados.
Serão adotados protocolos especiais para oferecer atendimento adequado, principalmente, aos grupos considerados de maior risco, compostos por crianças, idosos, hipertensos, diabéticos e cardiopatas, além de outros pacientes crônicos. O objetivo das ações é atendê-los no tempo correto, promovendo atenção humanizada, estabelecendo ações cujos resultados se apresentem em curto prazo, tendo em vista a gravidade epidêmica da situação.
“A partir disso, o paciente vai poder saber, dependendo de qual sintoma ele esteja apresentando, qual local da Rede ele vai procurar, se é Posto de Saúde, se é UPA, se é hospital. Caso ele apresente complicações, como, por exemplo, neurológicas, será orientado sobre qual unidade o atenderá”, esclareceu a titular da Secretaria de Saúde. Fonte: http://g1.globo.com/ceara/noticia/com-surto-de-chikungunya-prefeitura-de-fortaleza-libera-r-500-mil-para-pesquisas-sobre-a-doenca.ghtml

sexta-feira, 5 de maio de 2017

Brasil lança primeiro foguete nacional movido a combustível líquido

Brasil lança com sucesso satélite que será usado para comunicações e defesa

Lançamento aconteceu nesta quinta-feira (4). Equipamento será utilizado para comunicações estratégicas do governo e para levar banda larga a regiões remotas no país.


O Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) foi lançado nesta quinta-feira (4) com sucesso, por volta das 19 h do horário de Brasília a partir do Centro Espacial de Kourou, na Guiana Francesa. Trata-se do primeiro satélite geoestacionário 100% brasileiro de uso civil e militar dedicado exclusivamente a transmissão de dados.

A decolagem foi considerada perfeita pelo centro de controles da Arianespace na Guiana Francesa.

Após o lançamento do foguete que leva o equipamento ao espaço, haverá um tempo de 28 minutos até a separação do satélite, que levará cerca de 10 dias para chegar à sua posição final. Depois disso, serão feitos testes por 30 dias. Em meados de junho, o controle operacional do satélite já poderá ser feito pelas Forças Armadas. A banda utilizada para comunicações poderá ser usada a partir de setembro. Além do satélite brasileiro, foi lançado para o espaço hoje um satélite da Coréia do Sul, também pela empresa lançadora de satélites Arianespace.


O projeto é uma parceria entre os ministérios da Defesa e da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, e envolve investimentos de R$ 2,7 bilhões. Adquirido pela Telebras, o equipamento será utilizado para comunicações estratégicas do governo e para ampliar a oferta de banda larga no país, especialmente em áreas remotas. O satélite também fornecerá um meio seguro para transferência de informações civis e militares que envolvam a segurança nacional. Até então, o governo alugava o sinal de satélites privados.
Com 5,8 toneladas e 5 metros de altura, o satélite ficará posicionado a uma distância de 36 mil quilômetros da superfície da Terra, cobrindo todo o território brasileiro e o Oceano Atlântico. Sua capacidade de operação é de 18 anos.
Inicialmente, o lançamento do Satélite Geoestacionário brasileiro estava previsto para o dia 21 de março, mas foi adiado por causa de uma greve geral na Guiana Francesa.
*Com informações da Agência Brasil


Há muitos anos, o Brasil prometeu lançar um satélite que levaria banda larga a áreas remotas. Na noite desta quinta-feira (4), após uma sucessão de atrasos, ele enfim chegou ao espaço.

O SGDC (Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas) custou R$ 2,784 bilhões e terá uso civil e militar. Ele vai operar em banda Ka, fornecendo banda larga a provedores em cidades remotas; e também em banda X, para comunicações militares.
O lançamento foi realizado pela Arianespace na base de Kourou, na Guiana Francesa. O satélite foi montado pela franco-italiana Thales Alenia Space sob a supervisão da Visiona (parceria entre Telebras e Embraer).
O acordo com a Thales Alenia também envolve transferência de tecnologia: 50 profissionais brasileiros foram enviados à França para acompanhar a fabricação do satélite, e para aprender a operá-lo. Eles vão trabalhar nas duas estações de controle, uma em Brasília e outra no Rio de Janeiro.
O SGDC ficará em órbita geoestacionária a 36 mil km da Terra, cobrindo todo o território brasileiro e transmitindo dados a até 54 gigabits por segundo. O uso militar começará em junho; a oferta de banda larga só deve começar em setembro. A vida útil prevista para o satélite é de 18 anos.


Atrasos
O projeto do SGDC foi inicialmente anunciado em 2012. O processo de licitação foi realizado em 2013, com previsão de lançamento do satélite para o ano seguinte — o que não aconteceu. Ele faria parte do Programa Nacional de Banda Larga.
No ano passado, a então presidente Dilma Rousseff prometeu que o satélite será lançado ainda em 2016, mas esse prazo também não foi cumprido. O lançamento ficou para março deste ano, e acabou atrasando de novo porque a Guiana Francesa estava em greve geral.