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sexta-feira, 27 de março de 2015

Processos de Separação de Misturas


Técnicas de separação de misturas


As misturas podem ser:
  1. Homogêneas – quando é constituída apenas de uma fase.
  2. Heterogêneas – quando apresenta mais de uma fase.
Na hora de desenvolver qualquer problema de separação de misturas, o aluno deve antes  verificar qual conjunto de técnicas ele deve usar. Para isso ele precisa saber se a mistura trabalhada é HO ou HE.
Os seguintes processos permitem a separação dos vários constituintes de uma mistura. Cada um destes processos tem uma utilização bem definida, dependendo do tipo e das propriedades dos componentes da mistura. A aplicação destes processos deverá ser pensada caso a caso. Poderá haver misturas que necessitem de mais do que um processo para a completa separação dos seus constituintes.
Observe o cronograma abaixo:



TÉCNICAS DE SEPARAÇÃO DE MISTURAS HETEROGÊNEAS (HE)

A) FILTRAÇÃO:
A filtração pode ser de dois tipos:
Simples: é o processo usado para separar misturas heterogêneas formadas por um sólido e um líquido ou por um gás e um sólido. Ex.: Água e areia.


Á vácuo: Este tipo de filtração é usada para acelerar o processo. A filtração pode ser acelerada pela rarefação do ar, abaixo do filtro. Nas filtrações sob pressão reduzida, usa-se funil com fundo de porcelada porosa (funil de Büchner)




B) DECANTAÇÃO: é o processo usado para separar misturas heterogêneas formadas por um sólido e um líquido ou por líquidos imiscíveis (não se misturam).
Ex.: Água e barro
Ex.:Água e óleo, ou qualquer mistura de dois líquidos imiscíveis. Neste caso se utiliza o funil de decantação, de separação ou de Bromo.

Obs.: Quando os líquidos não se separam pelo simples repouso, ou o fazem muito demoradamente, submete-se inicialmente a mistura à centrifugação. Utilizando-se uma centrífuga, muito usada em exames laboratoriais para separar os componentes do sangue.  A centrifugação pode ser comparada a uma decantação acelerada. As máquinas de lavar roupas utilizam esse processo para retirar a água dos tecidos.

C) CATAÇÃO: é o método utilizado para separar misturas heterogêneas de sólido – sólido,  onde é necessário que os  componentes da mistura sejam aparentemente distintos. Um exemplo é a catação de pedra no feijão, onde se retira, catando, as pedras, que são diferentes do feijão.
D) FLOTAÇÃO: Nesse caso, usa-se a água ou outro líquido para separar sólidos de densidades diferentes: o mais denso afunda e o menos denso flutua. Ex.: água e serragem

E) LEVIGAÇÃO: Quando uma mistura se forma por substâncias sólidas de densidades diferentes, pode-se utilizar uma corrente de água para separá-las. É o caso do ouro, que normalmente é encontrado junto a uma porção de terra ou areia. Para separar essas substâncias, tritura-se a mistura dentro de um recipiente próprio e passa-se uma corrente de água por ela. A parte menos densa (a areia ou a terra) é carregada pela água, enquanto a mais densa (o ouro) fica depositada no fundo. Esse processo de separar os elementos mais densos dos menos densos utilizando água corrente é a levigação.
Ex.: garimpeiro separando o ouro da areia.


F) DISSOLUÇÃO FRACIONADA: usado quando apenas um dos componentes sólidos da mistura é dissolvido em um líquido. Ex. sal + areia. Adiciona-se água à mistura. O sal irá se dissolver e a areia se depositar no fundo do recipiente. Em seguida a mistura é filtrada separando a areia (fase sólida) da água salgada (fase líquida) ou através da evaporação da água, obtendo-se o sal.
Ex.:
G) SEPARAÇÃO MAGNÉTICA OU IMANTAÇÃO: usa-se quando um dos sólidos é atraído por um ímã. Usado para separar alguns minérios de ferro de suas impurezas. Ex. Ferro + enxofre

H) SUBLIMAÇÃO: usada quando um dos sólidos, por aquecimento, sofre sublimação e o outro não. Exemplo: sal e iodo ou areia e iodo.





TÉCNICAS DE SEPARAÇÃO DE MISTURAS HOMOGÊNEAS (HO)
A) DESTILAÇÃO:
A destilação pode ser:
Destilação Simples: é usada na separação de uma mistura homogênea SÓLIDO-LÍQUIDO. A mistura é aquecida em uma aparelhagem apropriada (EQUIPAMENTO DE DESTILAÇÃO), de tal maneira que o componente líquido inicialmente evapora e, a seguir, sofre condensação, sendo recolhido em outro frasco.






Destilação Fracionada: consiste no aquecimento de uma mistura de líquidos miscíveis (solução), cujos pontos de ebulição (PE) não sejam muito próximos. Os líquidos são separados na medida em que cada um dos seus pontos de ebulição é atingido. Inicialmente, é separado o líquido com menor PE; depois, com PE intermediário e assim sucessivamente até o líquido de maior PE. A aparelhagem usada é a mesma de uma destilação simples, com o acréscimo de uma coluna de fracionamento ou retificação.






Obs.: Esse processo muito utilizado, principalmente em indústrias petroquímicas, na separação dos diferentes derivados do petróleo. Nesse caso, as colunas de fracionamento são divididas em bandejas ou pratos. Esse processo também muito utilizado no processo de obtenção de bebidas alcoólicas (alambique).

B) CRISTALIZAÇÃO FRACIONADA: Permite recuperar um sólido dissolvido num líquido que contenham impurezas. A solução saturada é filtrada e depois exposta ao ar para que o solvente evapore lentamente. Obtêm-se cristais do sólido que estava dissolvido.
Ex.: água e sal

C) LIQUEFAÇÃO FRACIONADA: é um processo utilizado na separação de uma mistura homogênea de gases. Por resfriamento da mistura, os gases se liquefazem separadamente, à medida que vão sendo atingidos os seus P.E. (Ponto de ebulição) e depois é feita uma destilação fracionada.
Ex.: Mistura de O2 e NH3


sábado, 7 de março de 2015

Fiocruz isola vírus chikungunya em amostras humanas

Células de amostras humanas infectadas pelo vírus chikungunya em imunoflorescência produzida durante o isolamento do vírus na Fiocruz Paraná Fonte: Fiocruz


Iniciativa vai impulsionar desenvolvimento de kits de diagnóstico e permitir que detecção do vírus seja realizada sem utilização de animais.

O Instituto Carlos Chagas (ICC/Fiocruz Paraná) realizou, em fevereiro, o isolamento do arbovírus causador da febre chikungunya em amostras humanas.

O feito vai impulsionar de forma significativa o desenvolvimento de kits de diagnóstico para a doença e permitir que a detecção do vírus seja realizada sem a utilização de animais.

Desenvolvido pelo Laboratório de Virologia Molecular do ICC, o trabalho isolou o vírus em sete amostras de pacientes, obtidas por meio de um convênio com a Secretaria Municipal de Saúde de Feira de Santana, na Bahia.

De acordo com dados mais recentes do Ministério da Saúde, foram registrados 771 casos autóctones suspeitos no País, sendo 82 confirmados, 687 em investigação e dois descartados no período de 4 de janeiro a 7 de fevereiro de 2015.

Os estados do Amapá, Mato Grosso do Sul, de Goiás, da Bahia, e Distrito Federal são os afetados. “O diagnóstico e a notificação de casos de chikungunya é fundamental para que possamos ter uma vigilância epidemiológica eficaz”, ressalta a virologista Claudia Nunes Duarte dos Santos, chefe do Laboratório de Virologia Molecular do ICC.

“Com o isolamento do vírus em células humanas, além de não utilizarmos mais animais para a detecção, essas partículas contribuirão para os avanços nos kits diagnósticos, incluindo o teste rápido que está sendo desenvolvido pelo ICC em parceria com Bio-Manguinhos”, complementou a pesquisadora.

Após a chegada das amostras, o isolamento foi confirmado em um curto espaço de tempo, reforçando a expertise da Fiocruz Paraná na área. “Este tipo de trabalho é uma rotina para nós do Laboratório de Virologia Molecular. Recebemos as amostras de pacientes em fase aguda da doença e, em apenas 10 dias, já tínhamos o vírus isolado, utilizando anticorpos monoclonais produzidos por nossa equipe”, explicou Claudia.

As etapas do isolamento incluíram testes com imunoflorescência indireta, que permite a visualização de antígenos nos tecidos ou em suspensões celulares utilizando corantes fluorescentes, e com a técnica de Transcriptase Reversa e Reação em Cadeia da Polimerase (RT-PCR, na sigla em inglês), método de amplificação do RNA viral.

Os próximos passos incluem a amplificação desses vírus e uma produção escalonada, pela Fiocruz Paraná, de um lote dessas partículas, que serão utilizadas como reativos para diagnóstico.

Fonte:

Agência Fiocruz de Notícias

Fiocruz já soltou 200 mil mosquitos antidengue no Rio; saiba como eles agem


Imagine soltar, de propósito, 200 mil mosquitos transmissores da dengue em um bairro do Rio de Janeiro. E com o consentimento dos moradores. Tem como dar certo?

O que parece, no mínimo, estranho, na verdade é parte de um projeto internacional, desenvolvido no Brasil pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) desde 2012, que tem como maior objetivo justamente controlar a doença que afeta milhões de pessoas em todo o mundo e tem deixado o Estado de São Paulo em alerta.

Os primeiros testes de campo do projeto "Eliminar a Dengue: Desafio Brasil" foram iniciados em 24 de setembro do ano passado. A cada semana, até o fim de janeiro deste ano, foram lançados em média 10 mil mosquitos Aedes aegypti no bairro de Tubiacanga, na Ilha do Governador, na zona norte do Rio.

A justificativa para essa iniciativa inusitada se encontra dentro dos tão temidos insetos. A partir de uma técnica de microinjeção de embriões, desenvolvida na Austrália e testada com sucesso, uma cepa da bactéria Wolbachia, originária da mosca-das-frutas, a Drosophila melanogaster, foi introduzida nos mosquitos. As razões: a bactéria bloqueia o vírus e impede a transmissão da dengue, além de reduzir a longevidade do Aedes aegypti.
Presente naturalmente em mais de 60% dos insetos no mundo, a Wolbachia não oferece qualquer risco para a saúde humana ou para o ambiente e é encontrada nas células de moscas, borboletas, mariposas, entre outros artrópodes e nematoides.
A bactéria se espalha na medida em que os mosquitos se reproduzem, e seus descendentes já nascem com a Wolbachia. Por isso, a ideia de lançá-los na natureza, inicialmente em áreas de estudo.
"Não se trata de bactéria ou mosquito transgênico. Nossa estratégia é natural, não tem riscos e ainda é autossustentável", defende o pesquisador Rafael Freitas, coordenador da equipe de entomologia (ciência que estuda os insetos) do projeto. Ele cita a experiência da Austrália, onde nasceu o projeto, para provar seu argumento:
"Em 2011, os [mosquitos] Aedes aegypti com a [bactéria] Wolbachia começaram a ser liberados. Quando viram que 85%, 90% dos mosquitos que eles pegavam em campo mais tarde tinham a bactéria, a liberação foi interrompida. Agora, quatro anos depois, eles voltaram e viram que a taxa continua a mesma", conta.
Sobre os resultados da pesquisa no Rio, Freitas afirmou que ainda não pode divulgar o resultado preciso porque falta analisar todos os dados colhidos no laboratório, mas sinalizou que haverá motivos para comemoração. "Até onde a gente está acompanhando, parece que o experimento foi bem-sucedido", disse.
Sem fins lucrativos, o projeto é financiado pela Fiocruz e pelo Ministério da Saúde, mas também recebe apoio da Fundação Bill e Melinda Gates (do bilionário fundador da Microsoft). Além do Brasil e da Austrália, o "Eliminar a dengue" também está presente no Vietnã, na Colômbia e na Indonésia.
No Brasil, os mosquitos são "produzidos" em um laboratório que funciona em uma pequena sala na Fiocruz, em Manguinhos, zona norte do Rio. Quinze profissionais trabalham no projeto, entre eles funcionários que são responsáveis por apresentar a iniciativa aos moradores das áreas de estudo.
Em Tubiacanga, segundo o pesquisador Rafael Freitas, o lançamento dos mosquitos foi bem recebido pela população. "Fizemos uma pesquisa e tivemos uma aprovação de 90%", comemora o entomologista.
Fonte: http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2015/03/06/fiocruz-ja-soltou-200-mil-mosquitos-antidengue-no-rio-saiba-como-eles-agem.htm

domingo, 1 de março de 2015

A Febre Chikungunya (Chicungunha): comprometimento intenso das articulações preocupa especialistas

Febre Chikungunya chega ao Brasil

O que é Febre Chikungunya?

Febre Chikungunya é uma doença parecida com a dengue, causada pelo vírus CHIKV, da família Togaviridae. Seu modo de transmissão é pela picada do mosquito Aedes aegypti infectado e, menos comumente, pelo mosquito Aedes albopictus
Seus sintomas são semelhantes aos da dengue: febre, mal-estar, dores pelo corpo, dor de cabeça, apatia e cansaço. Porém, a grande diferença da febre chikungunya está no seu acometimento das articulações: o vírus avança nas juntas dos pacientes e causa inflamações com fortes dores acompanhadas de inchaço, vermelhidão e calor local.
A febre chikungunya teve seu vírus isolado pela primeira vez em 1950, na Tanzânia. Ela recebeu esse nome pois chikungunya significa “aqueles que se dobram” no dialeto Makonde da Tanzânia, termo este usado para designar aqueles que sofriam com o mal. A doença, apesar de pouco letal, é muito limitante. O paciente tem dificuldade de movimentos e locomoção por causa das articulações inflamadas e doloridas, daí o “andar curvado”.


Os mosquitos transmitiam a doença para africanos abaixo do Saara, mas os surtos não ocorriam até junho de 2004. A partir desse ano, a febre chikungunya teve fortes manifestações no Quênia, e dali se espalhou pelas ilhas do Oceano Índico. Da primavera de 2004 ao verão de 2006, ocorreu um número estimado em 500 mil casos.
A epidemia propagou-se do Oceano Índico à Índia, onde grandes eventos emergiram em 2006. Uma vez introduzido, o CHIKV alastrou-se em 17 dos 28 estados da Índia e infectou mais de 1,39 milhão de pessoas antes do final do ano. O surto da Índia continuou em 2010 com novos casos aparecendo em áreas não envolvidas no início da fase epidêmica.
Os casos também têm sido propagados da Índia para as Ilhas de Andaman e Nicobar, Sri Lanka, Ilhas Maldivas, Singapura, Malásia, Indonésia e numerosos outros países por meio de viajantes infectados. A preocupação com a propagação do CHIKV atingiu um pico em 2007, quando o vírus foi encontrado no norte da Itália após ser introduzido por um viajante com o vírus advindo da Índia.
As taxas de ataque em comunidades afetadas em recentes epidemias variam de 38% a 63% e, embora em níveis reduzidos, muitos casos destes países continuam sendo relatados. Em 2010, o vírus continua a causar doença em países como Índia, Indonésia, Myanmar, Tailândia, Maldivas e reapareceu na Ilha Réunion.
Casos importados também foram identificados no ano de 2010 em Taiwan, França, Estados Unidos e Brasil, trazidos por viajantes advindos, respectivamente, da Indonésia, da Ilha Réunion, da Índia e do sudoeste asiático.


Atualmente, o vírus CHIKV foi identificado em ilhas do Caribe e Guiana Francesa, país latino-americano que faz fronteira com o estado do Amapá. Isso quer dizer que a febre chikungunya está migrando e pode chegar ao Brasil, onde os mosquitos Aedes aegypti e o Aedes albopictus têm todas as condições de espalhar esse novo vírus.

Causas

A febre chikugunya não é transmitida de pessoa para pessoa. O contágio se dá pelo mosquito que, após um período de sete dias contados depois de picar alguém contaminado, pode transportar o vírus CHIKV durante toda a sua vida, transmitindo a doença para uma população que não possui anticorpos contra ele. Por isso, o objetivo é estar atento para bloquear a transmissão tão logo apareçam os primeiros casos.
O ciclo de transmissão ocorre do seguinte modo: a fêmea do mosquito deposita seus ovos em recipientes com água. Ao saírem dos ovos, as larvas vivem na água por cerca de uma semana. Após este período, transformam-se em mosquitos adultos, prontos para picar as pessoas. O Aedes aegypti procria em velocidade prodigiosa e o mosquito adulto vive em média 45 dias. Uma vez que o indivíduo é picado, demora no geral de dois a 12 dias para a febre chikungunya se manifestar, sendo mais comum cinco a seis dias.
A transmissão da dengue raramente ocorre em temperaturas abaixo de 16° C, sendo que a mais propícia gira em torno de 30° a 32° C - por isso ele se desenvolve em áreas tropicais e subtropicais. A fêmea coloca os ovos em condições adequadas (lugar quente e úmido) e em 48 horas o embrião se desenvolve. É importante lembrar que os ovos que carregam o embrião do mosquito transmissor da febre chikungunya podem suportar até um ano a seca e serem transportados por longas distâncias, grudados nas bordas dos recipientes e esperando um ambiente úmido para se desenvolverem. Essa é uma das razões para a difícil erradicação do mosquito. Para passar da fase do ovo até a fase adulta, o inseto demora dez dias, em média. Os mosquitos acasalam no primeiro ou no segundo dia após se tornarem adultos. Depois, as fêmeas passam a se alimentar de sangue, que possui as proteínas necessárias para o desenvolvimento dos ovos.
O mosquito Aedes aegypti mede menos de um centímetro, tem aparência inofensiva, cor café ou preta e listras brancas no corpo e nas pernas. Costuma picar, transmitindo a dengue, nas primeiras horas da manhã e nas últimas da tarde, evitando o sol forte. No entanto, mesmo nas horas quentes ele pode atacar à sombra, dentro ou fora de casa. Há suspeitas de que alguns ataquem durante a noite. O indivíduo não percebe a picada, pois não dói e nem coça no momento. Por ser um mosquito que voa baixo - até dois metros - é comum ele picar nos joelhos, panturrilhas e pés.
A fêmea do Aedes aegypti voa até mil metros de distância de seus ovos. Com isso, os pesquisadores descobriram que a capacidade do mosquito é maior do que os especialistas acreditavam.

Em 2014, o Ministério da Saúde já havia confirmado 30 casos de pessoas contaminadas, entre elas 27 brasileiros, todos importados de regiões endêmicas, como República Dominicana e Haiti. Há três casos em investigação: um no Ceará e dois no Amapá. As chances de transmissões autóctones (quando os vetores regionais são infectados e contaminam o homem) serem registradas no país nos próximos meses são reais. O fato de estarmos no inverno e a população de Aedes aegypti – o mesmo transmissor da dengue – estar reduzida contribui para protelar a disseminação do vírus, originário da África. O Aedes albopictus também é transmissor e circula em território nacional.
Os Estados Unidos não tiveram a mesma sorte. Em pleno verão, os dois primeiros casos de contágio em solo norte-americano foram registrados em meados de julho, no estado da Flórida. Nas ilhas caribenhas e em países da América Central, os relatos começaram a surgir em dezembro do ano passado e até agora já foram confirmados mais de 5 mil contágios. Para o médico infectologista do Grupo Hermes Pardini João Paulo Campos, a época do ano é a grande aliada dos brasileiros. “Mas já temos casos endêmicos aqui do lado, como no Caribe e na Costa Rica. Para mim, é só uma questão de tempo até vir para o Brasil.”
A chegada do verão e principalmente do carnaval se torna a grande preocupação para os órgãos de saúde. “Muitas pessoas vêm pra cá a turismo e cria-se um cenário propício para disseminar a doença”, observa João Paulo. Pedro Vasconcelos, chefe da seção de Arbovirologia e Febres Hemorrágicas do Instituto Evandro Chagas (IEC) lembra que a dengue dos tipos 1, 2 e 3 entrarou no Brasil pelo Rio de Janeiro logo depois do carnaval. “Somente a do tipo 4 entrou por Roraima”, conta. A Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais garantiu em nota que o “maior risco de aparecimento de casos e transmissão sustentada da doença ocorre no verão, com o período de chuvas e calor”.
O grande fluxo de pessoas esperados para a próxima temporada de verão no Brasil, associada a uma provável infestação do mosquito no período, são a matemática perfeita para a circulação do chikungunya. “A dispersão do vírus muitas vezes depende mais da quantidade de transmissores do que necessariamente de infectados”, explica Socorro Azevedo, médica e pesquisadora do IEC, ao ser questionada se apenas uma pessoa contaminada seria capaz de tornar a doença endêmica no país. “Se esse indivíduo estiver em um local com uma população expressiva de mosquitos em condição de disseminar o vírus para outras pessoas, a possibilidade de transmissão autóctone existe”, detalha.

Preparados

O Ministério da Saúde tem consciência do risco e vem se preparando desde o final do ano passado para a ameaça iminente. Além da capacitação de profissionais de saúde em várias regiões do país, lançou recentemente a cartilha Preparação e resposta à introdução do vírus chikungunya no Brasil. A Fundação Ezequiel Dias (Funed) em Minas Gerais faz parte do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) do Ministério da Saúde e já está preparada para realizar o diagnóstico do vírus. “Fomos capacitados para fazer a pesquisa de anticorpos tanto na fase aguda da doença como na fase crônica”, explica Lorena Maciel, farmacêutica analista do laboratório de dengue e febre amarela da Funed. O Hermes Pardini também tem know-how para identificar os anticorpos produzidos pelo organismo humano para combater o vírus. “Também somos capazes de medir a quantidade de vírus no sangue, mas ainda não surgiu demanda para isso”, afirma João Paulo Campos.

Articulações são as partes mais atingidas

A semelhança do chikungunya com a dengue não se limita ao vetor de transmissão. Os sintomas e tratamento também são muito parecidos, o que, a princípio, pode dificultar o diagnóstico preciso. “Inicialmente, podem ser confundidos os quadros, mas o que chama a atenção, no caso do chikungunya, é o comprometimento intenso das articulações”, alerta Socorro Azevedo, médica e pesquisadora do Instituto Evandro Chagas (IEC).
Ao contrário da dengue, em que a dor muscular fica mais evidente, no chikungunya, as dores nas articulações dos dedos, cotovelo e tornozelo, por exemplo, podem se tornar incapacitantes. “Em alguns pacientes, principalmente idosos e crianças, considerados de idade extrema, os sintomas podem ser mais severos”, observa Socorro. Em pessoas com doenças de base como diabetes e hipertensão também há maior risco de piora na evolução do quadro.
Já foram relatados casos em que essa dor pode evoluir para uma artrite e acompanhar o paciente por anos. Estudos na Índia revelaram que 49% dos pacientes apresentaram sintomas persistentes 10 meses depois do início da doença. Em casos extremos, pode ocorrer até mesmo deformidades nas articulações. Apesar das sequelas preocupantes, o chikungunya tem poucos casos de letalidade, ao contrário da dengue. O tratamento também se baseia em medicamentos sintomáticos, ou seja, que vão combater os sintomas, que além de febre alta e súbita incluem mialgia (dor muscular), cefaleia (dor de cabeça) e artralgia (dor nas articulações). “Hidratação e repouso são fundamentais. Para a artrite, podem ser associados anti-inflamatórios”, observa João Paulo Campos, médico infectologista do Grupo Hermes Pardini.
O ácido acetilsalicílico, grande vilão nos casos de dengue, também deve ser evitado mesmo que as consequências para a evolução da doença não sejam tão preocupantes. “Não chega a evoluir para hemorragia, mas pode reduzir as plaquetas e piorar o quadro de lesão cutânea por exemplo”, alerta João Paulo.
Fonte: http://www.lersaude.com.br/nova-febre-proximo-verao-brasileiro-vira-com-o-temor-do-chikungunya/

sábado, 28 de fevereiro de 2015

Dengue: você pode contraí-la por até quatro vezes.

Sobre a Dengue
A palavra dengue tem origem espanhola e quer dizer "melindre", "manha". O nome faz referência ao estado de moleza e prostração em que fica a pessoa contaminada pelo arbovírus (abreviatura do inglês de arthropod-bornvirus, vírus oriundo dos artrópodos).

História da Dengue 

O mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti, foi introduzido na América do Sul através de barcos (navios negreiros) provenientes da África, no periodo período colonial, junto com os escravos. Houve casos em que os barcos ficaram com a tripulação tão reduzida que passaram a vagar pelos mares, constituindo os "navios-fantasmas".



O que é Dengue? 


DENGUE: o ciclo de vida do Aedes aegypti


O dengue é uma doença infecciosa causada por um arbovírus (existem quatro tipos diferentes de vírus do dengue: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4), que ocorre principalmente em áreas tropicais e subtropicais do mundo, inclusive no Brasil. As epidemias geralmente ocorrem no verão, durante ou imediatamente após períodos chuvosos.



    O dengue clássico se inicia de maneira súbita e podem ocorrer febre alta, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dores nas costas. Às vezes aparecem manchas vermelhas no corpo. A febre dura cerca de cinco dias com melhora progressiva dos sintomas em 10 dias. Em alguns poucos pacientes podem ocorrer hemorragias discretas na boca, na urina ou no nariz. Raramente há complicações.




O que é Dengue Hemorrágico?

Dengue hemorrágico é uma forma grave de dengue. No início os sintomas são iguais ao dengue clássico, mas após o 5º dia da doença alguns pacientes começam a apresentar sangramento e choque. Os sangramentos ocorrem em vários órgãos. Este tipo de dengue pode levar a pessoa à morte. Dengue hemorrágico necessita sempre de avaliação médica de modo que uma unidade de saúde deve sempre ser procurada pelo paciente.



O que é Dengue Tipo 4? 

O avanço do vírus tipo 4 da dengue pelo Brasil é uma ameaça à saúde pública. Não pelo vírus em si, que não é mais nem menos perigoso que os tipos 1, 2 e 3, mas pela entrada em ação de mais uma variação do microorganismo.

Existem quatro tipos do vírus da dengue: O DEN-1, o DEN-2, o DEN-3 e o DEN-4. “Causam os mesmos sintomas. A diferença é que, cada vez que você pega um tipo do vírus, não pode mais ser infectado por ele. Ou seja, na vida, a pessoa só pode ter dengue quatro vezes”, explica o consultor de dengue da Organização Mundial da Saúde (OMS), Ivo Castelo Branco.
“Em termos de classificação, estamos falando do mesmo tipo de vírus, com quatro variações”, explica Marcelo Litvoc, infectologista do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. “Do ponto de vista clínico, são absolutamente iguais, vão gerar o mesmo quadro”, esclarece o médico.
A explicação do problema provocado pelo vírus 4 está no sistema imunológico do corpo humano. Quem já teve dengue causada por um tipo do vírus não registra um novo episódio da doença com o mesmo tipo. Ou seja, quem já teve dengue devido ao tipo 1 só pode ter novamente se ela for causada pelos tipos 2, 3 ou 4.
“Quanto mais vírus existirem, maior a probabilidade de haver uma infecção”, resume Caio Rosenthal, infectologista e consultor do programa Bem Estar, da TV Globo. Se houvesse só um tipo de vírus, ninguém poderia ter dengue duas vezes na vida.
A possibilidade da reincidência da doença é preocupante. Caso ocorra um segundo episódio da dengue, os sintomas se manifestam com mais severidade. “Existe certa sensibilização do sistema imunológico e ele dá uma resposta exacerbada”, afirma Litvoc.
Esta reação exagerada do sistema imunológico é um problema. Pode causar inflamações e, por isso, aumenta o risco de lesões nos vasos sanguíneos, o que levaria à dengue hemorrágica. Um terceiro episódio poderia ser ainda mais grave, e um quarto seria mais perigoso que o terceiro.

Qual a causa?

A infecção pelo vírus, transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti, uma espécie hematófaga originária da África que chegou ao continente americano na época da colonização. Não há transmissão pelo contato de um doente ou suas secreções com uma pessoa sadia, nem fontes de água ou alimento.



Como tratar?



Não existe tratamento específico para dengue, apenas tratamentos que aliviam os sintomas. 

Deve-se ingerir muito líquido como água, sucos, chás, soros caseiros, etc. Os sintomas podem ser tratados com dipirona ou paracetamol. Não devem ser usados medicamentos à base de ácido acetil salicílico e antiinflamatórios, como aspirina e AAS, pois podem aumentar o risco de hemorragias.
Fonte: http://www.dengue.org.br/dengue.html

Para saber mais

Aedes aegypti

O Aedes aegypti é um mosquito de aproximadamente 1 cm, preto com listras brancas distribuídas pelo corpo e patas (veja foto ao lado). Ao contrário dos mosquitos comuns, o mosquito da dengue tem hábitos diurnos e costuma voar baixo, picando preferencialmente os pés, tornozelos e as pernas. O Aedes aegypti não gosta de calor, por isso é mais ativo nas primeiras horas da manhã e no final da tarde. Há suspeitas de que alguns ataquem durante a noite. O indivíduo não percebe a picada, pois no momento não dói e nem coça.
 Características do Aedes aegypti, mosquito da dengue
Explicando melhor

O Aedes aegypti vive e reproduz-se em áreas próximas a domicílios, onde haja água relativamente limpa e parada (pneus, vasos, latas, caixas d’água e até em bromélias). O mosquito geralmente deposita seus ovos em áreas úmidas, como paredes de pneus ao ar livre ou caixas d’águas abertas. Quando chove, o ovo depositado volta a se molhar, podendo completar seu ciclo de desenvolvimento.O Aedes aegypti é um mosquito muito difícil de ser controlado, seus ovos são muito resistentes e podem sobreviver no meio ambiente durante meses (até 1 ano e serem transportados por longas distâncias, grudados nas bordas dos recipientes)  à espera de água da chuva para completar seu ciclo de desenvolvimento. Após o contato com água, o ovo depositado dá origem a uma larva, e posteriormente a um mosquito, em menos de 10 dias, o que torna o Aedes aegypti uma espécie de reprodução muito rápida. Isto significa que mesmo que as equipes de saúde de uma região consigam eliminar todos os mosquitos e larvas, se houver ovos no ambiente, basta uma chuva para a população de mosquitos voltar a crescer. Os mosquitos acasalam no primeiro ou no segundo dia após se tornarem adultos. Depois deste acasalamento, as fêmeas passam a se alimentar de sangue, que possui as proteínas necessárias para o desenvolvimento dos ovos. Portanto, a colaboração da população é imprescindível, evitando deixar recipientes que possam acumular água ao ar livre. O Aedes aegypti também é responsável pela transmissão da febre amarela. Febre amarela?
Existem dois tipos diferente de febre amarela: a urbana e a silvestre. A principal diferença é que nas cidades, o transmissor da doença é o mosquito Aedes aegypti, o mesmo da dengue. Nas matas, a febre amarela ocorre em macacos e os principais transmissores são os mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes, que picam preferencialmente os macacos. Esses mosquitos vivem também nas vegetações à beira dos rios. Primeiro picam o macaco doente e depois, o homem. A contaminação do homem acontece quando ele invade o habitat dos macacos. A forma silvestre da doença provoca surtos localizados. A forma urbana da febre amarela desapareceu há várias décadas.

Sintomas da dengue

Uma vez picado pelo mosquito carreador do vírus, o tempo de incubação é em média de 4 a 7 dias. Os 4 sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4, causam os mesmos sintomas, não sendo possível distingui-los somente pelo quadro clínico. O espectro de manifestações da dengue varia desde um quadro assintomático, ou com mínimos sintomas, até a temida dengue hemorrágica. Sim, você leu corretamente, é perfeitamente possível se contaminar com um dos tipos de vírus da dengue e nada apresentar; isso é particularmente verdadeiro em adolescentes e crianças. Nos pacientes que desenvolvem sintomas, temos duas apresentações típicas: o dengue clássico e o dengue hemorrágico.

Sintomas da dengue clássicoA dengue clássico se manifesta como um quadro de febre alta, acompanhado de cefaleias (dores de cabeça), dores nos olhos, fadiga e intensa dor muscular e óssea, o que justifica a alcunha de “febre quebra-ossos”. Outro sintoma comum é o rash, manchas avermelhadas predominantes no tórax e membros superiores, que desaparecem momentaneamente a digito pressão. O rash normalmente surge no 2º ou 3º dia de febre.

Sintomas da dengue hemorrágico



  • Aumento da permeabilidade dos vasos. A inflamação dos capilares (capilarite) faz com que haja extravasamento de líquido para os tecidos, podendo causar derrame pleural (água na pleura do pulmão)  e ascite (água dentro da cavidade abdominal). O extravasamento pode ser tão intenso que o doente pode evoluir para choque circulatório (O choque circulatório é marcado por reduções críticas na perfusão tecidual, provocando alterações sistêmicas graves, com comprometimento da função celular e orgânica, com alto índice de mortalidade).
  • Trombocitopenia (queda do número de plaquetas). As plaquetas são células que fazem parte do sistema de coagulação. São a primeira linha de defesa contra sangramentos. Indivíduos normais apresentam uma contagem entre 150.000 e 400.000 plaquetas. Na dengue hemorrágica esse número cai para menos de 100.000, às vezes menos que 10.000 (trombocitopenia grave).
A dengue não é transmitido diretamente de humano para humano. Familiares de um paciente com dengue não precisam de nenhum tipo de cuidado. Dengue não se transmite pelo beijo, abraço, aperto de mãos, talheres, toalhas, etc. Como existem 4 sorotipos do vírus da dengue, é possível se contaminar 4 vezes. O paciente que já teve dengue 1, pode voltar a ter a doença se o Aedes aegypti que o picar estiver contaminado com o tipo 2, 3 ou 4.
Atenção: Alguns pacientes com dengue clássica podem apresentar pequenos sangramentos no nariz, na gengiva e até nas fezes. A presença de sangramentos não indica obrigatoriamente o diagnóstico de dengue hemorrágico.
Outras manifestações como diarreia, vômitos, tosse e congestão nasal são comuns e podem levar à confusão com outras viroses. O quadro de dengue clássico dura de 5 a 7 dias e desaparece espontaneamente. O paciente costuma curar-se sem sequelas.
A dengue hemorrágico é a manifestação mais grave da doença. Caracteriza-se por alterações na coagulação do sangue e por inflamação difusa dos vasos sanguíneos, nomeadamente dos capilares (menores vasos do corpo). Como resultado, temos as seguintes manifestações:
Devido à queda das plaquetas e à inflamação dos vasos, os pacientes apresentam tendência a sangramentos. Mais uma vez, a presença de sangramentos sem evidências de capilarite e plaquetas abaixo de 100.000 não caracteriza a dengue hemorrágico. Entretanto, como a dengue hemorrágico evoluiu em horas, na dúvida, é melhor sempre levar o paciente para ser avaliado por um médico. Um sintoma muito comum na dengue hemorrágica é a dor abdominal.  A ocorrência da forma hemorrágica parece ser mais comum em pacientes que apresentam um segundo episódio de dengue, causado por um sorotipo diferente do primeiro caso.

Aprenda a fazer uma armadilha para pegar o mosquito da dengue




Fonte:http://aquiacontece.com.br/noticia/2015/02/03/dia-d-contra-a-dengue-e-a-chikungunya-e-neste-sabado-7



sábado, 21 de fevereiro de 2015

Sol - somos parte de uma estrela.

Do ponto de vista da teoria mais moderna que a Ciência já formulou, o Universo foi formado por partículas oriundas da grande explosão "Big Bang" que se espalharam pelo infinito espaço evacuado, onde antes imperava-se o vácuo. E tudo que preenche esse eterno vazio faz parte do que tudo deu origem: a estrela.
Nesse perspectiva, podemos dizer que somos parte de um grande estrela; a maior que esse universo já acolheu, a estrela originária universal.
Sabemos hoje que uma estrela pode ser de tamanhos diversos e que a sua temperatura na corona pode variar entre milhares de graus centígrados e, ainda assim, é a grande responsável por estarmos aqui - no planeta Terra.
Convido agora, caro leitor(a) a fazermos uma longa viagem intergaláctica para conhecermos um pouco mais sobre esse nobre astro - o Sol.

Discovery - Como funciona o universo: Estrelas



  1. O Sol é a estrela central do Sistema Solar. Todos os outros corpos do Sistema Solar, como planetas, planetas anões, asteroides, cometas e poeira, bem como todos os satélites associados a estes corpos, giram ao seu redor.Wikipédia
  2. Distância da Terra149.600.000 km
  3. Raio: 695.800 km (1 R☉)
  4. Massa: 1,989E30 kg 
  5. Magnitude: -26,74
  6. Orbita: Centro da Via Láctea


A energia solar é gerada no núcleo do Sol. Lá, a temperatura (15.000.000° C) e a pressão (340 bilhões de vezes a pressão atmosférica da Terra ao nível do mar) são tão intensas que ocorrem reações nucleares. Estas reações transformam quatro prótons ou núcleos de átomos de hidrogênio em uma partícula alfa, que é o núcleo de um átomo de hélio. A partícula alfa é aproximadamente 0,7 porcento menos massiva do que quatro prótons. A diferença em massa é expelida como energia e carregada até a superfície do Sol, através de um processo conhecido como convecção, e é liberada em forma de luz e calor. A energia gerada no interior do Sol leva um milhão de anos para chegar à superfície. A cada segundo 700 milhões de toneladas de hidrogênio são convertidos em cinza de hélio. Durante este processo 5 milhões de toneladas de energia pura são liberados; portanto, com o passar do tempo, o Sol está se tornando mais leve.



Diagrama do Sol
A cromosfera está acima da fotosfera. A energia solar passa através desta região em seu caminho desde o centro do Sol. Manchas (faculae) a explosões (flares) se levantam da cromosfera. Faculae são nuvens brilhantes de hidrogênio que aparecem em regiões onde manchas solares logo se formarão. Flares são filamentos brilhantes de gás quente emergindo das regiões das manchas. Manchas solares são depressões escuras na fotosfera com uma temperatura típica de 4.000°C.
A coroa é a parte mais externa da atmosfera do Sol. É nesta região que as prominências aparecem. Prominências são imensas nuvens de gás aquecido e brilhante que explodem da alta cromosfera. A região exterior da coroa se extende ao espaço e inclui partículas viajando lentamente para longe do Sol. A coroa pode ser vista durante eclipses solares totais. (Ver a Imagem do Eclipse Solar).
O Sol aparentemente está ativo há 4,6 bilhões de anos e tem combustível suficiente para continuar por aproximadamente mais cinco bilhões de anos. No fim de sua vida, o Sol comecará a fundir o hélio em elementos mais pesados e se expandirá, finalmente crescendo tão grande que engolirá a Terra. Após um bilhão de anos como uma gigante vermelha, ele rapidamente colapsará em uma anã branca -- o produto final de uma estrela como a nossa. Pode levar um trilhão de anos para ele se esfriar completamente.


Estatísticas do Sol
 Massa (kg)1,989x1030 
 Massa (Terra = 1)332 830 
 Raio equatorial (km)695 000 
 Raio equatorial (Terra = 1)108,97 
 Densidade média (gm/cm^3)1,410 
 Período de rotação (dias)25-36* 
 Velocidade de escape (km/sec)618,02 
 Luminosidade (ergs/seg)3,827x1033 
 Magnitude (Vo)-26,8 
 Temperatura média à superfície6 000°C 
 Idade (biliões de anos)4,5 
 Principal composição química



Hidrogénio
Hélio
Oxigénio
Carbono
Nitrogénio
Néon
Ferro
Silício
Magnésio
Enxofre
Todos os restantes

92,1%
7,8%
0,061%
0,030%
0,0084%
0,0076%
0,0037%
0,0031%
0,0024%
0,0015%
0,0015% 





* O período de rotação do Sol à superfície varia de aproximadamente 25 dias no equador a 36 dias nos polos. Na profundidade, abaixo da zona de convecção, parece ter uma rotação com um período de 27 dias.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

As Mudanças Climáticas: causas e consequências.


O que é Aquecimento Global?

Aquecimento global é o aumento da temperatura média dos oceanos e da camada de ar próxima à superfície da Terra que pode ser consequência de causas naturais e atividades humanas. Isto se deve principalmente ao aumento das emissões de gases na atmosfera que causam o efeito estufa, principalmente o dióxido de carbono (CO2). 




O que é Efeito Estufa?

O Efeito estufa corresponde a uma camada de gases que cobre a superfície da terra, essa camada composta principalmente por gás carbônico (CO²), metano (CH4), N²O (óxido nitroso) e vapor d água, é um fenômeno natural fundamental para manutenção da vida na Terra, pois sem ela o planeta poderia se tornar muito frio, inviabilizando a sobrevivência de diversas espécies.

Normalmente parte da radiação solar que chega ao nosso planeta é refletida e retorna diretamente para o espaço, outra parte é absorvida pelos oceanos e pela superfície terrestre e uma parte é retida por esta camada de gases que causa o chamado efeito estufa. O problema não é o fenômeno natural, mas o agravamento dele. Como muitas atividades humanas emitem uma grande quantidade de gases formadores do efeito estufa (GEEs), esta camada tem ficado cada vez mais espessa, retendo mais calor na Terra, aumentando a temperatura da atmosfera terrestre e dos oceanos e ocasionando o aquecimento global.

Quais as principais consequências do aquecimento global? 


São várias as consequências do aquecimento global e algumas delas já podem ser sentidas em diferentes partes do planeta. Os cientistas já observam que o aumento da temperatura média do planeta tem elevado o nível do mar devido ao derretimento das calotas polares, podendo ocasionar o desaparecimento de ilhas e cidades litorâneas densamente povoadas. E há previsão de uma frequência maior de eventos extremos climáticos (tempestades tropicais, inundações, ondas de calor, seca, nevascas, furacões, tornados e tsunamis) com graves consequências para populações humanas e ecossistemas naturais, podendo ocasionar a extinção de espécies de animais e de plantas. 





Quais as causas das mudanças climáticas e do aquecimento global?
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