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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

HPV e câncer - Perguntas mais frequentes

HPV e câncer - Perguntas mais frequentes
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1: Definição

O que significa "HPV"?
É a sigla em inglês para papilomavírus humano. Os HPV são vírus capazes de infectar a pele ou as mucosas. Existem mais de 100 tipos diferentes de HPV, sendo que cerca de 40 tipos podem infectar o trato ano-genital.
2: HPV e câncer do colo do útero
Qual é a relação entre HPV e câncer?
A infecção pelo HPV é muito frequente, mas transitória, regredido espontaneamente na maioria das vezes. No pequeno número de casos nos quais a infecção persiste e, especialmente, é causada por um tipo viral oncogênico (com potencial para causar câncer), pode ocorrer o desenvolvimento de lesões precursoras, que se não forem identificadas e tratadas podem progredir para o câncer, principalmente no colo do útero, mas também na vagina, vulva, ânus, pênis, orofaringe e boca.
Quais são os tipos de HPV que podem causar câncer?
Pelo menos 13 tipos de HPV são considerados oncogênicos, apresentando maior risco ou probabilidade de provocar infecções persistentes e estar associados a lesões precursoras. Dentre os HPV de alto risco oncogênico, os tipos 16 e 18 estão presentes em 70% dos casos de câncer do colo do útero.
Já os HPV 6 e 11, encontrados em 90% dos condilomas genitais e papilomas laríngeos, são considerados não oncogênicos.
O que é câncer do colo do útero?
É um tumor que se desenvolve a partir de alterações no colo do útero, que se localiza no fundo da vagina. Essas alterações são chamadas de lesões precursoras, são totalmente curáveis na maioria das vezes e, se não tratadas, podem demorar muitos anos para se transformar em câncer.
As lesões precursoras ou o câncer em estágio inicial não apresentam sinais ou sintomas, mas conforme a doença avança podem aparecer sangramento vaginal, corrimento e dor, nem sempre nessa ordem. Nesses casos, a orientação é sempre procurar um posto de saúde para tirar as dúvidas, investigar os sinais ou sintomas e iniciar um tratamento, se for o caso.
Qual é o risco de uma mulher infectada pelo HPV desenvolver câncer do colo do útero?
Aproximadamente 291 milhões de mulheres no mundo são portadoras do HPV, sendo que 32% estão infectadas pelos tipos 16, 18 ou ambos. Comparando-se esse dado com a incidência anual de aproximadamente 500 mil casos de câncer de colo do útero, conclui-se que o câncer é um desfecho raro, mesmo na presença da infecção pelo HPV. Ou seja, a infecção pelo HPV é um fator necessário, mas não suficiente, para o desenvolvimento do câncer do colo do útero.
Além da infecção pelo HPV, há outros fatores que aumentam o risco de uma mulher desenvolver câncer do colo do útero?
Fatores ligados à imunidade, à genética e ao comportamento sexual parecem influenciar os mecanismos ainda incertos que determinam a regressão ou a persistência da infecção pelo HPV e também a progressão para lesões precursoras ou câncer. Desta forma, o tabagismo, o início precoce da vida sexual, o número elevado de parceiros sexuais e de gestações, o uso de pílula anticoncepcional e a imunossupressão (causada por infecção por HIV ou uso de imunossupressores) são considerados fatores de risco para o desenvolvimento do câncer do colo do útero. A idade também interfere nesse processo, sendo que a maioria das infecções por HPV em mulheres com menos de 30 anos regride espontaneamente, ao passo que acima dessa idade a persistência é mais frequente.
Como as mulheres podem se prevenir do câncer do colo do útero?
Fazendo o exame preventivo (de Papanicolaou ou citopatológico), que pode detectar as lesões precursoras. Quando essas alterações que antecedem o câncer são identificadas e tratadas é possível prevenir a doença em 100% dos casos.
O exame deve ser feito preferencialmente pelas mulheres entre 25 e 64 anos, que têm ou já tiveram atividade sexual. Os dois primeiros exames devem ser feitos com intervalo de um ano e, se os resultados forem normais, o exame passará a ser realizado a cada três anos.
Onde é possível fazer os exames preventivos do câncer do colo do útero pelo SUS?
Postos de coleta de exames preventivos ginecológicos do SUS estão disponíveis em todos os estados do País e os exames são gratuitos. Procure a Secretaria de Saúde de seu município para obter informações.
3: Manifestações da infecção pelo HPV
Uma pessoa infectada pelo vírus necessariamente apresenta sinais ou sintomas?
A maioria das infecções por HPV é assintomática ou inaparente e de caráter transitório, ou seja, regride espontaneamente. Tanto o homem quanto a mulher podem estar infectados pelo vírus sem apresentar sintomas. Habitualmente as infecções pelo HPV se apresentam como lesões microscópicas ou não produzem lesões, o que chamamos de infecção latente. Quando não vemos lesões não é possível garantir que o HPV não está presente, mas apenas que não está produzindo doença.
Quais são as manifestações da infecção pelo HPV?
Estima-se que somente cerca de 5% das pessoas infectadas pelo HPV desenvolverá alguma forma de manifestação.
A infecção pode se manifestar de duas formas: clínica e subclínica.
As lesões clínicas se apresentam como verrugas ou lesões exofíticas, são tecnicamente denominadas condilomas acuminados e popularmente chamadas "crista de galo", "figueira" ou "cavalo de crista". Têm aspecto de couve-flor e tamanho variável. Nas mulheres podem aparecer no colo do útero, vagina, vulva, região pubiana, perineal, perianal e ânus. Em homens podem surgir no pênis (normalmente na glande), bolsa escrotal, região pubiana, perianal e ânus. Essas lesões também podem aparecer na boca e na garganta em ambos os sexos.
As infecções subclínicas (não visíveis ao olho nu) podem ser encontradas nos mesmos locais e não apresentam nenhum sintoma ou sinal. No colo do útero são chamadas de Lesões Intra-epiteliais de Baixo Grau/Neoplasia Intra-epitelial grau I (NIC I), que refletem apenas a presença do vírus, e de Lesões Intra-epiteliais de Alto Grau/Neoplasia Intra-epitelial graus II ou III (NIC II ou III), que são as verdadeiras lesões precursoras do câncer do colo do útero.
O desenvolvimento de qualquer tipo de lesão clínica ou subclínica em outras regiões do corpo é raro.
Estou com uma lesão genital que se assemelha à descrição de lesão provocada por HPV. O que devo fazer?
É recomendado procurar um profissional de saúde para o diagnóstico correto e indicação do tratamento adequado.
4: Formas de diagnóstico
Como a infecção pelo HPV é diagnosticada em homens e mulheres?
A investigação diagnóstica da infecção latente pelo HPV, que ocorre na ausência de manifestações clínicas ou subclínicas, só pode atualmente ser realizada por meio de exames de biologia molecular, que mostram a presença do DNA do vírus. Entretanto, não é indicado procurar diagnosticar a presença do HPV, mas sim suas manifestações.
O diagnóstico das verrugas ano-genitais pode ser feito em homens e em mulheres por meio do exame clínico.
As lesões subclínicas podem ser diagnosticadas por meio de exames laboratoriais (citopatológico, histopatológico e de biologia molecular) ou do uso de instrumentos com poder de magnificação (lentes de aumento), após a aplicação de reagentes químicos para contraste (colposcopia, peniscopia, anuscopia).
5:Tratamento
Qual o tratamento para a infecção pelo HPV?
Não há tratamento específico para eliminar o vírus.
O tratamento das lesões clínicas deve ser individualizado, dependendo da extensão, número e localização. Podem ser usados laser, eletrocauterização, ácido tricloroacético (ATA) e medicamentos que melhoram o sistema de defesa do organismo.
As lesões de baixo grau não oferecem maiores riscos, tendendo a desaparecer mesmo sem tratamento na maioria das mulheres. A conduta recomendada é a repetição do exame preventivo em seis meses.
O tratamento apropriado das lesões precursoras é imprescindível para a redução da incidência e mortalidade pelo câncer do colo uterino. As diretrizes brasileiras recomendam, após confirmação colposcópica ou histológica, o tratamento excisional das Lesões Intra-epiteliais de Alto Grau, por meio de exérese da zona de transformação (EZT) por eletrocirurgia.
Só o médico, após a avaliação de cada caso, pode recomendar a conduta mais adequada.
Após passar por tratamento, a pessoa pode se reinfectar?
Sim. A infecção por HPV pode não induzir imunidade natural e, além disso, pode ocorrer contato com outro tipo viral.
Que tipo de médico deve ser procurado para o tratamento de pacientes com infecção por HPV?
Médicos ginecologistas, urologistas ou proctologistas podem tratar pessoas com infecção por HPV. Outros especialistas podem ser indicados após análise individual de cada caso.
6: Transmissão
Como os HPV são transmitidos?
A transmissão do vírus se dá por contato direto com a pele ou mucosa infectada.
A principal forma é pela via sexual, que inclui contato oral-genital, genital-genital ou mesmo manual-genital. Assim sendo, o contágio com o HPV pode ocorrer mesmo na ausência de penetração vaginal ou anal.
Também pode haver transmissão durante o parto.
Não está comprovada a possibilidade de contaminação por meio de objetos, do uso de vaso sanitário e piscina ou pelo compartilhamento de toalhas e roupas íntimas.

Os HPV são facilmente contraídos?
Estudos no mundo comprovam que 80% das mulheres sexualmente ativas serão infectadas por um ou mais tipos de HPV em algum momento de suas vidas. Essa percentagem pode ser ainda maior em homens. Estima-se que entre
25% e 50% da população feminina e 50% da população masculina mundial esteja infectada pelo HPV. Porém, a maioria das infecções é transitória, sendo combatida espontaneamente pelo sistema imune, regredindo entre seis meses a dois anos após a exposição, principalmente entre as mulheres mais jovens.
Para haver o contágio com o HPV, a(o) parceira(o) sexual precisa apresentar manifestações da infecção?
Provavelmente a transmissão é facilitada quando as lesões clínicas estão presentes: foi demonstrado que 64% dos parceiros sexuais de indivíduos portadores de condilomas genitais desenvolveram lesões semelhantes. No entanto não é possível afirmar que não há chance de contaminação na ausência de lesões.
Após o contágio com HPV por quanto tempo uma pessoa pode não manifestar a infecção?
Não se sabe por quanto tempo o HPV pode permanecer inaparente e quais são os fatores responsáveis pelo desenvolvimento de lesões. As manifestações da infecção podem só ocorrer meses ou até anos depois do contato. Por esse motivo não é possível determinar se o contágio foi recente ou antigo.
Na ocorrência de relação sexual com uma pessoa infectada pelo HPV, como saber se houve contaminação?
O fato de ter mantido relação sexual com uma pessoa infectada pelo HPV não significa que obrigatoriamente ocorrerá transmissão da infecção, mas não sabemos qual é o risco por não conhecermos a contagiosidade do HPV. Apesar da ansiedade ocasionada pela possibilidade de contaminação, não é indicado procurar diagnosticar a presença do HPV. As pessoas expostas ao vírus devem ficar atentas para o surgimento de alguma lesão, mas não adianta procurar o médico no dia seguinte, pois isto pode levar semanas a meses para ocorrer. As mulheres devem obedecer à periodicidade de realização do exame preventivo (Papanicolaou).
 
7: HPV e gravidez
Existe risco de má formação do feto para mulheres grávidas infectadas com HPV?
A ocorrência de infecção pelo HPV durante a gravidez não implica em má formação do feto.
Qual a via de parto indicada para mulheres grávidas infectadas com HPV?
O parto normal não é contra-indicado, pois, apesar de ser possível a contaminação do bebê, o desenvolvimento de lesões é muito raro. Pode também ocorrer contaminação antes do trabalho de parto e a opção pela cesariana não garante a prevenção da transmissão da infecção. A via de parto (normal ou cesariana) deverá ser determinada pelo médico após análise individual de cada caso.
8: Prevenção
Como homens e mulheres, independente na orientação sexual, podem se prevenir dos HPV?
Apesar de sempre recomendado, o uso de preservativo (camisinha) durante todo contato sexual, com ou sem penetração, não protege totalmente da infecção pelo HPV, pois não cobre todas as áreas passíveis de ser infectadas. Na presença de infecção na vulva, na região pubiana, perineal e perianal ou na bolsa escrotal, o HPV poderá ser transmitido apesar do uso do preservativo. A camisinha feminina, que cobre também a vulva, evita mais eficazmente o contágio se utilizada desde o início da relação sexual.
Existe vacina contra o HPV?Sim. Existem duas vacinas profiláticas contra HPV aprovadas e registradas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e que estão comercialmente disponíveis: a vacina quadrivalente, da empresa Merck Sharp & Dohme (nome comercial Gardasil), que confere proteção contra HPV 6, 11, 16 e 18; e a vacina bivalente, da empresa GlaxoSmithKline (nome comercial Cervarix), que confere proteção contra HPV 16 e 18.
Para que servem as vacinas contra o HPV?As vacinas são preventivas, tendo como objetivo evitar a infecção pelos tipos de HPV nelas contidos.
A vacina quadrivalente está aprovada no Brasil para prevenção de lesões genitais pré-cancerosas de colo do útero, vulva e vagina e câncer do colo do útero em mulheres e verrugas genitais em mulheres e homens, relacionados ao HPV 6, 11, 16 e 18.
A vacina bivalente está aprovada para prevenção de lesões genitais pré-cancerosas do colo do útero e câncer do colo do útero em mulheres, relacionados ao HPV 16 e 18.
Nenhuma das vacinas é terapêutica, ou seja, não há eficácia contra infecções ou lesões já existentes.
Quem pode ser vacinado?
De acordo com o registro na ANVISA, a vacina quadrivalente é indicada para mulheres e homens entre 9 e 26 anos de idade e vacina bivalente é indicada para mulheres entre 10 e 25 anos de idade. Novos estudos mostraram que as vacinas também são seguras para mulheres com mais de 26 anos e os fabricantes já iniciaram os procedimentos para que a ANVISA aprove seus produtos para faixas etárias mais avançadas. No momento as clínicas de vacinação ainda não estão autorizadas a aplicar as vacinas em faixas etárias superiores às estabelecidas pela ANVISA.
Ambas as vacinas possuem maior indicação para meninas que ainda não iniciaram a vida sexual, uma vez que apresentam maior eficácia na proteção de indivíduos não expostos aos tipos virais presentes nas vacinas. Países que adotam a vacinação em programas nacionais de imunização utilizam a faixa etária de 9 a 13 anos.
Vale a pena vacinar mulheres que já iniciaram a atividade sexual?
Após o início da atividade sexual a possibilidade de contato com o HPV aumenta progressivamente: 25% das adolescentes apresentam infecção pelo HPV durante o primeiro ano após iniciação sexual e três anos depois esse percentual sobe para 70%.
Não há, até o momento, evidência científica de benefício estatisticamente significativo em vacinar mulheres previamente expostas ao HPV. Isso quer dizer que algumas mulheres podem se beneficiar e outras não. Nesses casos a decisão sobre a vacinação deve ser individualizada, levando em conta as expectativas e a relação custo-benefício pessoal.
Não existe risco à saúde caso uma pessoa que já tenha tido contato com o HPV for vacinada.
Vale a pena vacinar mulheres já tratadas para lesões no colo do útero, vagina ou vulva?
Existe evidência científica de pequeno benefício em vacinar mulheres previamente tratadas, que poderiam apresentar menos recidivas. Também nesses casos a decisão sobre a vacinação deve ser individualizada.
Vale a pena vacinar homens?
A eficácia da vacina contra HPV foi comprovada em homens para prevenção de condilomas genitais e lesões precursoras de câncer no pênis e ânus.
Teoricamente, se os homens forem vacinados contra HPV, as mulheres estariam protegidas através de imunidade indireta ou de rebanho, pois o vírus é sexualmente transmissível. Entretanto, estudos que avaliaram a custo-efetividade das vacinas para a prevenção do câncer do colo do útero através de modelos matemáticos mostraram que um programa de vacinação de homens e mulheres não é custo-efetivo quando comparado com a vacinação exclusiva de mulheres.
Por quanto tempo a vacina é eficaz?
A duração da eficácia foi comprovada até 8-9 anos, mas ainda existem lacunas de conhecimento relacionadas à duração da imunidade em longo prazo (por quanto tempo as três doses recomendadas protegem contra o contágio pelo HPV) e a necessidade de dose de reforço (aplicação de novas doses da vacina no futuro na população já vacinada).
As vacinas são seguras?
Sim, seguras e bem toleradas. Os eventos adversos mais observados incluem dor, inchaço e vermelhidão no local da injeção e dor de cabeça de intensidade leve a moderada.
Existem contra-indicações para a vacinação?
A vacina está contra-indicada para gestantes, indivíduos acometidos por doenças agudas e com hipersensibilidade aos componentes (princípios ativos ou excipientes) de imunobiológicos.
Há pouca informação disponível quanto à segurança e imunogenicidade em indivíduos imunocomprometidos.
Como as vacinas são administradas:
Ambas são recomendadas em três doses, por via intramuscular.
A vacina quadrivalente tem esquema vacinal 0, 2 e 6 meses e, caso seja necessário um esquema alternativo, a segunda dose pode ser administrada pelo menos um mês após a primeira dose e a terceira dose pelo menos quatro meses após a primeira dose.
A vacina bivalente tem esquema 0, 1 e 6 meses, podendo ter a segunda dose administrada entre um mês e dois meses e meio após a primeira dose e a terceira dose entre cinco e 12 meses após a primeira dose.
As meninas ou mulheres vacinadas podem dispensar a realização do exame preventivo?
Não. É imprescindível manter a realização do exame preventivo, pois as vacinas protegem apenas contra dois tipos oncogênicos de HPV, responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero. Ou seja, 30% dos casos de câncer causados pelos outros tipos oncogênicos de HPV vão continuar ocorrendo se não for realizada a prevenção secundária.
A vacina contra o HPV está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS)?
Estará a partir de 2014.
O Ministério da Saúde avalia desde 2006 a incorporação da vacina contra o HPV pelo SUS e no ano de 2013 considerou pertinente incluir o imunizante no calendário nacional.
Em dezembro de 2011 resultado do estudo de custo-efetividade da incorporação da vacina contra HPV no Programa Nacional de Imunização, concluiu que a vacinação é custo-efetiva no País. Em julho de 2012 ocorreu a primeira reunião do grupo de trabalho para elaboração das diretrizes para introdução da vacina no calendário nacional.
Três pareceres anteriores contraindicaram, em 2007, 2010 e 2011, o uso da vacina contra o HPV como política de saúde, até que o considerando prudente esperar o resultado de estudo sobre custo-efetividade da vacinação no cenário brasileiro, a avaliação do impacto na sustentabilidade do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e as negociações para transferência de tecnologia para produção da vacina no país para subsidiar a tomada de decisão do Ministério da Saúde sobre o tema.
Onde é possível ser vacinado contra o HPV?
Atualmente as vacinas profiláticas contra o HPV estão disponíveis em clínicas de vacinação particulares. Consultórios geralmente não são fiscalizados pela ANVISA e as vacinas podem ser mal conservadas, comprometendo sua eficácia.
A forma como as informações sobre o uso e a eficácia da vacina têm chegado à população brasileira é adequada?
Não. É preciso que fabricantes, imprensa, profissionais e autoridades de saúde estejam conscientes de sua responsabilidade. É imprescindível esclarecer sob quais condições a vacina pode se tornar um mecanismo eficaz de prevenção para não gerar uma expectativa irreal de solução do problema e desmobilizar a sociedade e seus agentes com relação às políticas de promoção e prevenção realizadas. Deve-se informar que, segundo as pesquisas, as principais beneficiadas são as meninas que ainda não fizeram sexo; que as mulheres deverão manter a rotina de realização do exame Papanicolaou e de diagnóstico de DST; e que, mesmo que a aplicação da vacina ocorra em larga escala, uma redução significativa dos indicadores da doença pode demorar algumas décadas.

Se após a leitura desse texto ainda existirem dúvidas, por favor, entre em contato com um profissional de saúde para mais esclarecimentos
Fonte: DARAO
Instituto Nacional de Câncer - INCAPraça Cruz Vermelha, 23 - Centro
20230-130 - Rio de Janeiro - RJ
Tel.: (21) 3207-1000

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Eu sou parte do mar e das estrelas






Eu sou parte do mar e das estrelas
E dos ventos do sul e do norte,
Das montanhas, da Lua e de Marte
E os séculos me enviaram para frente.
Edward H. S. Terry

Feliz 2014  
 Vamos continuar...???

Os 7 maiores mistérios do universo: "Deus existe?"

Conheça as novas respostas da ciência para as perguntas mais difíceis do mundo

Questão 1 - Deus existe?
O unicórnio é um cavalo com barbicha, um chifre na testa e supostos poderes mágicos. Ele não existe, claro, é uma invenção. Só que isso é impossível de provar. Da mesma forma, não temos nenhum indício objetivo da existência de Deus - que pode perfeitamente ser apenas uma criação humana. Mas isso também é impossível de provar. É que a única maneira de provar definitivamente uma coisa é usar o chamado método científico, que foi proposto por Galileu Galilei no século 16 e tem quatro etapas. Primeira: observar um fato concreto. Segunda: fazer uma pergunta sobre ele. Terceira: elaborar uma hipótese, ou seja, uma resposta à pergunta. Quarta: fazer uma experiência controlada para confirmar ou negar a hipótese. Simples, não?

Mas com o unicórnio, tropeçamos já na primeira etapa - porque não existe nenhum elemento concreto, como um pedaço de cabelo ou qualquer outra pista deixada por um unicórnio. Com Deus, você consegue passar pelas primeiras fases. É possível observar um fato concreto (o Universo existe) formular uma pergunta a respeito (foi Deus que o criou?) e elaborar uma hipótese (sim ou não). Mas como vencer a quarta etapa - e criar uma experiência científica que pudesse confirmar ou negar Deus?

É difícil até de imaginar. Isso ajuda a explicar por que a existência de Deus divide a opinião dos cientistas. Um estudo feito nos EUA pelo Instituto Pew revelou que 51% deles admitem a existência de alguma forma de poder divino (contra 95% na população em geral).

Alguns pesquisadores vão além do impasse, e dizem ter evidências de que Deus existe - ou inexiste. A primeira categoria é liderada por Francis S. Collins, que foi diretor do Projeto Genoma Humano e hoje dirige os Institutos Nacionais de Saúde (NIH), principal órgão de ciência do governo nos EUA. Para ele, a prova da existência de Deus é chamada sintonia fina. Por essa tese, o Big Bang obedeceu a alguns parâmetros muito precisos e coordenados entre si. Se a força que mantém unidos os prótons e os nêutrons fosse um pouco menor, por exemplo, só o hidrogênio teria se formado - e não existiria a matéria-prima da vida, o carbono. Para Collins, nossa existência depende de tantas variáveis, numa combinação matematicamente tão improvável, que não pode ser acaso. "A sintonia fina não é acidental. Ela reflete a ação de algo que criou o Universo", diz.

O polo ateu é liderado pelo físico Victor Stenger, professor da Universidade do Havaí e autor de God: The Failed Hypothesis ("Deus: a tese fracassada", inédito no Brasil). Ele descarta a tese da sintonia fina. Diz que o Universo não foi sintonizado para nós; nós é que somos adaptados às condições dele. Também apresenta exemplos de como o Universo simplesmente não precisa de Deus. "Até o século 20, acreditava-se que a matéria não poderia ser criada nem destruída, só transformada de um tipo para outro". Se é impossível criar matéria, a existência dela só poderia ser um milagre. "Mas aí Einstein provou que a matéria pode ser criada a partir de energia, sem violar as leis da física", diz. "A ciência pode provar que Deus não existe? A resposta é sim". Mas ele mesmo faz ressalvas. "Não me refiro a uma prova lógica [definitiva], mas a uma prova acima de dúvida, como a usada num tribunal." Traduzindo: para Stenger, é possível provar que nada depende de Deus, e a partir daí inferir que ele não existe. Mas mostrar que ele não existe, felizmente para uns e infelizmente para outros, continua impossível.
Questão 2 - De onde viemos?
Questão 3 - Qual é o sentido da vida?
Questão 4 - O que acontece após a morte?
Questão 5 - Alma existe?
Questão 6 - Há vida fora da Terra?
Questão 7 - Destino existe?

domingo, 29 de dezembro de 2013

Plasma - o quarto estado da matéria.

Plasma o Quarto Estado da Matéria – A matéria do universo



Leia mais em: http://cienciasetecnologia.com/plasma-o-quarto-estado-da-materia/#ixzz2otUrdQqx








Plasma - quarto estado da matéria é a forma de matéria mais abundante no universo, mas uma boa parte das pessoas jamais ouviu falar ou sabe o que ele é. Desde cedo na escola aprendemos que a matéria possui três estados básicos sendo eles sólido, liquido e gasoso, tais estados variam conforme a densidade da substância, distância entre as partículas e agitação das moléculas, porém na verdade a matéria possui 5 estados principais sendo eles:
 Condensado de Bose-Einstein → Sólido → Líquido → Gasoso → Plasma
Além de outros 2 que possuem menor relevância, o Superfluido de Polaritons e o Condensado Fermiônico.


Leia mais em: http://cienciasetecnologia.com/plasma-o-quarto-estado-da-materia/#ixzz2otV2SxHb








terça-feira, 29 de outubro de 2013

Principais Parasitoses Humanas


Parasitoses


O que são parasitoses humanas, as mais comuns, doenças causadas por parasitas


O que é são parasitoses 
Giardia lamblia: causadora da parasitose conhecida como Giardíase
Parasitoses são doenças causadas por organismos parasitas. Após entrar e se instalar no corpo humano ou de outro animal, estes parasitas desenvolvem doenças, podendo provocar uma série de danos ao organismo e até mesmo a morte, caso não haja o tratamento devido. Estes parasitas podem 
ser vermes, bactérias, vírus ou protozoários.




Principais Parasitoses Humanas (doenças provocadas por parasitas) e agentes causadores:

- Amebíase (parasita causador: protozoário Entamoeba histolytica)

- Leishmaniose (parasita causador: protozoário Leishmania brasiliensis)

- Giardíase (parasita causador: Giardia lamblia)

- Tricomoníase (parasita causador: protozoário Trichomonas vaginalis)

- Malária  - também conhecida como impaludismo ou maleita (parasita causador: Plasmodium falciparum)

- Toxoplasmose (parasita causador: protozoário Toxoplasma gondii)

- Esquistossomose (parasita causador: verme Schistosoma mansoni)

- Teniase (parasita causador: vermes Taenia saginata e Taenia solium)

- Cisticercose (parasita causador: verme Taenia solium)

- Enterobiose ou Oxiurose (parasita causador: verme Enterobius vermicularis)

- Filariose - também conhecida como Elefantíase (parasita causador: verme Wuchereria bancrofti)

- Ancilostomose (parasita causador: verme Necator americanus)

- Ascaridíase (parasita causador: verme Ascaris lumbricoides)

- Tripanossomíase Americana - Doença de Chagas (parasita causador: protozoário Trypanosoma cruzi).


As Principais Parasitoses Humanas


ParasitoseParasitaPatogeniaTransmissãoProfilaxia
Aids
(Síndrome da Imunodeficiência Adquirida)
HIV
(vírus)
O vírus invade e destrói os linfócitos, causando deficiências no sistema imunológico. O organismo do afetado fica vulnerável a infecções oportunistas, como a pneumonia, tuberculose e outras. Desenvolvimento do sarcoma de Kaposi, uma neoplasia.Relações sexuais; agulhas, seringas e material cirúrgico contaminados com sangue e secreções; transfusões de sangue; de mãe para filho, através da placenta.Uso de camisinha nas relações sexuais; emprego de seringas descartáveis; completa esterilização do material cirúrgico; controle adequado nas transfusões de sangue.
AmebíaseEntamoeba histolytica
(protozoário amebiano)
Na amebíase intestinal, ocorre a disenteria amebiana com ou sem sangue. Na extra-intestinal, a ameba invade outros órgãos, principalmente o fígado, os pulmões e a pele, determinando processos inflamatórios e necróticos.Feita pela ingestão de alimento contaminado com cistos da ameba.Saneamento básico, com a cloração da água; educação sanitária.
Ancilostomíase,
Amarelão, Opilação ou mal-da-terra
Ancylostoma duodenale
e Necator americanus
(vermes nematelmintes)
Produz no homem anemia intensa, variando a gravidade conforme o grau de infestação,
palpitações cardíacas, vertigens e distúrbios gástricos.
Penetração ativa das larvas através da pele humana.Saneamento básico e educação sanitária; uso de calçados, dado que as larvas penetram principalmente através dos pés.
AscaridíaseAscaris lumbricoides
(verme nematelminte)
A migração das larvas através do pulmão determina processos inflamatórios com sintomas de irritação brônquica. Já os vermes adultos, localizados no intestino, produzem cólicas abdominais, náuseas e irritação do sistema nervoso.Ingestão de água ou alimento contaminados com os ovos do parasita.Saneamento básico e educação sanitária, impedindo a contaminação com os ovos provenientes das fezes do indivíduo infectado.
BotulismoClostridium botulinum
(bactéria)
Distúrbios visuais, incapacidade de deglutir e dificuldades para falar. Provoca a morte por paralisia respiratória ou parada cardíaca.Ingestão de alimentos condimentados, defumados, embalados a vácuo, ou enlatados, contaminados por esporos da bactéria.Ferver alimentos enlatados ou em conserva, durante 20 minutos, antes do consumo.
Caxumba ou
Parotidite
(vírus)Caracteriza-se por febre e tumefação de uma ou mais glândulas salivares, em geral as parótidas.Gotículas de saliva eliminadas pelo infectado.Vacina tríplice.
CisticercoseTaenia solium
(verme platielminte)
É determinada pela localização da larva, chamada cisticerco, no organismo humano.
No tecido subcutâneo e na musculatura, produz dores e fraqueza muscular; nos olhos acarreta cegueira e no cérebro causa epilepsia e até loucura.
A auto-infestação acontece quando há ruptura de anéis da tênia, no intestino humano, libertando o embrião. A hetero-infestação se dá pela ingestão de água, hortaliças ou frutos contaminados por ovos.Saneamento básico e educação sanitária;
ingestão de carne de porco bem cozida.
Coqueluche
ou tosse comprida
Bordetella pertussis
(bactéria)
(bactéria) Tosse irritante que dura de 1 a 2 meses, cujos acessos são sucessivos e violentos.Contato com as secreções das mucosas da laringe ou dos brônquios do indivíduo infectado.Vacina tríplice.
Dengue
ou febre quebra-ossos
(vírus)Febre, dores musculares e erupção cutânea.O agente transmissor é o mosquito Aedes aegypti.Extermínio do mosquito transmissor.
Difteria ou CrupeCorynebacterium diphteriae
ou
bacilo de Klebs-loeffler
(bactéria)
A doença se manifesta com febre alta, pontos brancos nas amígdalas, mal-estar, rouquidão e dificuldades para engolir. Pode ocorrer obstrução respiratória, que chega a ser aliviada por intubação eFeita pelo doente, por secreções do nariz e da garganta ou objetos contaminados.Vacina tríplice.
Doença de Chagas
ou Tripanossomíase Americana
Trypanosoma cruzi
(protozoário flagelado)
O tripanossomo localiza-se principalmente no tecido conjuntivo e nas fibras musculares, em especial as cardíacas (miocárdio). Ocorre lesão do miocárdio, com crescimento do coração e alteração do ritmo cardíaco, podendo ser fatal.Os vetores são os insetos vulgarmente chamados de barbeiros (por picarem o rosto), pertencentes aos gêneros Triatoma, Rhodnius e Panstrogylus, e à ordem dosExtermínio dos vetores.
Elefantíase
ou Filariose
Wuchereria bancrofti
(verme nematelminte)
Produz a filariose, caracterizada por perturbações do sistema linfático, sendo mais típica a elefantíase, isto é, a hipertrofia de certos órgãos. A elefantíase localiza-se mais comumente nos membros inferiores. No homem, pode atingir o escroto e, na mulher, os seios.Quando os mosquitos infectados picam o homem, transmitem as larvas infestantes que atingem os vasos linfáticos, onde se tornam sexualmente maduros.
São transmissores numerosos mosquitos do gêneros Culex, Aedes, Anopheles e Stegomyia.
No Brasil, o principal transmissor é o Culex fatigaus.
Eliminação dos transmissores.
Esquistossomose
ou Barriga-D'água
Schistosoma mansoni
(verme platielminte)
mansoni
(verme platielminte) A penetração das larvas na pele pode provocar dermatite e urticária. Durante a migração pelo organismo, a larva pode lesar o pulmão, acarretando bronquite e pneumonia.
O verme adulto vive nos vasos do sistema porta-hepático, provocando flebite e obstrução de pequenos vasos. Os produtos da excreção produzem lesões no fígado, intestino e baço.
Feita pela penetração ativa de larvas, denominadas cercárias, eliminadas pelo vetor, o caramujo de água doce pertencente aos gêneros Planorbis e Australorbis.Eliminação do caramujo transmissor. É fundamental o saneamento básico e a educação sanitária para evitar a contaminação da água pelos ovos do parasita.
Febre amarela(vírus)Provoca febre, cefaléia e calafrios seguidos por náuseas e vômitos.
Nos casos graves e até fatais, surgem proteinúria (proteínas na urina), icterícia e vômitos-negros (devido à hemorragia).
Transmitida pela picada dos mosquitos da espécie AedesVacinação e eliminação dos mosquitos transmissores.
Gonorréia
ou Blenorragia
Neisseria gonorrhoeae
(bactéria)
Nos homens, provoca uretrite com micção dolorosa e eliminação de pus. Nas mulheres, afeta uretra e vagina, originando um corrimento purulento.
A mulher infectada pode dar à luz crianças que tenham os olhos afetados, podendo até ficar cegas.
Ocorre pelo contato sexual (doença sexualmente transmissível).Educação sexual, uso de camisinha e tratamento dos infectados.
Gripe(vírus)Calafrios, cefaléia, febre alta, mialgia, tosse seca, mal-estar e anorexia.Propagação de pessoa para pessoa por meio de gotículas de saliva levadas pelo ar ou contato com mãos e superfícies contaminadas.Atualmente existem vacinas.
Hanseníase
ou lepra
Mycobacterium leprae
(bactéria conhecida como bacilo de Hansen)
Existem dois tipos de lepra: lepromatose e tuberculóide.
Na primeira, aparecem lesões cutâneas difusas e invasão das mucosas, que podem ulcerar-se. Na tuberculóide, as lesões cutâneas são delimitadas e há comprometimento dos nervos.
Penetração da bactéria através da pele ou de mucosas, principalmente a nasal.Tratamento dos infectados.
Hepatite Infecciosa(vírus)O vírus ataca o fígado e, inicialmente, produz febre, mal-estar, inapetência, náuseas e dores abdominais. O mau funcionamento do fígado provoca icterícia (pele e olhos amarelados).Contato com infectados e por alimentos e objetos contaminados.Educação sanitária e saneamento básico; esterilização adequada de seringas e uso de agulhas descartáveis.
Leishmaniose
tegumentar
ou
Ú lcera de bauru
Leishmania brasiliensis
(protozoário flagelado)
Formação de lesões ulcerosas no rosto, braços e pernas. Necrose de tecidos.Picada do mosquito-palha (Phlebotomus)Combate ao agente transmissor.
Malária,
maleita ou
impaludismo
Plasmodium sp
(protozoário esporozoário)
Os principais sintomas são os acessos febris periódicos que coincidem com a ruptura das hemácias parasitadas. Na forma maligna, aparecem calafrios, icterícia, insuficiência renal, alterações na coagulação e coma.Picada da fêmea infectada do mosquito-prego (Anopheles).Eliminação do mosquito transmissor.
MeningiteNeisseria meningitides
(bactéria)
Inflamação das meninges, o que acarreta febre alta, dor de cabeça, rigidez na nuca, vômitos em jato, além de pequenas manchas vermelhas na pele.Feita pelas vias respiratórias, quando o infectado fala, tosse ou beija.Existem vacinas específicas.
Poliomielite
ou
paralisia infantil
(vírus)Febre, distúrbios gastrintestinais, mal-estar e rigidez cervical, podendo ocorrer ou não paralisia.Contato direto com secreções faríngeas dos infectados.Vacinas Salk e Sabin.
Raiva
ou hidrofobia
(vírus)O vírus ataca o sistema nervoso. O espasmo dos músculos da deglutição faz com que o afetado tenha medo de água (hidrofobia). A seguir, ocorrem o delírio e as convulsões; a morte é provocada pela paralisia dos músculos respiratórios.Introdução da saliva de animal raivoso (cão e gato) através de mordedura ou pequenos ferimentos.Vacinação.
Sarampo(vírus)Começa com febre, tosse seca e secreção catarral. Depois surge o exantema, caracterizado por manchas vermelhas na pele. Pode matar, devido a complicações como a pneumonia.Gotículas de saliva ou muco dos infectados.Vacinação.
SífilisTreponema pallidum
(bactéria)
No local da penetração da bactéria, aparece o cancro duro, pequena ulceração com endurecimento em torno. Após alguns meses, surgem manchas avermelhadas no corpo e lesões na boca.Ato sexual ou secreções eliminadas das lesões do infectado.Uso de camisinha e educação sexual, evitando principalmente a promiscuidade.
Teníase
ou solitária
Taenia saginata
e
Taenia solium
(vermes platielmintes)
A presença do verme adulto no intestino produz bulimia (fome exagerada), anorexia (falta de apetite), náuseas, vômitos, fadiga, insônia, irritação e fraqueza.Ingestão de carne de boi (Taenia saginata) e de porco (Taenia solium) contendo larvas de tênia.Saneamento básico e educação sanitária.
Ingestão de carnes de boi e porco bem cozidas.
TétanoClostridium tetani
(bactéria)
A doença se manifesta por contrações musculares dolorosas que se estendem pelo corpo. Pode ser letal.Vacina tríplice.A bactéria produz esporos que penetram na pele através de ferimentos.
Tifo
ou
febre tifóide
Salmonella Typhi
(bactéria)
Febre contínua, mal-estar, pulsação lenta, dores musculares e inapetência.
Provoca manchas vermelhas na pele e diarréia.
Contato direto ou indireto com urina ou fezes do paciente infectado.Purificação e cloração da água, além do saneamento básico.
Existe vacina.
TuberculoseMycobacterium tuberculosis
ou bacilo de Koch
(bactéria)
Tosse, cansaço, inapetência, perda de peso, febre, dores no tórax, sudorese e eliminação de sangue pelas vias aéreas respiratórias.Eliminação de bacilos pelo infectado.Vacina BCG (Bacilo Calmette - Guérin).
Varíola(vírus)Começa com febre, mal-estar, dores de cabeça e do abdômen. Com a queda da temperatura, surgem erupções generalizadas. Formam-se pústulas, que depois secam e se destacam.Secreções das vias respiratórias e lesões da pele dos infectados.Vacinação.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Sexualidade na Adolescencia

Programa Ligado em Saúde - FIOCRUZ - Sexualidade Adolescente


Os tabus da sexualidade

No Brasil, censura e liberdade se alternam quando o assunto é sexo. Na pauta do Biblioteca Fazendo História deste mês, as influências do tempo nos prazeres da carne

Janine Justen
19/6/2013
Especialistas mostram que nem sempre amor e sexo andaram juntos / Fotos: Gilson Rodrigues
Especialistas mostram que nem sempre amor e sexo andaram juntos / Fotos: Gilson Rodrigues
Apesar de sermos conhecidos como o ‘país da libertinagem’, símbolo da sensualidade feminina no carnaval, das belas praias com suas moças de biquininho, do clima quente e inibidor de muitas roupas, a sexualidade foi, e ainda é, um tabu no Brasil. Para discutir a trajetória desses paradigmas sociais ao longo dos séculos, o Biblioteca Fazendo História (BFH) deste mês convidou o historiador Yllan de Mattos, especialista nos tempos do Santo Ofício e das colônias ibéricas, e a professora Cristiana Facchinetti, da Fiocruz, que aborda a postura moralizante da medicina do início dos anos 1900.  

“Para contrariar um ideal romântico, o amor e o sexo não andavam tão juntos nessa época”, afirma Yllan de Mattos, referindo-se ao período que vai do medievo à colonização das Américas. “Aliás, a violência sexual foi um marco dessas sociedades. É fundamental compreender este aspecto, principalmente, para perceber as relações de poder entre senhores e subalternos, padres e fiéis, sem contar as discriminações por raça e gênero”, aponta o historiador.

Professora da Fiocruz, Cristiana Facchinetti falou sobre a relação entre medicina e sexualidade
Professora da Fiocruz, Cristiana Facchinetti falou sobre a relação entre medicina e sexualidade
De acordo com o especialista, é possível reviver essas tensões através de documentos oficiais, como as cartas enviadas pelos navegantes à Coroa. Um exemplo emblemático é a de Pero Vaz de Caminha, que faz  referência constante à nudez dos índios, chamando-a de 'suas vergonhas'. Além desses registros, há documentos de órgãos censores, que reprimiam as práticas sexuais, como os inquisidores e os dogmas religiosos mais ortodoxos.
Professora  da Fiocruz, Cristiana Facchinetti concorda e defende que essas tensões ainda existem, mesmo que veladas. “O machismo de hoje tem raízes fortes na medicina secular. Teorias mostravam, por exemplo, que as características de diferenciação entre homens e mulheres eram calor e humidade. Quanto mais quente e mais seco, e, portanto, mais forte, mais próximo estaria o indivíduo da perfeição, ou seja, do homem”, explica.
Para Facchinetti, também merecem destaque as influências da psicanálise sobre a sexualidade, quer para reprimí-la ainda mais ou para libertá-la de certos estigmas e imaginários sociais. “Acreditava-se que os desvios sexuais seriam capazes de produzir desvios graves de conduta. A masturbação, a pederastia e a homossexualidade eram dos mais perturbadores, sem esquecer dos adultérios e da miscigenação”, lembra a professora, que completa: “Por volta de 1920, instituíram-se programas de educação sexual para que o povo pudesse se regenerar”.
Para Yllan de Mattos, a homossexualidade é um tabu que persiste na sociedade contemporânea
Para Yllan de Mattos, a homossexualidade é um tabu que persiste na sociedade contemporânea
Segundo a especialista da Fiocruz, a principal contribuição à liberdade sexual veio do Movimento Modernista. Encabeçada por Oswald de Andrade, a vanguarda se utilizou da mesma ideia da psicanálise conservadora para fazer a revolução. “O Brasil tinha sido reprimido, recalcado pelas sociedades francesa e ibéricas, que eram sinônimos de uma civilização superior. O inconsciente escondido por detrás dessa roupagem ocidental trouxe questionamentos inéditos acerca desse modelo cultural imposto pelas elites”, explica Cristiana Facchinetti.
Outro ponto importante, que aproxima os tempos remotos dos atuais, é o preconceito contra gays, criticado por Yllan de Mattos: “A sodomia era um delito gravíssimo. Homossexuais poderiam ser condenados à fogueira na Inquisição. Eram apontados como hereges imperdoáveis”. A questão levantada pelo pesquisador no debate provocou manifestações dos internautas que acompanhavam o BFH pelo Twitter @RHBN. O público traçou um paralelo direto com as recentes ações do deputado pastor Marco Feliciano (PSC/SP). Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias Etnicas da Câmara, ele aprovou nesta terça-feira (18/06) o projeto da 'cura gay', que determina o fim da proibição de tratamentos que se propõem a reverter a homossexualidade. 
“Hoje temos novas formas de expressão e protesto, mas as razões de insatisfação são cíclicas. Os discursos convivem num misto de repressão e liberalismo. Sempre”, demonstra Mattos, referindo-se à permanência de tabus históricos na nossa sociedade. Para concluir a exposição do tema, o professor recitou um poema de La Fontaine, do século XVII, intitulado “Epigrama”:
“Amar, foder: uma união / De prazeres que não separo. / A volúpia e os prazeres são / O que a alma possui de mais raro. / Caralho, cona e corações / Juntam-se em doces efusões / Que os crentes censuram, os loucos. / Reflete nisso, oh minha amada: / Amar sem foder é bem pouco, / Foder sem amar não é nada”.
Para quem se espantou com os termos grosseiros, Yllan esclarece: “É engraçado perceber como essas palavras eram corriqueiramente usadas e hoje, quando estamos, teoricamente, em uma sociedade mais avançada e liberal, provocam estranhamento. Uma aluna minha uma vez até saiu de sala depois de ouvir os versos do poeta”, diverte-se o historiador. Fonte: http://www.revistadehistoria.com.br/secao/reportagem/os-tabus-da-sexualidade

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Vida Marinha



Vida marinha



O fundo do mar

“A melhor maneira de observar um peixe é sendo um peixe”, declarou Jacques Cousteau, pioneiro na exploração subaquática. Antes dele, enormes extensões dos vastos oceanos da Terra eram completamente desconhecidas. A National Geographic concedeu muitos recursos e milhares de páginas às tentativas de desenvolvimento de tecnologias que nos permitam ficar “mais parecidos” com os peixes e conhecer melhor o mar.
Após os relatos de Cousteau das explorações com equipamento de mergulho começarem a aparecer na revista, o tenente da Marinha americana Don Walsh e Jacques Piccard desceram 12 quilômetros a bordo do batiscafo Trieste até o ponto mais profundo do oceano – a fossa das Marianas. Piccard descreveu o mergulho mais profundo do homem na edição de agosto de 1960. A década registrou um dos maiores avanços na oceanografia.
Além de Cousteau, a NGS também deu apoio a Edwin Link, que liderou uma série de experimentos para testar a capa- cidade humana de viver e trabalhar no fundo do oceano.
A topografia do fundo do mar era praticamente desconhecida até que Bruce Heezen e Marie Tharp concluíram, na década de 1960, um mapa detalhado das elevações e dos contornos tão escarpados quanto os da superfície da Terra. A NGS participou dos experimentos em grandes profundidades do Projeto Famous, que pro- moveu as primeiras descidas tripuladas à dorsal Meso- Atlântica. Um jovem oceanógrafo chamado Robert Ballard participou dessa expedição e depois veio a liderar outra, em 1977, até a falha das Galápagos, onde descobriu as primeiras formas de vida não baseadas na fotossíntese, mas na quimiossíntese. Convencido de que submarinos por controle remoto poderiam visualizar as profundezas do mar, Ballard começou a desenvolver tecnologias que levariam à descoberta do Titanic, em 1985. Desde então, ele já encontrou numerosos destroços de naufrágios e vestígios de uma antiga enchente cataclísmica no mar Negro.
Com a mesma rapidez que são explorados, os oceanos do mundo também estão sendo destruídos. Sylvia Earle, bióloga marinha e exploradora residente da NGS, lançou o programa Mares Sustentáveis, em 1990, para chamar atenção aos parques marinhos dos Estados Unidos. Ela e outros profissionais continuam lutando para preservar o reino dos oceanos.

Adaptação dos animais aquáticos


quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Origem da Água no Planeta Terra

Água da Terra veio do Cinturão de Asteroides, indica estudo. 

Muitos cientistas acreditam que a água que veio parar na Terra foi formada nos confins do Sistema Solar, além de Netuno. Contudo, um estudo divulgado nesta quinta-feira e que será publicado amanhã na Science indica que a substância veio de um região muito mais próxima - o Cinturão de Asteroides (entre Marte e Júpiter) - através de meteoritos e asteroides, o que contradiz algumas das principais teorias sobre a evolução do Sistema Solar.
Pesquisadores afirmam que nosso planeta era quente demais nos seus primórdios para ter água (temperatura seria tão alta que as moléculas teriam sido "expulsas para o espaço") e, portanto, a substância deve ter vindo de fora. Uma das hipóteses afirma que ela se formou na região transneptuniana (que fica além de Netuno, o último planeta conhecido do sistema) e depois se moveu para mais perto do Sol, junto com cometas, meteoritos e asteroides. Contudo, é possível saber a distância em que as moléculas de água se formaram em relação ao Sol ao analisar os isótopos de hidrogênio presentes. Quanto mais longe da estrela, haverá menos radiação e, portanto, mais deutério (o átomo de hidrogênio "pesado", que tem um próton, um nêutron e um elétron, ao contrário do mais comum, que tem apenas um próton e um elétron).

O novo estudo comparou a presença de deutério no gelo trazido por condritos (um tipo de meteorito) e indicou que ela foi formada muito mais próxima de nós, no Cinturão de Asteroides (esses meteoritos não contêm mais água, mas a substância fica registrada através de um tipo de mineral chamado de silicato hidratado, e é o hidrogênio presente nele que é investigado). Além disso, comparando com os isótopos de cometas, a pesquisa indica que esses corpos se formaram em regiões diferentes dos asteroides e meteoritos e, portanto, não atuaram na origem da água no nosso planeta.

"Dois modelos dinâmicos têm os cometas e os meteoritos condritos se formando na mesma região, e alguns destes objetos devem ter sido injetados na região em que a Terra se formava. Contudo, a composição da água de cometa é inconsistente com nossos dados de meteoritos condritos. O que realmente deixa apenas os asteroides como fonte da água na Terra", diz aoTerra Conel Alexander, do Instituto Carnegie, líder do estudo.
Debate reacendido

Em 2011, a hipótese de que os cometas tiveram pouca importância na origem da água na Terra já estava com pouca força. Mas um estudo divulgado na revista Nature usou o telescópio Herschel, da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês), para descobrir que a composição do cometa Hartley 2 tem uma quantidade de deutérios similar à encontrada no oceano. Foi o primeiro cometa com essa composição, já que outros seis analisados anteriormente tinham uma quantidade de deutério muito diferente dos mares da Terra.

Contudo, o novo estudo também refuta essa possibilidade. Segundo os pesquisadores, o cometa não traz apenas água, mas também outras substâncias (inclusive orgânicas) que contêm hidrogênio. E a quantidade de deutério presente nos cometas ainda fica acima daquela observada no nosso planeta, o que impede que esses corpos sejam considerados como uma importante fonte de água.
"A recente medição do cometa Hartley 2 tem uma composição isotópica de hidrogênio parecida com a da Terra, mas nós argumentamos que todo o cometa, incluindo a matéria orgânica, é provavelmente rica demais em deutério para ser uma fonte da água da Terra", diz Alexander.
Sobram duas possíveis fontes, que devem ter atuado juntas: rochas do Cinturão de Asteroides e gases (hidrogênio e o oxigênio) que existiam na nebulosa na qual o Sistema Solar se formou. O estudo foi conduzido por pesquisadores do Instituto Carnegie (EUA), Universidade da Cidade de Nova York, Museu de História Natural de Londres e da Universidade de Alberta, no Canadá.