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terça-feira, 15 de agosto de 2017

Sirius - o super acelerador de partículas brasileiro.

A APOSTA DO SUPERACELERADOR

Em meio a cortes drásticos de recursos para as pesquisas, o Brasil constrói seu mais ambicioso equipamento científico

POR BERNARDO ESTEVES

14 DE AGOSTO DE 2017 15:54


Quando pesquisadores apontam novos instrumentos científicos para objetos familiares, às vezes se deparam com um mundo povoado por criaturas de cuja existência eles sequer suspeitavam. Foi assim quando Galileu Galilei apontou seu telescópio para Júpiter, no começo do século XVII, e constatou que o planeta também tinha luas. Com isso ele desencadeou uma nova percepção do Sistema Solar e de todo o cosmo. Também naquele século, o holandês Antonie van Leeuwenhoek observou uma gota d’água ao microscópio e, pela primeira vez, viu microrganismos vivos, que ele chamou de animálculos (a observação é considerada um marco simbólico do início da microbiologia).

A história tem outros casos que mostram como o aprimoramento das técnicas permitiu aos cientistas grandes saltos em sua compreensão do mundo em que vivemos. Está em construção em Campinas um grande acelerador de partículas que nasce com uma expectativa parecida de desbravar terrenos desconhecidos. Trata-se do Sirius, o mais grandioso e mais sofisticado equipamento científico já construído no Brasil e uma das melhores máquinas do mundo em seu gênero. Equipado de instrumentos científicos desenhados para explorar novas propriedades dos materiais, o Sirius tem o potencial de capacitar cientistas brasileiros a realizar experimentos na fronteira do conhecimento.

Orçado em 1,8 bilhão de reais e bancado pelo governo federal, o Sirius começou a ser construído no início de 2015 e deve começar a funcionar no ano que vem – desde que os recursos prometidos para a conclusão da obra sejam liberados em tempo. Para chegar a um bom fim, o projeto depende de verbas suplementares de aproximadamente 1,2 bilhões de reais até 2020.

Sua peça central é um anel circular de 518 metros de circunferência nos quais elétrons serão impulsionados a uma velocidade praticamente igual à da luz, da ordem de 300 mil quilômetros por segundo.
A radiação emitida pelos elétrons acelerados permitirá “enxergar” em escala molecular e atômica materiais de todo tipo – proteínas, ligas metálicas, semicondutores, polímeros, fibras ópticas, fósseis. O Sirius vai atuar como se fosse um microscópio superpoderoso, com a vantagem de ter configurações muito superiores às dos equipamentos disponíveis na maioria dos laboratórios.
O físico paulista Antônio Roque da Silva, o responsável por coordenar a construção do acelerador, aposta que o Sirius colocará noutro patamar a qualidade da produção dos pesquisadores do país. “O Brasil pode assumir a liderança na nova ciência que pode sair desse salto de qualidade inclusive com coisas que podemos ser os primeiros a fazer.” Ele espera que a máquina atraia alguns dos melhores grupos do mundo que trabalham nesse tipo de aceleradores. “Será o vetor de internacionalização mais marcante da ciência brasileira”, vaticinou.





Roque, como é chamado por seus colegas, explicou numa entrevista em seu gabinete que as configurações do Sirius foram definidas em função das perguntas que os cientistas gostariam de responder com aquela máquina. O projeto do acelerador prevê a instalação de equipamentos científicos que permitirão atacar questões estratégicas para a ciência brasileira – temas ligados ao agronegócio, às ciências da saúde ou às energias alternativas, por exemplo.
“Quero melhores baterias, os carros elétricos do futuro, os materiais leves e resistentes dos próximos aviões e carros, mas quero também entender a recuperação de solo, os problemas de meio ambiente e poluição, a dessalinização de água”, enumerou Roque. “Esse é o tipo de perguntas que esse tipo de acelerador tem ajudado a responder, e é isso que o Sirius vai permitir fazer.”




Oplano de construir um acelerador de elétrons de ponta é discutido pelo menos desde 2008, mas foi em 2009, no segundo mandato de Lula, que o Ministério da Ciência e Tecnologia embarcou na ideia, liberando os primeiros 2 milhões de reais para o desenvolvimento do projeto. Sopravam outros ventos políticos e econômicos naquele momento. Os cientistas também se beneficiaram das condições favoráveis dos anos 2000, a década em que o Brasil descobriu o pré-sal, e o Cristo Redentor decolou como um foguete na capa da Economist. O período foi marcado por um aumento notável de recursos para a ciência, pela criação de novas universidades e por uma fartura de bolsas de pesquisa e editais de financiamento.

O investimento se traduziu no incremento da produção científica. Entre 1993 e 2013, o número de artigos publicados por pesquisadores brasileiros aumentou quase oito vezes, fazendo com que o Brasil saltasse de 24º a 13º país com mais artigos publicados, segundo um levantamento da Thomson Reuters, gigante da informação científica. Com quase 43 mil artigos publicados em 2013, o Brasil respondia então por 2,5% da produção científica mundial – percentual próximo aos 2,37% da parcela do pib brasileiro na economia global.

Os repasses do governo federal para o Sirius aumentaram ano a ano desde que o governo federal decidiu bancar o projeto, em 2009. Três anos depois, já no primeiro mandato de Dilma Rousseff, o projeto ganhou rubrica própria no orçamento da União e os recursos se avultaram. “O total repassado até 2016 foi de 612,3 milhões de reais”, disse Antônio Roque da Silva.
Não há dúvida de que o Sirius é um projeto extraordinário no panorama da ciência brasileira – do ponto de vista orçamentário, inclusive. Enquanto os recursos para o acelerador só fizeram aumentar desde 2009, o mesmo não se pode dizer do orçamento do Ministério da Ciência, em queda franca há quatro anos.
A lei orçamentária anual previu 5,049 bilhões de reais para a área em 2017 – praticamente a metade do valor anunciado para 2013. Já era o pior orçamento da pasta em quase uma década, mesmo sem se levar em conta a depreciação pela inflação – isso antes de o ministro da Fazenda Henrique Meirelles anunciar, no fim de março, o bloqueio de 42 bilhões do orçamento da União para 2017. Os cortes foram especialmente severos para o Ministério da Ciência, Tecnologia, Informações e Comunicações, que teve 44% dos recursos contingenciados. Seu orçamento acabou ficando ainda mais parco, chegando a 2,83 bilhões de reais.
Desde o ano passado, quando a construção do Sirius foi incorporada ao Plano de Aceleração do Crescimento, o PAC, os recursos para o projeto já não estão mais atrelados ao orçamento do ministério. O PAC também teve quase 42% de seus recursos contingenciados por Meirelles, mas a parcela destinada à continuidade das obras do Sirius foi assegurada. “O contingenciamento não irá comprometer o andamento da construção do Sirius”, afirmou o Ministério da Ciência em nota enviada à piauí no fim de junho.




Três dias antes da publicação do decreto que reduziu o orçamento do Ministério, preocupados com os rumores de contingenciamento que se espalhavam por Brasília, os presidentes das duas mais importantes associações de cientistas brasileiros enviaram ao ministro Meirelles um apelo para que não cortasse recursos para a área. Helena Nader, da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (cujo mandato se encerrou no fim de julho), e Luiz Davidovich, da Academia Brasileira de Ciências, argumentaram que o Ministério da Ciência respondia por apenas 0,32% do orçamento global (em 2010 a participação era de 0,58%), e que os cortes prejudicariam o país. “A experiência internacional mostra que os investimentos em ciência e inovação tecnológica produzem retornos muitas vezes superiores aos recursos aplicados, contribuindo para o aumento do pib e o protagonismo internacional do país”, escreveram.

O gesto de Nader e Davidovich anda se banalizando. Desde que Michel Temer assumiu a Presidência, não foram poucas as vezes em que as associações dirigidas por ambos vieram conjuntamente a público protestar contra medidas que reduziam os recursos para a ciência e a tecnologia.

Antes mesmo da posse, Temer provocou calafrios nos cientistas ao aventar o nome do pastor Marcos Pereira, bispo licenciado da Igreja Universal e adepto do criacionismo, para o Ministério da Ciência. Tirado o bode da sala, veio um novo sobressalto quando o presidente anunciou, no âmbito de sua reforma ministerial, que fundiria a pasta da Ciência, Tecnologia e Inovações com a das Comunicações. Para a comunidade científica o movimento pareceu pouco justificado e sintomático do desdém do governo federal pela área.
Mas esse não foi o ponto baixo da política científica de Temer na avaliação de Luiz Davidovich. O golpe mais duro, para ele, foi a proposta de emenda constitucional aprovada pelo Congresso que limitou o aumento dos gastos públicos nos próximos vinte anos, atrelando-o à inflação – a chamada “PEC do Teto” (ou “do Fim do Mundo”, como os cientistas se referiam a ela, à época). A medida tende a aguçar as disputas por recursos entre diferentes áreas da administração federal. Qualquer aumento significativo no orçamento para a ciência e tecnologia terá necessariamente como contrapartida uma redução de investimentos noutra seara – na educação, saúde ou previdência, por exemplo.Para Davidovich, trata-se de um tiro no pé. “Essa PEC considera que os recursos para a ciência e tecnologia são gastos, e não investimentos.”
O presidente da Academia Brasileira de Ciências recebeu a piauí para uma entrevista na sede da entidade, no Centro do Rio. Seu gabinete é decorado por um quadro que mostra Arquimedes em sua banheira no momento do “Eureka!” e um retrato de Copérnico, nome central da Revolução Científica que teve início no século XVI. Davidovich defendeu que, na história dos países industrializados, os investimentos em ciência e tecnologia tiveram papel fundamental para o desenvolvimento deles.
O caso da Coreia do Sul é emblemático: no espaço de quinze anos entre 2000 e 2014, a fração do pib que o país reserva para investimentos de ciência e tecnologia saltou de 2,19% para 4,29% – proporcionalmente mais que Israel, Japão, Estados Unidos China e União Europeia. A quantidade de publicações dos pesquisadores coreanos dobrou entre 2005 e 2014, e o país é líder mundial em pedidos de patentes.
No fim das contas, disse Davidovich, nem é preciso buscar em países estrangeiros os exemplos que evidenciam o papel da ciência e tecnologia no desenvolvimento econômico. “Johanna Döbereiner, trabalhando na Universidade Federal Rural do Rio, descobriu um processo de fixação de nitrogênio no solo que multiplicou a produtividade da soja em quatro vezes”, lembrou o físico – as pesquisas que a agrônoma conduziu a partir dos anos 60 renderam ao país uma economia anual de mais de 2 bilhões de dólares com adubos nitrogenados, segundo dados da Embrapa, e fizeram do Brasil o segundo maior produtor mundial de soja. “A colaboração de cientistas brasileiros de várias áreas – matemáticos, químicos, biofísicos e muitos outros – resultou no aperfeiçoamento da tecnologia de perfuração de poços de petróleo em águas profundas”, continuou Davidovich. “Não é possível que o pessoal desconheça esses exemplos.”

quinta-feira, 15 de junho de 2017

Surto de Chikungunya alerta autoridades no Norte e Nordeste do Brasil


Casos confirmados de chikungunya em RR crescem 2.325% em 2017, diz Sesau

Dados do Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa) foram divulgados nesta segunda (15). Saúde diz que aumento indica surto da doença no estado.

Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) divulgou nesta segunda-feira (15) dados do Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa) que apontam um crescimento de 2.325% nos casos confirmados de chikungunya de janeiro a 24 abril de 2017, comparado com o mesmo período do ano passado.
Conforme a Sesau, em 2016 foram confirmados quatro casos da doença transmitida pelo Aedes aegypti. Já neste ano foram 95. Por isso, o governo considera que os números já indicam um surto epidemiológico da doença.
Os dados do LIRAa também mostram um aumento significativo nos casos de Zika. Em Boa Vista houve um crescimento de 222% nos casos notificados e de 50% nos confirmados.
Com relação a dengue, houve um aumento nos casos notificados, mas uma diminuição de casos confirmados. De janeiro a abril de 2016 foram confirmados 81 casos de dengue em todo o estado. Em 2017, o número caiu para 21.

População deve colaborar

Os meses de abril a setembro são marcados por chuvas o que torna o período ideal para a proliferação do mosquito, conforme a Sesau. A atenção para a limpeza dos ambientes deve ser redobrada para que os focos não apareçam.
"A ação mais efetiva para combater o mosquito ainda é eliminando os focos", afirmou a diretora estadual da vigilância epidemiológica, Luciana Grisoto.
A recomendação da Sesau é que a população faça sempre uma vistoria detalhada para eliminar todos os recipientes que possam acumular água parada e servir como criadouro. O ciclo de reprodução do mosquito, do ovo à forma adulta, pode levar de 5 a 10 dias. Por isso é importante repetir este processo pelo menos uma vez por semana.

Com surto de Chikungunya, prefeitura de Fortaleza libera R$ 500 mil para pesquisas sobre a doença.

O prefeito Roberto Cláudio anunciou, na noite desta quarta-feira (10), a liberação de pelo menos R$ 500 mil para desenvolvimento de pesquisas sobre Chikungunya. O anúncio foi feito durante reunião com especialistas da área da saúde e membros da comunidade acadêmica para buscar soluções práticas no tocante ao aprofundamento dos conhecimentos sobre a patologia. As ações objetivam promover melhorias no manejo clínico diante das ocorrências. Os recursos serão liberados por meio de critérios previamente estabelecidos.
Com 6.349 casos confirmados da doença neste ano, de acordo com a Secretaria da Saúde do Estado, Fortaleza concentra mais da metade dos casos de chikungunya no Ceará. O estado tem 10.592 casos confirmados de febre neste ano.
De 2016 para 2017, o Ceará também passou por crescimento nos números de casos registrados, indo de 4.294 possíveis casos para 17.012 este ano. Uma pessoa morreu em consequência da doença.
Para o médico infectologista Anastácio Queiroz, a continuidade da manifestação das arboviroses – como a chikungunya e a dengue - tem causas complexas e difíceis de serem combatidas. De acordo com o especialista, questões como habitação, abastecimento de água e a própria educação das pessoas não melhoraram de forma suficiente a conseguir amenizar o problema.
"As pessoas, principalmente na periferia, habitam mal, moram mal e acumulam mal a água. Em determinados bairros, falta o abastecimento de água. Mas não existe um povo totalmente desordenado com um governo totalmente ordenado. Eles caminham juntos. Pelo conhecimento que temos, a maioria dos focos está nas casas das pessoas, mas o poder público tem o desafio de convencer a população de que tem que cuidar."

Reunião

Durante a reunião promovida pela Prefeitura de Fortaleza, médicos de diversas especialidades, ao lado de representantes da Vigilância Epidemiológica e Ambiental, foram divididos em grupos específicos que vão atuar em várias diretrizes, como a gestão de dados epidemiológicos, capacitação profissional, rede de assistência e busca por uma comunicação eficiente.
“Os maiores especialistas da nossa cidade na área da Infectologia estão comprometidos nesta iniciativa. Também neurologistas, reumatologistas, biólogos e pesquisadores. Uma equipe de altíssimo nível técnico que, a partir de agora, vai nos ajudar a dar um maior manejo a essa doença tão desafiadora”, pontuou a médica pediatra e secretária Municipal da Saúde, Joana Maciel.
Também foram mencionadas estratégias implantadas pelo Ministério da Saúde, oferecendo suporte às condutas que serão adotadas a nível municipal. “Nós precisamos adaptar um Manual de Conduta, já existente no âmbito Federal, à nossa realidade. Será estabelecido um fluxograma de como o paciente vai ser atendido no primeiro momento, como identificar o risco do paciente e a quem referir esse paciente”, disse o preito Roberto Cláudio.
Após a formalização e a padronização do Manual de Conduta, a Prefeitura publicará cartilhas e facilitará a promoção de cursos on-line para profissionais dos equipamentos de saúde públicos e privados.
Serão adotados protocolos especiais para oferecer atendimento adequado, principalmente, aos grupos considerados de maior risco, compostos por crianças, idosos, hipertensos, diabéticos e cardiopatas, além de outros pacientes crônicos. O objetivo das ações é atendê-los no tempo correto, promovendo atenção humanizada, estabelecendo ações cujos resultados se apresentem em curto prazo, tendo em vista a gravidade epidêmica da situação.
“A partir disso, o paciente vai poder saber, dependendo de qual sintoma ele esteja apresentando, qual local da Rede ele vai procurar, se é Posto de Saúde, se é UPA, se é hospital. Caso ele apresente complicações, como, por exemplo, neurológicas, será orientado sobre qual unidade o atenderá”, esclareceu a titular da Secretaria de Saúde. Fonte: http://g1.globo.com/ceara/noticia/com-surto-de-chikungunya-prefeitura-de-fortaleza-libera-r-500-mil-para-pesquisas-sobre-a-doenca.ghtml

sexta-feira, 5 de maio de 2017

Brasil lança primeiro foguete nacional movido a combustível líquido

Brasil lança com sucesso satélite que será usado para comunicações e defesa

Lançamento aconteceu nesta quinta-feira (4). Equipamento será utilizado para comunicações estratégicas do governo e para levar banda larga a regiões remotas no país.


O Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) foi lançado nesta quinta-feira (4) com sucesso, por volta das 19 h do horário de Brasília a partir do Centro Espacial de Kourou, na Guiana Francesa. Trata-se do primeiro satélite geoestacionário 100% brasileiro de uso civil e militar dedicado exclusivamente a transmissão de dados.

A decolagem foi considerada perfeita pelo centro de controles da Arianespace na Guiana Francesa.

Após o lançamento do foguete que leva o equipamento ao espaço, haverá um tempo de 28 minutos até a separação do satélite, que levará cerca de 10 dias para chegar à sua posição final. Depois disso, serão feitos testes por 30 dias. Em meados de junho, o controle operacional do satélite já poderá ser feito pelas Forças Armadas. A banda utilizada para comunicações poderá ser usada a partir de setembro. Além do satélite brasileiro, foi lançado para o espaço hoje um satélite da Coréia do Sul, também pela empresa lançadora de satélites Arianespace.


O projeto é uma parceria entre os ministérios da Defesa e da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, e envolve investimentos de R$ 2,7 bilhões. Adquirido pela Telebras, o equipamento será utilizado para comunicações estratégicas do governo e para ampliar a oferta de banda larga no país, especialmente em áreas remotas. O satélite também fornecerá um meio seguro para transferência de informações civis e militares que envolvam a segurança nacional. Até então, o governo alugava o sinal de satélites privados.
Com 5,8 toneladas e 5 metros de altura, o satélite ficará posicionado a uma distância de 36 mil quilômetros da superfície da Terra, cobrindo todo o território brasileiro e o Oceano Atlântico. Sua capacidade de operação é de 18 anos.
Inicialmente, o lançamento do Satélite Geoestacionário brasileiro estava previsto para o dia 21 de março, mas foi adiado por causa de uma greve geral na Guiana Francesa.
*Com informações da Agência Brasil


Há muitos anos, o Brasil prometeu lançar um satélite que levaria banda larga a áreas remotas. Na noite desta quinta-feira (4), após uma sucessão de atrasos, ele enfim chegou ao espaço.

O SGDC (Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas) custou R$ 2,784 bilhões e terá uso civil e militar. Ele vai operar em banda Ka, fornecendo banda larga a provedores em cidades remotas; e também em banda X, para comunicações militares.
O lançamento foi realizado pela Arianespace na base de Kourou, na Guiana Francesa. O satélite foi montado pela franco-italiana Thales Alenia Space sob a supervisão da Visiona (parceria entre Telebras e Embraer).
O acordo com a Thales Alenia também envolve transferência de tecnologia: 50 profissionais brasileiros foram enviados à França para acompanhar a fabricação do satélite, e para aprender a operá-lo. Eles vão trabalhar nas duas estações de controle, uma em Brasília e outra no Rio de Janeiro.
O SGDC ficará em órbita geoestacionária a 36 mil km da Terra, cobrindo todo o território brasileiro e transmitindo dados a até 54 gigabits por segundo. O uso militar começará em junho; a oferta de banda larga só deve começar em setembro. A vida útil prevista para o satélite é de 18 anos.


Atrasos
O projeto do SGDC foi inicialmente anunciado em 2012. O processo de licitação foi realizado em 2013, com previsão de lançamento do satélite para o ano seguinte — o que não aconteceu. Ele faria parte do Programa Nacional de Banda Larga.
No ano passado, a então presidente Dilma Rousseff prometeu que o satélite será lançado ainda em 2016, mas esse prazo também não foi cumprido. O lançamento ficou para março deste ano, e acabou atrasando de novo porque a Guiana Francesa estava em greve geral.



sexta-feira, 31 de março de 2017

Febre Amarela: o Brasil registrou até agora 2.104 casos suspeitos

Brasil registra 2.104 casos suspeitos de febre amarela

Entenda a doença, seus fatores de risco e tratamentos


Segundo o Ministério da Saúde, do total, 1.101 permanecem em investigação, 492 foram confirmados e 511 descartados. Até o momento, 162 mortes foram confirmadas, 95 permanecem em investigação e 20 foram descartadas.
Minas Gerais é o estado com o maior número de casos, com 375 já confirmados, seguido pelo Espírito Santo, com 109.

A doença
Em meio ao surto de febre amarela, o site Coração & Vida faz um alerta para a doença e dá dicas de prevenção.
A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus transmitido por vetores artrópodes, que possui dois ciclos epidemiológicos distintos de transmissão: silvestre e urbano. A vacina é a principal ferramenta de prevenção e controle da doença.
No entanto, é importante entender a diferença entre a febre amarela urbana e a terrestre. Do ponto de vista etiológico, clínico, imunológico e fisiopatológico, a doença é a mesma nos dois ciclos.
No ciclo silvestre da febre amarela, os primatas não humanos (macacos) são os principais hospedeiros e amplificadores do vírus, e os vetores são mosquitos com hábitos estritamente silvestres, sendo os gêneros Haemagogus e Sabethes os mais importantes na América Latina.

Nesse ciclo, o homem participa como um hospedeiro acidental ao adentrar áreas de mata.
No ciclo urbano, o homem é o único hospedeiro com importância epidemiológica e a transmissão ocorre a partir de vetores urbanos (Aedes aegypti) infectados. Por isso, a população não deve descuidar dos criadouros dos mosquitos. A dica é sempre adotar hábitos como armazenar lixo em sacos plásticos fechados, manter a caixa d’água vedada e não deixar água acumulada em calhas.
Também é importante encher com areia os pratinhos dos vasos de plantas e tratar a água de piscinas e espelhos d’água com cloro.

Fatores de risco
Pessoas que nunca entraram em contato com a febre amarela ou nunca se vacinaram correm o risco de contrair a doença ao viajarem a locais em que a doença é ativa, mesmo que não haja casos recentes reportados.
O risco é maior para as pessoas com mais de 60 anos de idade e qualquer pessoa com imunodeficiência grave. Muitas pessoas não apresentam sintomas e quando os apresentam, os mais comuns são:
– Febre
– Dores musculares no corpo, principalmente nas costas
– Dor de Cabeça
– Perda de apetite
– Náuseas e vômito
– Olhos, face ou língua avermelhada
– Fotofobia
– Fadiga e fraqueza
Os sintomas nesta fase da doença costumam durar entre três e quatro dias e passam sozinhos.
No entanto, algumas pessoas podem desenvolver sintomas mais graves cerca de 24 horas após a recuperação dos sintomas mais simples. Nesta fase, chamada de tóxica, o vírus pode atingir diversos órgãos e sistemas, mas principalmente o fígado e rins.
Os sintomas dessa fase são:
– Retorno da febre alta
– Icterícia, devido ao dano que o vírus causa no fígado
– Urina escura
– Dores abdominais
– Sangramentos na boca, nariz, olhos ou estômago
Em casos ainda ais graves, o paciente pode apresentar delírios, convulsões e até entrar em coma.

Tratamento
O tratamento é apenas sintomático, com cuidadosa assistência ao paciente que, sob hospitalização, deve permanecer em repouso, com reposição de líquidos e das perdas sanguíneas, quando indicado.
Nas formas graves, o paciente deve ser atendido em Unidade de Terapia Intensiva. Salicilatos devem ser evitados (AAS e Aspirina), já que seu uso pode favorecer o aparecimento de manifestações hemorrágicas.
Atualmente, o Ministério da Saúde recomenda que todas as pessoas que moram ou têm viagem planejada para áreas silvestres, rurais ou de mata verifiquem se estão vacinadas contra a febre amarela. Em geral, a vacina passa a fazer efeito após um período de dez dias.
O risco de que moradores de áreas endêmicas e até ecoturistas contraiam o vírus e o levem para cidades maiores é a principal preocupação dos especialistas.

Confira abaixo algumas dúvidas sobre a doença:

Qual é a diferença entre a febre amarela silvestre (FAS) e a febre amarela urbana (FAU)?
A diferença entre elas é o vetor: na cidade a doença é transmitida pelo Aedes aegypti, o mesmo mosquito que transmite a dengue. Na mata, os mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes transmitem o vírus. Apesar disso, o vírus transmitido é o mesmo, assim como a doença resultante da infecção. Desde 1942, o Brasil não registra casos de febre amarela urbana.

O que é a febre amarela silvestre (FAS)?
É uma doença infecciosa febril aguda, causada por um arbovírus (vírus transmitido por artrópodes), que pode levar à morte em cerca de uma semana, se não for tratada rapidamente. A doença é comum em macacos, que são os principais hospedeiros do vírus.

Como a doença é transmitida?
A febre amarela silvestre é transmitida através da picada de mosquitos Haemagogus e Sabethes, que vivem em matas e vegetações à beira dos rios. Quando o mosquito pica um macaco doente, torna-se capaz de transmitir o vírus a outros macacos e ao homem.

Como a doença pode ser evitada?
A única forma de evitar FAS é através da vacinação. A vacina está disponível durante todo o ano nas unidades de cuidados de saúde de forma gratuita e deve ser administrada pelo menos 10 dias antes do deslocamento para áreas de risco. A vacina pode ser administrada após seis meses de idade e é válida por dez anos.

Quem não pode se vacinar?
Por causar reações, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não recomenda a vacina para pessoas com doenças como lúpus, câncer e HIV, devido à baixa imunidade, nem para quem tem mais de 60 anos, grávidas e alérgicos a gelatina e ovo.

Que lugares constituem áreas de risco?
Locais que têm matas e rios onde o vírus e seus hospedeiros e vetores ocorrem naturalmente são identificadas como áreas de risco.

Que época do ano a doença é mais comumente registrada?
Estudos têm demonstrado que a doença ocorre com maior frequência nos meses de dezembro a maio. Esta é a estação das chuvas, quando há um aumento das populações de mosquitos, favorecendo a circulação do vírus.

Qualquer pessoa está em risco de contrair febre amarela silvestre?
Sim. Qualquer pessoa, independentemente da idade ou sexo, que vive nas áreas endêmicas ou que visitam áreas endêmicas sem ter sido vacinada, pode ter a doença.

Quanto tempo leva para que a doença se tornar aparente?
De três a seis dias após ter sido infectada, a pessoa apresenta os sintomas iniciais.

Quais os sintomas da doença?
Os sintomas iniciais da febre amarela incluem o início súbito de febre, calafrios, dor de cabeça intensa, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. A maioria das pessoas melhora após estes sintomas iniciais. No entanto, cerca de 15% apresentam um breve período de horas a um dia sem sintomas e, então, desenvolvem uma forma mais grave da doença. Em casos graves, a pessoa pode desenvolver febre alta, icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos), hemorragia (especialmente a partir do trato gastrointestinal) e, eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos. Cerca de 20% a 50% das pessoas que desenvolvem doença grave podem morrer.



O que você deve fazer se apresentar os sintomas?
Depois de identificar alguns desses sintomas, procure um médico na unidade de saúde mais próxima e informe sobre qualquer viagem para áreas de risco nos 15 dias anteriores ao início dos sintomas, e se você observou a morte de macacos próxima aos lugares que você visitou. Informe, ainda, se você tomou a vacina contra a febre amarela, e a data.

Como a febre amarela silvestre é tratada?
Não há nenhum tratamento específico contra a doença. O médico deve tratar os sintomas, como dores no corpo e cabeça, com analgésicos e antitérmicos. Salicilatos devem ser evitados (AAS e Aspirina), já que seu uso pode favorecer o aparecimento de manifestações hemorrágicas.

A febre amarela silvestre é contagiosa?
A doença não é contagiosa, ou seja, não há transmissão de pessoa a pessoa. É transmitida somente pela picada de mosquitos infectados com o vírus da febre amarela.


Fonte:
http://coracaoevida.com.br/brasil-registra-2-104-casos-suspeitos-de-febre-amarela/


Para saber mais sobre o Tratamento da febre amarela



Não existe tratamento específico para febre amarela. Não há um medicamento que cure a doença, o que torna a vacinação ainda mais importante.
Nos casos grave o paciente é internado para controle das complicações e monitorização das hemorragias. Alguns pacientes que apresentam falência dos rins precisam de hemodiálise (leia: HEMODIÁLISE| Como funciona, cateter e fístulas). Nos casos de insuficiência respiratória a ventilação mecânica pode ser necessária.

A falsa epidemia de febre amarela em 2008

Durante o ano de 2008 o Ministério da Saúde detectou um aumento dos casos de febre amarela entre primatas nas florestas de algumas regiões endêmicas, o que poderia aumentar os casos de febre amarela silvestre. Adequadamente, o governo expediu ordem para aumentar a vigilância e reforçar a vacinação contra a doença em viajantes e moradores de áreas endêmicas que pudessem estar há mais de dez anos sem o reforço.
Entretanto, de forma completamente irracional, parte da imprensa das regiões não endêmicas, nomeadamente Rio e São Paulo, deturparam este fato e passaram a noticiar uma suposta epidemia de febre amarela com risco de transmissão urbana, levando pânico à população, que correu para os postos de saúde em busca de vacinação. O episódio foi tão irresponsável que alguns colunistas instruíram a população a não confiarem no discurso oficial do governo que garantia não haver sinais de epidemia. Somente o jornal Folha de São Paulo publicou mais de 100 matérias sensacionalistas sobre a suposta epidemia entre Dezembro de 2007 e Fevereiro de 2008.


Adulto BR 2

O fato é que durante o ano todo de 2008 foram identificados apenas cerca de 40 casos de febre amarela silvestre em todo o país. Entretanto, a corrida aos postos de saúde fez com que mais de 13 milhões de doses de vacina fossem aplicadas (a média é de menos de 3 milhões por ano). Essa insana vacinação gerou mais de 50 casos de reação à vacina, sendo 23 pessoas internadas por complicações e 8 mortes! Uma das pessoas mortas apresentava contraindicações a vacina, mas assustada com o noticiário, vacinou-se duas vezes em um intervalo de apenas uma semana.
Este fato só reforça a necessidade da população se conscientizar que informações sobre saúde devem ser obtidas apenas por fontes confiáveis. Nunca tome medicações ou vacinas sem orientação médica.
Fonte:

http://www.mdsaude.com/2012/01/febre-amarela-vacina.html



sábado, 25 de fevereiro de 2017

Astrônomos descobrem sistema com 7 exoplanetas, e eles podem ter água

"Não, nós não encontramos ETs, mas nossa descoberta pode ajudar na busca da vida fora do nosso Sistema Solar." A descoberta anunciada pelo ESO (Observatório Europeu do Sul) não é aquela que buscamos há tanto tempo, mas mantém nossa esperança.

Sete exoplanetas foram descobertos orbitando uma estrela próxima, a cerca de 39 anos-luz de distância, de acordo com comunicado feito pela Nasa (Agência Espacial Norte-Americana) nesta quarta-feira (22). E as condições de alguns deles podem ser favoráveis para água em estado líquido.

A estrela anã que fica no centro desse sistema estelar, como se fosse o nosso Sol, é chamada de TRAPPIST-1, e é um pouco maior que Júpiter (o planeta é cerca de 12 vezes maior que a Terra). Um dos autores da pesquisa, Michael Gilion, explica que se o nosso Sol fosse do tamanho de uma bola de basquete, a TRAPPIST-1 seria uma bola de golfe.

Estimativas iniciais sugerem que os novos planetas têm massas semelhantes à da Terra e composições rochosas. Para você ter uma ideia, os maiores exoplanetas, o primeiro (por ordem de proximidade da estrela) e o sexto, são 10% maiores que a Terra. Já os menores, o terceiro e o sétimo (o mais distante da estrela), são 25% menores que nosso planeta. A descoberta foi feita em parceria entre astrônomos de todo o mundo, usando telescópios da Nasa e do ESO.

Este é o sistema com o maior número de planetas tão grandes quanto a Terra já descoberto, bem como aquele que tem o maior número de mundos que podem ter água líquida. Antes disso, o sistema com mais exoplanetas já descoberto tinha apenas três planetas.

A descoberta nos dá uma pista de que encontrar outra Terra não é uma questão de 'se' [ela existe], mas de 'quando'."



Thomas Zurbuchen, diretor da área de missões científicas da Nasa
Infelizmente, você não deverá estar vivo quando os astronautas conseguirem chegar até os planetas, mas os pesquisadores prometem mais novidades sobre o sistema em apenas cinco anos. 

Pode ter água por lá?

Segundo pronunciamento da NASA, em todos os planetas há condições para abrigar vida

A ilustração mostra como deve ser o sistema planetário de TRAPPIST-1 com base nos dados disponíveis sobre os diâmetros, massas e distâncias dos exoplanetas

As análises, publicadas na Nature, indicam que em ao menos seis deles as temperaturas na superfície devem variar entre 0ºC e 100ºC, mas não é possível confirmar que exista água em estado líquido. Ainda é preciso buscar por mais dados.

"Com as condições adequadas da atmosfera, pode ter água em qualquer um dos desses sete planetas. Principalmente em três deles, que estão em localizações privilegiadas", explicou Zurbuchen, durante anúncio.

Três exoplanetas no meio do sistema são os mais prováveis de ter água em estado líquido
As hipóteses mostram que talvez nos três mais próximos da TRAPPIST-1 seja muito quente para água ficar líquida e não evaporar. No mais distante, é possível que exista gelo. Mas três exoplanetas (o quarto, quinto e o sexto) são os com maior probabilidade de ter vida fora da Terra, por estarem em uma zona habitável com possíveis oceanos. No caso do Sistema Solar, por exemplo, Vênus, Terra e Marte são os planetas na zona habitável.



Cientistas vão continuar estudando o solo e também a atmosfera, para ver se é possível encontrar água e sinais de vida.


Temos mais detalhes?

Ilustração mostra como seria possível ver os outros exoplanetas do sistema no céu

Durante a pesquisa, os astrônomos também descobriram características importantes e curiosas sobre os sete exoplanetas.
Por exemplo, os cientistas afirmam que se você puder ficar na superfície de um dos mundos e de olhos no céu, você verá os outros seis planetas maiores do que nós, terráqueos, vemos a Lua.
Os sete planetas são tão próximos que viagens interplanetárias seriam feitas em dias, e não em meses ou anos como acontece no nosso sistema.

Outra característica é que a iluminação dos planetas deve ser semelhante à que temos em Vênus, Terra ou Marte.

Além disso, é possível que alguns, se não todos os planetas, estejam sempre com a mesma face virada para a estrela, um fenômeno chamado de "tidal locking", como acontece com a Lua em relação à Terra.

O planeta mais próximo da TRAPPIST-1 demora apenas um dia e meio para orbitar a estrela. O mais distante deve demorar cerca de 20 dias. Lembre que a Terra demora 365 dias para dar toda a volta no Sol.

As pesquisas não mostram se os exoplanetas têm luas. Mas de acordo com Gilion, "seria estranho ter luas tão perto de uma estrela, estudos ainda esclarecerão essa questão". Se não tiverem o satélite natural e tiverem oceanos, a proximidade entre os exoplanetas pode influenciar no movimento das ondas, assim como a Lua faz na Terra.

Como foi a descoberta?



Ilustração da Nasa mostra a proporção entre os novos exoplanetas e alguns planetas do Sistema SolarEm maio de 2016, Michael Gillon e sua equipe encontraram três exoplanetas girando em torno de uma estrela anã, na constelação de Aquário. Empolgados com a novidade, os cientistas realizaram uma campanha de monitoramento da estrela a partir do solo e do espaço para saber mais sobre os planetas.

Na Terra, a pesquisa usou observações do instituto STAR, na Universidade de Lieja, na Bélgica, o telescópio de Liverpool, operado pelo Instituto de Pesquisa de Astrofísica da Universidade John Moores, na Inglaterra e do Very Large Telescope do ESO, no Chile.
No espaço, o grande aliado foi o telescópio espacial da Nasa chamado Spitzer, que observou a TRAPPIS-1 por 21 dias em 2016 e conseguiu 500 horas de material.
Os astrônomos analisaram as variações no brilho da estrela e anotavam de quanto em quanto tempo havia uma sombra, momento em que um exoplaneta estava passando pela estrela anã.

Com os dados recolhidos, já foi possível saber o tempo de translação, a distância da estrela, a massa e o diâmetro de alguns dos sete exoplanetas.
Os astrônomos afirmam que informações adicionais são necessárias para caracterizar com mais detalhes os novos planetas, particularmente o sétimo (o mais distante da estrela), que só foi registrado pelo Spitzer uma vez, e ainda não foi possível descobrir seu período orbital e sua interação com os outros exoplanetas.

Fonte: https://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2017/02/22/nasa-descobre-sistema-estelar-com-sete-exoplanetas-e-eles-podem-ter-agua.htm

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sábado, 11 de fevereiro de 2017

Novo planeta anão dentro do nosso Sistema Solar

União Astronômica Internacional anunciou a descoberta de um novo planeta anão dentro do nosso Sistema Solar.


Apelidado de 2015 RR245, o amigo de Plutãotem cerca de 700 quilômetros de diâmetro — para comparação, a Terra tem 12.756 km.
Apesar de os astrômos encontrarem uma série de planetas do tipo no cinturão de Kuiper, que marca o limite do Sistema Solar, RR245 se destaca por seu tamanho e órbita — ele leva 700 anos terrestres para dar uma volta ao redor do Sol. Segundo os cientistas, trata-se do maior objeto localizado para além de Netuno, entre os 500 já encontrados.

Para a pesquisadora Michele Bannister, da Universidade de Victoria, nos EUA, a descoberta é importante porque o planeta anão poderá ser estudado em detalhes, revelando os mistérios da formação dos planetas. “Quase todos os mundos gelados que estão para além de Netuno são pequenos e fracos: é maravilhoso encontrar um que seja grande e brilhante o suficiente para ser analisado.

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Os astrônomos acreditam que planetas anões como este eram abundantes no Sistema Solar, mas a maioria teria sido destruída ou ejetada quando os planetas maiores encontraram suas posições atuais. RR245 agora faz parte do time que inclui, além de Plutão (rebaixado em 2006), outros planetas do tipo como Ceres, Haumea, Makemake e Eris.



“Eles são a coisa mais próxima que temos de uma máquina do tempo que nos transporta direto para o nascimento do Sistema Solar”, apontou ao The Guardian o astrofísico Pedro Lacerda da Queen’s University Belfast, na Irlanda do Norte. “É possível fazer uma analogia com fósseis que nos trazem informações sobre criaturas do passado.”

Apesar da descoberta já ter sido formalmente anunciada pela União Astronômica Internacional, os especialistas ainda esperam que um estudo com mais detalhes seja publicado em breve.
Fonte: http://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Espaco/noticia/2016/07/astronomos-descobrem-novo-planeta-anao-no-sistema-solar.html



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